terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Encanta Marau!

É comum ao final de cada ano, se fazer um inventário dos fatos marcantes de uma comunidade. Não é diferente neste momento que o calendário cristão toca a gente com o nascimento de Cristo. Celebrações desta data e com a passagem de mais um ano são comemoradas de forma singular em todas as partes do mundo. Marau não é diferente, mas tem uma característica que envolve a data natalina com tradicionais comemorações pelas diferentes igrejas. Cada uma delas e a seu modo, renovam esperanças de dias melhores, motivadas pela fé e religiosidade.
Devemos ressaltar que na preparação desta festa máxima do cristianismo, a cidade vestiu cores e luzes com algumas novidades positivas. Ainda carece de um melhor envolvimento do comércio e moradores com os projetos da Associação Comercial e Industrial e o próprio poder público para embelezar a cidade e trazer mais gente para comemorar a data. Há um potencial a ser desenvolvido, também no campo das atividades comerciais e não só nas comemorações das luzes natalinas.
Aqui merecem considerações positivas para a experiência do Encanta Marau. Deve-se reconhecer o trabalho desenvolvido pela Secretária de Cultura, Margarete De Cesaro e toda a sua equipe. Embora se compreenda a reclamação de alguns moradores que dizem não suportar tanto som alto, este projeto deve ser comemorado sim na praça central da cidade, enquanto outro local não seja viabilizado para tais acontecimentos culturais. Nós aqui do JM/Jornal de Marau e da Vang FM, já sugerimos um dia que investimentos poderiam ser feitos com ampliação do lago existente no Parque Lauro Ricieri Bortolon, com calçamento ao seu redor e na parte inclinada do gramado existente poderia fazer arquibancadas para num futuro promover não só o um estilo de Natal Luz, como para outros projetos culturais até com possível palco no interior da lagoa. O local existe e é propício para a criatividade.
É pensar demais? Seria sem dúvida um projeto que a sociedade aceitaria viabilizar, desde que fruto de especialistas que já implantaram em outras partes do mundo. Isto é para gente de bom gosto, visão maior e requer investimentos. Solucionaria o barulho no centro, onde alguns moradores mais antigos suportam o barulho dos sinos e alto falantes de sua igreja e não apuram seus ouvidos para a arte e talento de seu povo com suas manifestações culturais.
Respeitamos todo o tipo de reclamação, porém uma praça não pode ser um mimo para ser guardado. Praça é para ser usufruída. Praça é para encontros, celebrações, recreação e confraternização.
Evidente que precisa ser administrados os horários de programações culturais. Na realização do Encanta Marau, surgiram problemas de incompatibilidade de horários para missas, casamentos com apresentações de cultura no coração da praça.
As características de nossa bela praça são para pequenos encontros. Aqueles acontecimentos culturais mais intimistas. Para shows de maior envergadura, este não é o local adequado. É tudo uma questão de administrar o calendário de eventos que aos poucos vão se acomodando.
Num resumo geral, o Encanta Marau foi um dos fatos mais marcantes do ano 2010. Merece de todos o reconhecimento e respeito.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Balão de ensaio vingou!

Em editorial anterior, tornamos público as artimanhas que estavam sendo travadas nos bastidores do Congresso para elevação de salários dos nossos parlamentares. Deputados e ministros passarão a ter um salário de R$ 26.723,13 já em 1º de fevereiro de 2011. Pois, de nada adiantou algumas manifestações de incredibilidade e indignação, que a farra está confirmada em Brasília. Como a fantasia não é privilégio dos que passeiam pela capital, outros legislativos estaduais seguem o receituário e estabelecem na proporcionalidade os aumentos para os Estados, como efeito cascata. No caso do Rio Grande do Sul, os deputados terão proventos só de salário na casa dos R$ 20.042,34 mensal a partir de fevereiro de 2011, e mais verbas para gabinete, mordomias e direito a 15 cargos ligados ao gabinete. Como efeito cascata outros legislativos municipais também proclamarão seus aumentos percentualmente ao que ganham os deputados do estado. Felizmente, Marau não aplica este critério de aumento com atrelamento aos dos deputados. Se por ventura fosse, o salário dos vereadores poderia passar da casa dos R$ 10 mil, mensalmente. A sociedade certamente não aceitaria e faria protesto. Qual a razão da sociedade gaúcha ou brasileira não se manifestar? Falta de poder de indignação, inconformismo, covardia, falta de noção de cidadania? Tudo isto, e um pouco mais – Vergonha na cara!
Voltamos a lembrar que o Senado, com 81 senadores (três por unidades da federação),26 Estados e um Distrito Federal conta com 10 mil funcionários e mais 4 mil terceirizados. Qual a resposta de produção legislativa? É muita gente e muito dinheiro pela fraca eficiência legislativa.
Não é diferente na Câmara dos Deputados. Milhares de contratados para pouco ou nada produzir. São 513 deputados, com em média 25 servidores lotados nos gabinetes. Menos mal que usam um expediente “inteligente”: como não tem espaço e nem cadeiras nos apertados gabinetes, a solução é deixar alguns nos Estados de origem ,fazendo politicagem e outros se revezando na vadiagem dos corredores do Congresso.
E neste país de contradições e inversões de valores, a notícia que repercute é que o nosso presidente Luís Inácio Lula da Silva está deixando a presidência com aprovação popular de 87%. Isso que indicou alguns inexpressivos ministros para Dilma. Manteve outros que recomendou e uma sociedade endividada pelas suas recomendações de que a solução era a gastança para estimular a produção.

