quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O Legislativo como vai?

Na edição passada, analisamos o comportamento do executivo em suas três esferas: federal, estadual e municipal. Evidente que uma opinião emitida não pode contentar a todos. No aspecto da análise do executivo local, manifestações contrárias apareceram na página eletrônica da Vang FM. O Jornal de Marau ao se posicionar sobre um tema nunca espera aceitação ou convergência total. Emitindo opinião, busca fazer o leitor pensar. Aliás, toda a unanimidade é considerada burra.
Nesta semana o Datafolha ( instituto de pesquisa), revelou um levantamento em que 40% dos brasileiros consideram o congresso ruim ou péssimo. Bastou a matéria aparecer na imprensa que o presidente da república, Luis Inácio fez um discurso em defesa da atuação da Câmara dos Deputados. Disse na ocasião: “Muitas vezes, se a gente avaliar a Câmara dos Deputados pela imprensa, a gente sempre acha negativa. Agora, se a gente analisar o conjunto do trabalho produzido durante o ano, vai perceber que tem muito mais coisas positivas do que negativas”. Como se nota, muito diferente do que disse um dia, de que lá existiam 300 picaretas. A pesquisa do Datafolha também mostra que apenas 15% dos entrevistados consideram bom ou ótimo o trabalho dos congressistas e 39% avaliam que ele é regular.
Todos sabemos que em 2009 o congresso foi o local de crises e escândalos, que vai das passagens áreas ao atos secretos do Senado para esconder nomeações de parentes. Nem vamos abordar os milhares de empregos que o Senado e a Câmara dos Deputados oferecem para apadrinhados de todo o lado. Se todos fossem ao trabalho ao mesmo tempo, não haveria espaço nas salas e nem cadeiras para acomodar tanta gente que estão ligados aos gabinetes de deputados e senadores. Não é diferente no estado gaúcho, gente lotado em gabinete de deputado que vive no interior, as vezes sem muito o que fazer.
Na Assembléia Legislativa, também o ano foi marcado com os escândalos do Detran e com parlamentares envolvidos. Nos últimos dias a descoberta de fraudes de quem recebia sem ser funcionário da casa e os exageros de vantagens acumuladas por certos servidores que passam longe do teto máximo permitido para pagar funcionários pelos cofres públicos.
E em Marau? O legislativo deixou muito a desejar. Participou de uma experiência de fazer uma CPI do desvio de dinheiro público por uma funcionária municipal no executivo e terminou melancolicamente com um relatório final pobre e que depreciou a atividade parlamentar. Pelo senso comum da população, trata-se de uma das legislaturas mais fracas das que Marau já teve no poder que é de fiscalizar e legislar. Até os debates e confrontos de idéias perderam a importância, por falta de interlocutores preparados para a função. Deu para perceber que alguns vereadores evoluíram consideravelmente o seu desempenho. Mas estamos muito longe de esperar uma produção legislativa a altura do que a sociedade merece. Quem sabe 2010 nos surpreenda positivamente! De vez em quando um milagre acontece. Feliz ano novo a todos, com a saúde em primeiro lugar, a paz a gente constrói no exercício do relacionamento social.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Avaliando 2009

Em pronunciamento em rede nacional muito mais que uma mensagem de um chefe de estado, o Presidente Luis Inácio fez uma defesa de seus sete anos de governo como se antes nunca tivesse acontecido nada de positivo. Deitou verbo e não deixou de recomendar em quem votar em 2010. Foi um libelo acusatório contra outros governos e um ufanismo exagerado como se esta fosse de verdade a terra da fantasia. No entanto, não dá para dizer que foi um ano ruim para a economia brasileira. Verdade que quando as coisas andam bem, é fruto dos acertos do governo. Quando as coisas andam erradas, são contingências externas e alheias a vontade de quem governa. O otimista presidente, do alto de seus mais de 70 por cento de aprovação popular, parece pairar acima do bem e do mal. Nosso guia sugere que o governo deve fazer mais gastos. É gastando, segundo ele que a gente prospera. Deveria olhar pela forma perdulária de como se esvai pelo ralo tanto dinheiro que a sociedade produz em forma de impostos e contribuições.
No Rio Grande do Sul, a Governadora, Yeda Crusius, faz um relato apaixonado de seu governo, e diz que o ano termina com déficit zero. Com entusiasmo, nossa governadora diz que conclui que em 2009 não fica devendo nada a ninguém. Reclama das receitas federais que caíram 44% em relação a novembro de 2008. Ressalta também que lamenta a queda de transferência de recursos da União para o Estado, que exigiu cortes nos gastos com o custeio e investimentos. Disse que as elites procuram não compreender os esforços do governo e que a população tem a percepção da importância do equilíbrio das contas públicas. Entende que o déficit zero é o único caminho para a gente começar a investir. Fecha o ano em alta com os prefeitos e anuncia grandes aportes para as obras rodoviárias.
Neste fichar de ano, a maioria dos prefeitos reclama que o ano foi de dificuldade. O prefeito Zanchin em entrevista na Vang Fm, disse que o ano de 2009 foi o mais difícil de seu governo. Reclamou da queda de retorno que o município tem direito e arrecadação em baixa nos últimos meses, mas aposta na recuperação para o ano 2010. Anunciou que fará retornar antes do tempo o turno integral para o funcionalismo municipal. Medida acertada, segundo nosso juízo. Não precisa ter um olhar severamente crítico para perceber que em matéria de dinâmica o governo do município foi em ritmo muito lento e contrariou o discurso que recomendava um novo mandato para que as obras tivessem continuidade. Foi pelo primeiro governo que a população correspondeu com o segundo. Resta agora, que saia do marasmo que vem demonstrando e recupere a confiança de que o segundo mandato seja classificado como o primeiro. Em regra geral, a prática tem demonstrado o contrário, daí o desafio de imprimir estratégias de celeridade e com isto atender as necessidades que a população reclama e deseja.
Que todos tenham um melhor Natal e venturoso ano de 2010.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Merecido descanso


