sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Oportunidade perdida!

Todo mundo sabe que o critério para escolha dos integrantes de tribunais no Brasil e nesta democracia republicana, não é exatamente a vida ilibada somente e nem o saber jurídico. Já tivemos na suprema Corte grandes estadistas das letras jurídicas e também figuras caricatas que desmerecem as carreiras de tantos profissionais capazes desta nação. Quem não sabe que é de listas tríplices que cabe ao presidente nomear os membros do Superior Tribunal Federal? Basta conversar sobre o assunto com tantos juristas de gabarito do Brasil e se terá uma expressão bem fiel do que eles pensam da nossa última instância de poder. Não nos incluímos entre os que acham que eram cartas marcadas para um empate, e como consequência não decidir nada na noite de quinta e madrugada de sexta- feira em Brasília sobre a Ficha Limpa.Coincidência ou não, o pior é não sair definição alguma e ter que se esperar quem sabe até as eleições acontecerem para a decisão final. Nada pior do que isso, caso alguém vença nas urnas quem venha a ser cassado amanhã. O Supremo deveria ter tido o cuidado de já ter votado com boa antecedência esta matéria, pois tudo indica que pelo saber jurídico chegaram lá.

Pitoresco foi o magistrado Toffoli, indicado e que veio das fileiras do PT. Toffoli disse que não se importava com o clamor popular e sim faria o julgamento pela constituição e pela letra fria da lei. Foi discutida a forma como chegou a Suprema Corte como último indicado de Lula, tendo um dia sido reprovado para concurso à magistratura.

A nosso juízo, como as nomeações são mais políticas que técnicas pelo “QI” do conhecimento mas do quem indica, deveria exatamente atender o clamor popular e votar conforme os anseios de moralidade que a sociedade esclarecida quer e deseja.

Deveriam levar assim em conta que 85% da população brasileira deseja moralidade.

Entendemos as razões de que uma nova lei é para o futuro e deva beneficiar e não retroagir para punir, pois é uma base fundamental do nosso ordenamento jurídico.

Estranho é que os anais do judiciário existem muitas decisões políticas e não olhando com profundidade o texto frio da Lei. Nem precisa muita pesquisa.

O Supremo se colocou num embrólio, pois terá que encontrar decisão sobre este empate. Como explicar que somente dez magistrados votaram, e não poderia ser número ímpar?

Melancólico será uma decisão depois das eleições, quando é possível que alguém possa ser eleito e comemorado como num campo de futebol e no tapetão retirar o condão da vitória.

É respeitável a decisão da suprema Corte, inaceitável é esperar tanto tempo para fazer um julgamento tão importante a pouco menos de 15 dias das eleições.

Como se nota, a Lei que punirá os políticos de vida suja terá que esperar pela boa vontade e tempo disponível dos homens de toga da República.

Achamos sim, que a decisão do Supremo, perdeu uma bela oportunidade de restaurar a moralidade.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

ANJ reage críticas de Lula à imprensa

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) reagiu no domingo, por meio de nota, aos ataques feitos à imprensa pelo Presidente Lula, no sábado. De acordo com a entidade, é “lamentável e preocupante” que o presidente manifeste desconhecimento em relação ao papel da imprensa em sociedades democráticas. “O papel da imprensa, convém recordar, é de levar à sociedade toda informação, opinião e crítica que contribua para as opções informadas dos cidadãos, mesmo aquelas que desagradem os governantes. Convém lembrar também que ele (Lula) jamais criticou o trabalho jornalístico quando as informações tinham implicações negativas para seus opositores”, diz um trecho da nota.

No sábado, Lula atacou a imprensa, durante o comício em São Paulo, e afirmou que o povo não precisa mais de formadores de opinião. “Nós somos a opinião pública”, afirmou o presidente. “Estive vendo algumas revistas que vão sair neste fim de semana, sobretudo uma, que parece “Olha”. Nordestino falaria “Oia”. Ela destila ódio e mentira”declarou.