Quem vai pagar esta conta? Novo CPMF que ele recomenda? Cortes no PAC e no orçamento?
Na ilha da fantasia... a farra continua!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Tá tudo dominado!

Pensando bem, o que temos de diferente na forma de governar no Brasil? São raríssimas exceções, com alguma novidade para servir de exemplo. A semana vive a expectativa, com o anunciado veto presidencial sobre um tema que tem fundamentos constitucionais. Tratamos dos royalties sobre o pré-sal. A matéria ganhou repercussão nacional e as duas casas legislativas (Senado e Câmara) aprovaram com algumas emendas o texto proposto pelo deputado gaúcho Ibsen Pinheiro. Rio de Janeiro e Espírito Santos brigam pelos seus exclusivos interesses como maiores produtores de petróleo e não querem dividir com ninguém. Como se a bandidagem do Rio é exclusividade da “cidade maravilhosa” e não fosse um tema nacional de solidariedade, que precisa de investimentos para a solução. Os municípios brasileiros ganhariam todos, com possibilidade de menos pires e chapéus na mão pedindo socorro em Brasília se os retornos do que extraímos do fundo do mar viessem mensalmente para as diferentes populações de todo o Brasil. O rateio seria entre todos os municípios do país, já que a Constituição fala expressamente que o petróleo e outros minerais pertencem a União.

Presidente Lula para poupar desgaste de sua afilhada Dilma toma para si a responsabilidade de quem tem 80% de aceitação popular. Então pela lógica o povo não deve se queixar nem da possível volta da CPMF, diminuição de prestações para aquisição de bens duráveis, aumento de juros e outras medidas que inevitavelmente o comando econômico deve fazer, para frear a inflação. O discurso de campanha era ufanista e que o país tinha conseguido a autonomia e não dependia de conjunturas do mundo. Assim foi passada a mensagem para incauta população. Se o povo finge, não sabe de fato, e como consequência não verbaliza é dever da imprensa de fazer o alerta.

No Estado, não é diferente. Um governo que emprega gente de toda a espécie, bastando, ao que parece, a indicação do partido. No governo Tarso nada de novidade, revolucionário e inovador. Até agora uma coalizão nitidamente para garantir votos na casa legislativa. Governo de excelência, nem na União, no Rio Grande e nos municípios.

Também nas prefeituras algumas áreas não funcionam. O povo reclama de tudo e os pobres dos prefeitos bem intencionados passam a conviver com indicações políticas para vários cargos de confiança. Mais vale o apoio do partido coligado do que as qualidades dos ocupantes de cargos. Na saúde, nas estradas, na educação, na segurança, são sempre as mesmas reclamações de insatisfação popular. Isto é em todos os municípios, uns mais, outros menos.

Tudo, em todas as esferas, é o sistema que ajuda a impedir a realização de bons propósitos pela presença incômoda de auxiliares sem habilitação adequada para determinadas funções. Presidente, governador ou prefeito estão presos na malha da ineficiência legislativa e precisam deste poder para fazer acontecer alguns projetos. Nos governos a palavra da moda é coalizão. Como todos precisam de votos, a politicagem exige cargos e mais cargos para satisfazer os interesses partidários. Não é novidade a volta do secretário da Saúde, Rui Carlos Gouvêa. Está longe de apaziguar o partido (PDT). O executivo se dá por satisfeito. O próximo nó a ser desatado é a escolha do novo presidente da Câmara de Vereadores. Aí também existe a ingerência do executivo. Por seu turno, dirá que o legislativo é independente. Na política do Brasil, do Rio Grande do Sul e de Marau, existe um mesmo jogo bonito, vistoso de arquibancada e um xadrez dúbio nos bastidores. Ingênuo é supor ou pensar diferente. Não é só no morro não, nas baixadas também há um lugar comum...”está tudo dominado”.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Saúde e prevenção