Chegamos ao final de mais um ano. Época de confraternização, descanso e planos. Assim encaramos a chegada do Natal e consequentemente do novo ano. 2009 foi um período de afirmações e consolidação de um trabalho em rádio e jornal com pontos altos. A partir de hoje o formato original do Espaço Plural entra em férias. Porém a notícia não. Estaremos, através dos colegas de retaguarda, acompanhando todos os fatos de Marau e região da forma como sempre realizamos. Nosso jornalismo voltará em Fevereiro renovado, com novos ares e idéias que certamente vão acrescentar ainda mais. Destacaria como ponto alto de 2009, em um breve e frio balanço, a cobertura da Vang FM da Copa das Confederações através do colega Carlo Luigi, que buscou sedimentar o caminho para 2010. Esse será o ano. A partir de junho, estarei juntamente com o Luigi, alimentando a programação diária da Vang FM, do site vangfm.com.br, desta página e do semanário JM/Jornal de Marau, com toda a movimentação do maior evento esportivo do planeta, a Copa do Mundo de Futebol. Nossa reportagem voltará a África com o objetivo de esmiuçar ainda mais uma nova etnia associada ao esporte que mais une em todo o mundo. Outro ponto extremamente positivo neste ano que deixaremos para trás, sem dúvida, é a priorização da informação, da notícia propriamente dita, na programação da Vang FM e o crescimento do Jornal de Marau. A instantaneidade combinada a dimensão diferenciada desta equipe, que de grande tem é o talento (a equipe é relativamente pequena), unimos nossos esforços diários na apuração da matéria e checagem devida da informação. Esse é um jornalismo praticado na Vanguarda. Não poderia deixar de agradecer a você internauta, ouvinte e leitor do JM. Você é a razão maior do esforço e da dedicação. Um muito, mas muito obrigado mesmo. Vamos continuar esse “intercâmbio” diário em 2010, com novidades, com aprimoramento e dedicação.

Um abraço e um grande ano para todos nós.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Mordaça na imprensa!


Que pouca vergonha a fragilidade da Suprema Corte do país em arquivar o pleito do Jornal o Estado de São Paulo de publicar qualquer coisa sobre a operação “Boi Barrica”, que investiga as operações fraudulentas do filho de José Sarney, Fernando Sarney Filho. Por decisão do Desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e territórios, o Estadão está impedido de continuar publicando desdobramentos da operação da Polícia Federal.
Cá entre nós, é um flagrante desrespeito à Constituição Federal, que preceitua com todas as letras a liberdade de imprensa no país. É tão absurda a situação, que outros veículos podem publicar matéria sobre o tema.
Também achamos, que com a decisão, verdade que não unânime (foram 6 votos favoráveis e 3 contra), o Supremo passa ser um órgão de censura. Não podemos aceitar que visões autoritárias do Estado continuem a existir em relação às publicações no Brasil. É verdade que ainda estamos na mocidade da democracia, mas já somos grandinhos o suficiente para não aceitar protecionismo desta natureza, em favor de figuras bem localizadas que há muito tempo fazem mal ao país. Os brasileiros não podem ser impedidos de saber o que acontece de irregularidades e de corrupção no trato com a coisa pública.
Fica o protesto, fica o repúdio, e sob hipótese alguma aceitamos calados, mesmo dos homens que decidem usando toga, que se curvem diante de interesses e compadrio ferindo um dos alicerces fundamentais da realidade política nacional, que é a imprensa livre, soberana e democrática.
Certamente, a decisão dos chamados “Doutos” da suprema Corte, deve envergonhar muitos magistrados do país em todas as instâncias e entrâncias, que não concordam com a censura da forma como é imposta a um veículo de comunicação do Brasil.

