quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Avaliando 2009

Em pronunciamento em rede nacional muito mais que uma mensagem de um chefe de estado, o Presidente Luis Inácio fez uma defesa de seus sete anos de governo como se antes nunca tivesse acontecido nada de positivo. Deitou verbo e não deixou de recomendar em quem votar em 2010. Foi um libelo acusatório contra outros governos e um ufanismo exagerado como se esta fosse de verdade a terra da fantasia. No entanto, não dá para dizer que foi um ano ruim para a economia brasileira. Verdade que quando as coisas andam bem, é fruto dos acertos do governo. Quando as coisas andam erradas, são contingências externas e alheias a vontade de quem governa. O otimista presidente, do alto de seus mais de 70 por cento de aprovação popular, parece pairar acima do bem e do mal. Nosso guia sugere que o governo deve fazer mais gastos. É gastando, segundo ele que a gente prospera. Deveria olhar pela forma perdulária de como se esvai pelo ralo tanto dinheiro que a sociedade produz em forma de impostos e contribuições.
No Rio Grande do Sul, a Governadora, Yeda Crusius, faz um relato apaixonado de seu governo, e diz que o ano termina com déficit zero. Com entusiasmo, nossa governadora diz que conclui que em 2009 não fica devendo nada a ninguém. Reclama das receitas federais que caíram 44% em relação a novembro de 2008. Ressalta também que lamenta a queda de transferência de recursos da União para o Estado, que exigiu cortes nos gastos com o custeio e investimentos. Disse que as elites procuram não compreender os esforços do governo e que a população tem a percepção da importância do equilíbrio das contas públicas. Entende que o déficit zero é o único caminho para a gente começar a investir. Fecha o ano em alta com os prefeitos e anuncia grandes aportes para as obras rodoviárias.
Neste fichar de ano, a maioria dos prefeitos reclama que o ano foi de dificuldade. O prefeito Zanchin em entrevista na Vang Fm, disse que o ano de 2009 foi o mais difícil de seu governo. Reclamou da queda de retorno que o município tem direito e arrecadação em baixa nos últimos meses, mas aposta na recuperação para o ano 2010. Anunciou que fará retornar antes do tempo o turno integral para o funcionalismo municipal. Medida acertada, segundo nosso juízo. Não precisa ter um olhar severamente crítico para perceber que em matéria de dinâmica o governo do município foi em ritmo muito lento e contrariou o discurso que recomendava um novo mandato para que as obras tivessem continuidade. Foi pelo primeiro governo que a população correspondeu com o segundo. Resta agora, que saia do marasmo que vem demonstrando e recupere a confiança de que o segundo mandato seja classificado como o primeiro. Em regra geral, a prática tem demonstrado o contrário, daí o desafio de imprimir estratégias de celeridade e com isto atender as necessidades que a população reclama e deseja.
Que todos tenham um melhor Natal e venturoso ano de 2010.

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