Eles merecem


Com 900 mil votos, TIRIRICA teria a maior votação no país. Segundo pesquisa Datafolha o palhaço tem 3% das intenções de votos em São Paulo, e só perderia para Enéas (Falecido) como deputado mais votado da história do Brasil. A classe política, pelo descrédito que plantou e conquistou merece mesmo conviver com esta figura caricata. A Câmara deveria mudar o regimento e permitir que Tiririca frequente a Casa vestido de palhaço. É o que o Congresso merece. No Senado também existem figuras que envergonham o quadro político partidário nacional.É dispensável enumerar. Quanta tristeza ver o país caminhar assim! Você internauta concorda comigo?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Acampamento Farroupilha

A iniciativa surgiu na Vang e JM/Jornal de Marau na realização da Tertúlia Farroupilha de 2009. Neste ano, com a área de cultura e apoio do município, a primeira experiência está em andamento. Dá para perceber claramente que a iniciativa está vingando e nos anos subsequentes será mesmo promissor. Na capital dos gaúchos, também foi assim e hoje chama-se de cidade o Parque de Harmonia com um festival de eventos. São gaúchos de todas as plagas que passam a viver comunitariamente. Verdade que no caso de Marau não é assim tão expressiva a presença de entidades e gente ligada ao tradicionalismo. O mais importante é o ato de começar. Tudo se direciona, pelo o que a gente já está observando que o evento ganhará corpo com o passar dos anos. Foi na sexta-feira (ontem) no Espaço Plural, jornalismo da Vang que o historiador Ricardo José Gomes Henriques discorreu sobre a importância dos gaúchos reverenciarem e cultivarem a lembrança dos feitos dos farrapos. Mostrou a história rica do município de Marau e os locais de Tope e Três Passos com as batalhas que de fato aconteceram na Revolução Federalista. No caso de Três Passos, é verdade que existe uma vala comum onde foram enterrados 150 “baianos” que lutaram naquela batalha, 20 dias antes da Batalha do Pulador em Passo Fundo, que frequentemente é reproduzido com encenações na cidade vizinha. Foi na Vang que sugerimos também que Marau deveria assumir compromisso com o resgate destes elementos históricos de Tope e Três Passos e também aqui tentar reproduzir como cultura este legado histórico dos que lutaram com brio para defender os interesses da província do Rio Grande do Sul.

Espera-se, não só das autoridades e da área cultual, o engajamento de todas s forças deste município, entidades tradicionalistas e escolas para reverenciar com atitudes permanentes e comemorações mais condizentes com esta grande data que nos dá até um feriado estadual em todos os 20 de setembro.

Revolução para um Rio Grande mais autêntico deve ser atitude permanente dos gaúchos da atualidade.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sinto vergonha de mim

Uma série de escândalos em instiuições públicas continua acontecendo no país envolvendo os mais diferentes cidadãos, que deveriam ser paradigma da moralidade. Permanece atual, como se nota, o texto de Ruy Barbosa, nossa águia de Haia:

“Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra. Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o “eu” feliz a qualquer custo, buscando a tal “felicidade” em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo. Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos “floreios” para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre “contestar”, voltar atrás e mudar o futuro. Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer... Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar/ meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro! De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Jurista, político, diplomata, filólogo, tradutor e orador baiano - (5/11/1849 - 1/3/1923/ 73 anos)

Rota das Salamarias é destaque nacional

O Projeto turístico de Marau ganha dimensão nacional. Fruto de iniciativa que agrega o poder público e uma associação de produtores locais, intitulada Associação Rota das Salamarias, vem rendendo a cada dia mais frutos. As páginas da revista Globo Rural, o mais conceituado periódico jornalístico da editoria rural e agropecuária do país, destaca bem esta realidade.

A reportagem, de quatro páginas, mostra os investimentos que estão sendo realizados, pensando no futuro do turismo rural no nosso meio. Fixa-se na tradição local do preparo e comércio de embutidos e o empreendedorismo das famílias marauenses. Sobre o futuro, a revista cita que em longo prazo, a meta é criar o Museu do Salame. Mais do que preservar ícones como a chaminé da Borella, o objetivo é resgatar a cultura dos pioneiros da região. A divulgação numa revista de circulação nacional acontece em um momento bastante propício, após uma bem sucedida realização da primeira edição do Festival Nacional do Salame.