Fica nosso desagravo e nossa inconformidade. Não é este o país que sonhamos e desejamos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Justiça com a ERS 324


Todos os adjetivos já foram dados. Verbalizamos muito sobre as necessidades de melhorias na velha estrada que une Marau a Passo Fundo, especialmente. Acordos de todo o tipo foram firmados. Promessas outras tantas foram adiadas. Manifestações no grito e até pela força do braço, aconteceram mais recentemente. Não há quem não deseja uma estrada descente para chamar de rodovia. Finalmente sai do papel e as máquinas mostram serviço. Inicialmente com uma terceira pista e posterior demarcação e sinalização adequada entre a fatídica curva de São Luis e o silo da família Lodi. Demarcação aparece desde as curvas do Lago Amor até o outro motel chamado Planeta, com possível terceira pista. Tudo isto está sendo saudada como solução temporária. O sonho não pode parar para que se tenha no futuro um trecho de 30 quilômetros com acostamentos adequados e quatro pistas, refletindo mais segurança para mais de oito mil carros diários que ali trafegam.
Poucos, no entanto, ousam se posicionar sobre outra realidade gritante. O excesso de peso que a pista de rolamento suporta. Não é por outra razão que muitos veículos preferem passar por aqui, pois não existem pardais e nem limite de peso nos caminhões. No passado, foi implantada uma praça de balança para controlar as toneladas de peso. Com lobby e pressões naturais de empresários só interessados no lucro, foi desativada.
Com isso fazemos justiça com a própria estrada. É indispensável que se tenham balanças para controlar o excesso de peso de nossos veículos maiores. É uma forma de garantia de estradas mais duradouras e de melhor qualidade de uso.
O Jornal de Marau e a Vang Fm, sempre respeitando posições contrárias, fecha questão com a implantação de um sistema de controle sobre as toneladas permitidas neste trecho que tanto caro já nos custou em manutenção, prejuízos materiais e irreparáveis perdas humanas.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Curso de Ballet


Tenho um sonho que não consegui realizar. Sempre me imaginei como correspondente de Guerra. Posso até dizer que é uma das frustrações de não ter realizado isto em minhas reportagens. Mas na manhã desta terça-feira, sem exagero, pensei que estava no interior do Afeganistão, com os bombardeios feitos por tropas possivelmente Americanas, impedindo o avanço de comboios de inimigos. Impossível transitar com normalidade no trecho que une o município de Vila Maria, a caminho de Camargo e Nova Alvorada. Fui na verdade até a ponte nova. Ali já existe passagem e de chão batido. Já o asfalto, se é que ainda existe, em precariedade total. Como explicar tanto abandono e tanta irresponsabilidade? Damos toda a razão aos que usam o nosso interativo para protestar e verbalizar inconformidade.
Onde está a Amesne (Associação dos municípios da Encosta Superior do Nordeste ) ? Não deveriam todos os prefeitos desta entidade, se reunir e fazer um churrasco de protesto dentro das crateras. Sugerimos que os que desejarem fazer curso de Ballet, exercitar a paciência ou aflorar ainda mais a indignação, o caminho indicado não é para Compostela e nem para o Afeganistão, é para Camargo mesmo.
Em tempo: Temos informação que os prefeitos da Amesne vão confraternizar em Marau neste final de ano. Por que não em Camargo esta confraternização? É que alguns nem chegarão a tempo para o almoço festivo ou poderão se sentir mal se logo após tiverem que tomar o caminho desta estrada para o retorno aos seus municípios de origem.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Vang e JM preparam cobertura

Os únicos veículos de comunicação do interior do estado já credenciados a participar do mundial, a Vang e o JM preparam uma grande cobertura jornalística que deverá se iniciar meses antes da estréia do Brasil no mundial.
Nos próximos dias um evento marcará a divulgação dos trabalhos que serão realizados na África do Sul durante os 30 dias de competição. Como já é tradicional, a Vang e JM partem para seu oitavo mundial de futebol com ótica própria e jornalistas da casa. Além de boletins diários direto da terra da bola, outros formatos farão parte da cobertura que promete ser a melhor de todas as copas.