domingo, 19 de dezembro de 2010

Balão de ensaio vingou!

Em editorial anterior, tornamos público as artimanhas que estavam sendo travadas nos bastidores do Congresso para elevação de salários dos nossos parlamentares. Deputados e ministros passarão a ter um salário de R$ 26.723,13 já em 1º de fevereiro de 2011. Pois, de nada adiantou algumas manifestações de incredibilidade e indignação, que a farra está confirmada em Brasília. Como a fantasia não é privilégio dos que passeiam pela capital, outros legislativos estaduais seguem o receituário e estabelecem na proporcionalidade os aumentos para os Estados, como efeito cascata. No caso do Rio Grande do Sul, os deputados terão proventos só de salário na casa dos R$ 20.042,34 mensal a partir de fevereiro de 2011, e mais verbas para gabinete, mordomias e direito a 15 cargos ligados ao gabinete. Como efeito cascata outros legislativos municipais também proclamarão seus aumentos percentualmente ao que ganham os deputados do estado. Felizmente, Marau não aplica este critério de aumento com atrelamento aos dos deputados. Se por ventura fosse, o salário dos vereadores poderia passar da casa dos R$ 10 mil, mensalmente. A sociedade certamente não aceitaria e faria protesto. Qual a razão da sociedade gaúcha ou brasileira não se manifestar? Falta de poder de indignação, inconformismo, covardia, falta de noção de cidadania? Tudo isto, e um pouco mais – Vergonha na cara!
Voltamos a lembrar que o Senado, com 81 senadores (três por unidades da federação),26 Estados e um Distrito Federal conta com 10 mil funcionários e mais 4 mil terceirizados. Qual a resposta de produção legislativa? É muita gente e muito dinheiro pela fraca eficiência legislativa.
Não é diferente na Câmara dos Deputados. Milhares de contratados para pouco ou nada produzir. São 513 deputados, com em média 25 servidores lotados nos gabinetes. Menos mal que usam um expediente “inteligente”: como não tem espaço e nem cadeiras nos apertados gabinetes, a solução é deixar alguns nos Estados de origem ,fazendo politicagem e outros se revezando na vadiagem dos corredores do Congresso.
E neste país de contradições e inversões de valores, a notícia que repercute é que o nosso presidente Luís Inácio Lula da Silva está deixando a presidência com aprovação popular de 87%. Isso que indicou alguns inexpressivos ministros para Dilma. Manteve outros que recomendou e uma sociedade endividada pelas suas recomendações de que a solução era a gastança para estimular a produção.

Quem vai pagar esta conta? Novo CPMF que ele recomenda? Cortes no PAC e no orçamento?
Na ilha da fantasia... a farra continua!

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