Como se nota, o caminho a ser trilhado é de investimento com planejamento.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Modismo, onda ou tendência?




Será que esta onda vai pegar. Às vezes há os que insistem e tentam dar partida e de repente o estádio todo está fazendo a ôla. Por medidas de economia, prefeitos da região Norte do nosso estado estão exonerando cargos de confiança (CCs e FGs) e até mesmo secretários. A alegação é a queda da arrecadação, principalmente valores recebidos do Governo Federal pelo fundo de Participação dos Municípios (FPM). Três prefeituras exoneraram todos os secretários e pessoas que exerciam cargos de confiança. Funções gratificadas exercidas por funcionários das prefeituras também estão sendo extintas. Horas extras estão sendo proibidas. O município de Nonoai exonerou seis secretários, 12 cargos de confiança e extinguiu 15 funções gratificadas. A medida foi anunciada como forma de economia e vencer a queda de arrecadação. A mesma atitude foi tomada pelos prefeitos de Paulo Bento e Quatro Irmãos, também aqui na região Norte, com os orçamentos abaixo do previsto. Em Paulo Bento foram exonerados seis secretários, 11 cargos em comissão, e extinção de 12 cargos de Função Gratificada. Já em Quatro Irmãos foram demitidos cinco secretários, além de todos os CCs e FGs, somando 32 cargos. Também foi instituído neste último município o turno único. Os prefeitos alegam que se não tomassem esta atitude não teriam dinheiro para continuar investindo em obras, e para cumprir a contrapartida de verbas dos governos Estadual e Federal. Em Nonoai a economia será de R$ 80 mil mensal. Cada município tem sua realidade. Os prefeitos tomam medidas assim para se adequar à lei de responsabilidade fiscal e manter a folha de pagamentos dentro do que preceitua a lei, de 51%.
É interessante ver como ficará o funcionamento das repartições municipais sem os tradicionais secretários e cargos de confiança que cada governo tem a sua disposição. A semana termina com a tendência de que outros municípios que estão com maior dificuldade passem a adotar a mesma postura, por mais prejuízos políticos que possam representar. Todos sabem que em cargos de administração na maioria das realidades se verifica apadrinhados políticos que garantiram a eleição ou reeleição do prefeito.
A notícia é interessante, pois se trata de uma forma de enxugar as administrações que apresentam desequilíbrio de desempenho, mesmo por que em muitos casos nem todos são competentes para determinadas funções.
As medidas que se verificam nestas prefeituras, são gestos claros de responsabilidade e coragem política. Será que é uma onda passageira? Será que ganhará proporções? Será uma nova mentalidade dos administradores públicos?
É esperar para ver. É esperar para crer!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Adeus ao JB impresso

Capa da última edição impressa do JB
Para os Jornalistas o mês de agosto termina com uma triste notícia. A última edição impressa do Jornal do Brasil, um dos mais antigos diários do país, circulou ontem, dia 31. Agora , a partir de hoje 1º de setembro , o jornal terá apenas sua versão online. Criado em abril de 1891 pelo escritor Rodolfo Dantas, o JB direcionou com boa participação os rumos da imprensa brasileira. Passaram nas sua redações nomes como Jânio de Freitas, Zózimo Barroso do Amaral, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Marcos Sá Corrêa e Manoel Bandeira.
O jornal vivia faz algum tempo em crise financeira e já teve em circulação 95 mil exemplares. Hoje circulou com 20 mil em sua edição derradeira. O jornal nasceu como monarquista no tempo de república. Naqueles tempos contava com a participação de Joaquim Nabuco e Rui Barbosa. O JB será lembrado pela sua forma gráfica e editorial. Diagramação limpa e moderna, com um noticiário claro e objetivo. Para quem ama as letras, não podia terminar assim tão triste este agosto de 2010.