sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Exigimos respeito e reciprocidade

Atual Secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, está em débito com a região e especialmente com Marau. Foi o parlamentar na verdade, que mais verbas conseguiu para o município, nos últimos anos. O débito que nos referimos é em relação a solução definitiva para a rodovia 324, ainda do tempo em que ocupou a pasta dos transportes. No encontro dos prefeitos promovido pela Famurs, em Capão da Canoa, seu pronunciamento foi o mais aguardado. Tratou de imediato dos 154 convênios assinados entre o DAER e as prefeituras durante o governo de Yeda Crusius. Confirmou que dos R$ 219 milhões necessários, estão empenhados apenas R$ 101 milhões. Informou que no DAER o orçamento para este ano constam apenas R$ 14 milhões para obras. Espera fazer esforço para alterar o orçamento e redirecionar de outras rubricas mais verbas ao setor, para que todas as obras tenham continuidade. O secretário fez questão de detalhar aos quase 300 prefeitos que estavam no encontro de Capão da Canoa, a situação das obras de acesso asfáltico deixado pelo governo anterior.
De acordo com o secretário, das 54 que estão em andamento, 19 poderão ser inauguradas neste ano. Entretanto, outros 40 contratos terão que ser repactuados devido à liberação de licenças ambientais e à necessidade de mudanças de projetos.
O Secretário, Beto Albuquerque, gostaria de ver todos os municípios gaúchos interligados por asfalto. É fundamental suprir o déficit de 103 municípios que não possuem ligação pavimentada. O custo que o DAER estima para atender esta demanda é de R$ 1 bilhão. Disse ainda, que herdou R$ 150 milhões de dívidas com obras já finalizadas.
Esperamos com grande ansiedade se Marau, Casca e Passo Fundo terá no governo Tarso a conclusão do projeto “Duplica ERS 324”. É hora da sociedade, imprensa, comissões organizadas, principalmente o nosso prefeito e presidente da Famurs, Vilmar Zanchin, pressionar a exaustão, para que essa obra seja prioridade das prioridades do secretário Albuquerque. Só assim, espiará os pecados e as promessas do tempo em que comandou os transportes no Rio Grande do Sul.
Uma região que apressa o progresso, não espera favor de ninguém exige respeito e reciprocidade. Quem produz, se desenvolve, cresce e aparece, deve ter a contrapartida do governo estadual, sem que seja entendido como favor.
Chamamos isto de respeito e reciprocidade.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Conselhos incham administração

Depois de uns dias de férias, voltamos a circular com nosso semanário. A fila do oportunismo no Brasil continua acontecendo. Ministros de principais cargos do Tribunal de Contas da União (TCU) estão recebendo verbas especiais nos seus já gordos proventos, até mesmo para passar férias e finais de semana em seus estados de origem, com direito a passagens aéreas. Os deputados (513) e Senadores (81), aproximam valores de R$ 27 mil mensais só de salários. Lembrando que são 14 parcelas por ano. Cada parlamentar federal representa mais de 120 mil por mês do erário público.
Anuncia-se farta arrecadação de impostos, batendo recordes e, no entanto a gastança continua muito mais do que em países de primeira categoria no funcionamento das coisas públicas.
“Uma lei aprovada nos últimos dias de governo de Luis Inácio Lula da Silva vai aumentar ainda mais o total de cargos e gastos com conselheiros de administração de empresas estatais. Alvo da cobiça de partidos, cerca de 240 cargos em 40 estatais complementam a renda de ministros e funcionários do segundo escalão, além de fornecer acesso a informações estratégicas de algumas das principais empresas do país.
Levantamento feito pela Folha de São Paulo mostra que os gastos com a remuneração de conselheiros somam cerca de R$ 9 milhões por ano para o pagamento de funções que exigem a presença do conselheiro, de quatro à no máximo 12 vezes por ano.
O valor contabiliza apenas a remuneração direta dos conselheiros e não inclui os valores com passagens e hospedagens, por exemplo.
No dia 29 de dezembro foi publicada a Lei 12.353/2010, que prevê a criação de vagas para um representante dos funcionários de empresas públicas nos conselhos de administração. A medida é associada a boas práticas de gestão e foi comemorada entre os sindicatos, mas além das vagas para os empregados, a lei abre uma brecha para a criação de um número maior de cargos. Muitos ministros fazem parte de conselhos de estatais ou que o governo tenha participação como forma de obter uma remuneração próxima ou igual ao maior salário pago no Brasil. A própria, hoje presidente Dilma recebia além de chefe da Casa Civil para fazer parte do conselho da Petrobrás. Se o acionista majoritário perder a maioria do conselho com o acréscimo do representante dos empregados, ele poderá aumentar o número de vagas até assegurar que conte com a maior parte dos assentos”.
Normalmente o acionista majoritário destas empresas é a própria União. Nos casos de subsidiárias ou empresas controladas indiretamente, o papel pode caber a outra empresa estatal.
O representante dos empregados será escolhido por voto direto e não poderá interferir em discussões sobre salários e benefícios.
Importa dizer que informar dados sobre a remuneração faz parte dos princípios de prestação de contas e de transparência. Pior é que isto não acontece no Brasil.
Mesmo que a divulgação não seja de valores individuais, é muito importante que a empresa informe a remuneração do conselho.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