Foi uma semana cheia de emoções e de todos os matizes na área da saúde. A semana começou com uma série de denúncias sobre tratamento nada educado no atendimento das perícias do sistema previdenciário da cidade. O jornalismo da Vang e JM cumpriram o seu papel de tentar aproximar a verdade. Nesta análise que fizemos, fica clara que existe sim uma certa cultura largamente utilizada na cidade, para justificar doenças e impossibilidades de continuar no exercício de atividades em certas áreas das nossas indústrias. Bastou uma perita mais exigente e possivelmente sem meias palavras para entrevistar segurados do sistema previdenciário, para, especialmente, no interativo da Vang, a página mais acessada na região, as manifestações de contrariedade aparecerem. Os responsáveis pela agência de Marau se negaram a dar entrevista e a própria perita não quis se pronunciar sobre as denúncias. Tivemos o cuidado de entrevistar o coordenador regional do INSS sobre quais os procedimentos e normas que a instituição adota para médicos peritos para análise de benefícios, sem especificar nenhum dos profissionais em questão. Foi produtiva as explicações do coordenador que disponibilizou o telefone 135 para os segurados fazerem denúncias. Nosso jornalismo questiona somente a forma de atendimento que merece qualquer segurado. O respeito e educação é requisito de qualquer uma das partes, principalmente quando se trata com pessoas já fragilizadas na saúde. Não entramos no mérito do resultado das perícias realizadas, confiando em sua capacidade profissional para decidir a concessão ou não do benefício pleiteado.

Já de outro lado a repercussão foi gritante sobre a saída da secretária da Saúde, Dinorá Fioravanso. Em carta ao prefeito, pediu em caráter irrevogável seu afastamento das funções. Sabe-se que viveu dias difíceis no trato com alguns colegas de função e principalmente dentro do partido onde está filiada, o PDT. Não se justifica mais cartas anônimas pedindo o afastamento de ninguém da atividade profissional, principalmente nos cargos de confiança. Não se constitui novidade que pulsa várias correntes dentro do partido, faltando um bombeiro adequado para apagar caprichos e vaidades. Já não resta mais dúvida que caberia ao prefeito um realinhamento da coligação, com permuta de secretarias e com isso estabilizar uma das áreas do governo de maior importância, que é a saúde.

Merece aplauso também o projeto em andamento desde setembro pela Secretaria da Saúde, no cuidado com um dos problemas da sociedade, e os projetos de prevenção da AIDS. A praça central Elpídio Fialho recebeu um público juvenil para tomar conhecimento de políticas públicas para a prevenção desta doença e do vírus que ameaça a humanidade. É uma questão comportamental, logo, de educação e de prevenção.

Como se nota, a saúde é mesmo o tema prioritário de quem quer ser governo de qualidade. É a base, sem a qual, não prospera outros avanços da sociedade.

Sem pressa, nossos dirigentes devem escolher o melhor nome para gerenciar a saúde, com o que a população certamente agradece.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Meu livro em Russo

Foto: editoria de arte globo.com

Sempre projetei que realizaria meu sonho de fazer a décima Copa do Mundo e depois editar minhas experiências num livro. Não imaginava que o destino seria num país tão exótico. Pois na tarde desta quinta-feira, (02), a sede escolhida para o mundial de 2018 foi a República Russa. Embora algumas Repúblicas surgiram no mapa original desta terra distante, mesmo assim será uma copa em um território continental. Será de comunicação por trens e por aeroportos. Não deixa de ser fascinante sonhar com esta experiência e projetar tal cobertura como jornalista, pelos microfones da Vang FM e pelo nosso JM/Jornal de Marau. Para a Copa de 2018, concorriam Holanda e Bélgica (juntos), Espanha e Portugal (juntos), Inglaterra e Rússia. Na mesma oportunidade na sede da Fifa na Suiça, foi escolhida oficialmente a sede do mundial de 2022. A inclinação foi para os 50 bilhões de dólares em infraestrutura e estádios mirabolantes. O Catar foi escolhido e terá o maior orçamento da história da competição.

A escolha antecipada para as sedes dos mundiais se devem, ao que tudo leva a crer, pela experiência do afogadilho da África do Sul 2010 e a demora para as obras desencadearem no Brasil, sede do mundial de 2014. Agora de minha parte, é só me cuidar e que a saúde me acompanhe tão generosamente como até aqui. Certamente, meu livro será em português, sem o compromisso da reforma ortográfica, mas com o condão de o mais próximo possível da verdade dos fatos. Aguardo você até lá.