segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

É o que esperamos


Da mesma forma inédita que em Brasília um homem passou o cargo para a 1ª mulher Presidente da nossa história, aqui no Rio Grande do Sul também pela primeira vez uma mulher transmitiu o cargo de Governador a um homem. Tarso Genro (PT) começa seu governo podendo falar tudo, menos reclamar de uma herança maldita, como em geral fazem os governantes que substituem outros. Embora os quatro anos de Yeda Crusius tenham sido marcados por escândalos de corrupção e por falta visível de articulação política, é fato que o Estado que Tarso recebe está nos trilhos da Gestão Financeira responsável, com obras em andamento e com o erário público em condições de captar recursos financeiros, o que há anos não se podia fazer.

O próprio Tarso já esboça projeto para atrair bilhões de reais em empréstimos para serem utilizados em obras para os gaúchos. Por outro lado, Tarso inicia bem seu futuro governo. Deixa claro que a segurança e saúde serão prioridades. Conclamou a todos para governar junto e até solicitou à imprensa que fiscalize seu Governo durante os quatro anos.

Sabe-se que, às vezes, o discurso é bem diferente da prática, mas devemos enaltecer a disposição do Governador em buscar o diálogo com todos os setores da sociedade, inclusive a oposição. O Rio Grande já perdeu muito por conta de ranços e rivalidades políticas. Se Tarso conseguir, de fato, reverter este quadro, melhorar a saúde e segurança, governar para todos, entrará para a história. O caminho está livre para que isso aconteça, com uma aliança aparentemente sólida e com todas as peças em ótimo funcionamento. Basta saber se o PT, que recebeu sua segunda chance de governar o Estado, desta vez saberá manuseá-la.

Tarso Genro reiteradamente afirma que seguirá inúmeros exemplos do bem aprovado ex-presidente Lula. O “Conselhão” a ser criado é uma prova disso. Assim como o Governador, para encerrar, utilizo o tema que mais vezes Lula usou, como metáfora, para se comunicar com o povo: no futebol, há jogadores que, quando entram em campo no lugar de outros, mudam a partida e a definem.

No caso de Tarso, com a “equipe” entrosada e bem postada, ele terá que jogar mais e melhor do que Yeda.

É o que esperamos.

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