É o que esperamos


Da mesma forma inédita que em Brasília um homem passou o cargo para a 1ª mulher Presidente da nossa história, aqui no Rio Grande do Sul também pela primeira vez uma mulher transmitiu o cargo de Governador a um homem. Tarso Genro (PT) começa seu governo podendo falar tudo, menos reclamar de uma herança maldita, como em geral fazem os governantes que substituem outros. Embora os quatro anos de Yeda Crusius tenham sido marcados por escândalos de corrupção e por falta visível de articulação política, é fato que o Estado que Tarso recebe está nos trilhos da Gestão Financeira responsável, com obras em andamento e com o erário público em condições de captar recursos financeiros, o que há anos não se podia fazer.

O próprio Tarso já esboça projeto para atrair bilhões de reais em empréstimos para serem utilizados em obras para os gaúchos. Por outro lado, Tarso inicia bem seu futuro governo. Deixa claro que a segurança e saúde serão prioridades. Conclamou a todos para governar junto e até solicitou à imprensa que fiscalize seu Governo durante os quatro anos.

Sabe-se que, às vezes, o discurso é bem diferente da prática, mas devemos enaltecer a disposição do Governador em buscar o diálogo com todos os setores da sociedade, inclusive a oposição. O Rio Grande já perdeu muito por conta de ranços e rivalidades políticas. Se Tarso conseguir, de fato, reverter este quadro, melhorar a saúde e segurança, governar para todos, entrará para a história. O caminho está livre para que isso aconteça, com uma aliança aparentemente sólida e com todas as peças em ótimo funcionamento. Basta saber se o PT, que recebeu sua segunda chance de governar o Estado, desta vez saberá manuseá-la.

Tarso Genro reiteradamente afirma que seguirá inúmeros exemplos do bem aprovado ex-presidente Lula. O “Conselhão” a ser criado é uma prova disso. Assim como o Governador, para encerrar, utilizo o tema que mais vezes Lula usou, como metáfora, para se comunicar com o povo: no futebol, há jogadores que, quando entram em campo no lugar de outros, mudam a partida e a definem.

No caso de Tarso, com a “equipe” entrosada e bem postada, ele terá que jogar mais e melhor do que Yeda.

É o que esperamos.

Ela chegou em alto estilo!


Posso não entender de moda, mas ao contrário de alguns especialistas, acho que a presidente assumiu o comando do Brasil com desenvoltura e elegância. Foi inteligente ao preferir o branco. É uma simbologia de esperança para novos dias. Diz que é presidente de todos os brasileiros. Ela é diferente de Lula. Lula foi festa, improvisação, faz-de-conta. Como ninguém, jogou para a arquibancada e para a torcida. Nunca como antes alguém driblou tanto o seu partido, a classe política e debochou do judiciário. E o povo gostou e aprovou com mais de 80% de popularidade ao sair do governo.

Convivendo com a comunicação, não lembro ter encontrado alguém com tanta empatia com o seu povo. Sai consagrado para a história. Verdade que as grandes reformas não aconteceram e muita gente de seus governos se envolveu na corrupção. As reformas são tarefas difíceis para Dilma. Ela comprometeu sua palavra sobre reformas políticas, tributária, deixando de citar a previdência (necessária e urgente). Nossa presidente foi inteligente mais uma vez em usar o branco. Ela não é só do PT, é do Brasil. Não havia razão para usar vermelho, já que predominou nas gravatas de seus ministros. Ela é fruto de uma extensa coligação. Foi pragmática, direta, firme e sóbria sobre o que pretende no seu governo. Sem arroubo de grandeza e deslumbramento, agradou a todos. Disse com todas as letras que não flertará com a corrupção, servindo de recado aos seus ministros e colaboradores de todos os escalões. É o que mais quer a sociedade brasileira.
O estilo voltou a comandar o Brasil. Sem pretender ser crítico ao grande presidente que foi Lula, vejo garantias de menos gafes nos cerimoniais e encontros de diplomacia pelo mundo.
A personalidade de Dilma indica que não vai se embriagar pelo poder. Deverá ser mais realista que ufanista. Será administradora e certamente não seguirá somente os apelos populares. Sabe que o poder é efêmero. Alguém já disse que o poder vem e vai assim como a chuva e como o sol.
Como projeto de governo, quer menos fome e uma classe média fortalecida. Sabe como educadora, que o povo brasileiro não gosta de assistencialismo permanente. O povo precisa de força de vontade, cidadania, esclarecimento, princípios morais. Isto vem com planejamento familiar e com EDUCAÇÃO.
Ela chegou de branco.
Elegante, pontual, segura, impondo, para meu gosto, novo estilo de governar.
Presidente Dilma, sucesso e muita saúde!
Seu sucesso será o nosso também.