sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Olhando no retrovisor

Claro que a vida é para frente. É uma construção permanente. Este veículo de comunicação está comemorando em fevereiro, 25 anos de vivência. Procurou ser um retrato dos atos marcantes e positivos. Não deixou de registrar os equívocos que a vida ocasiona em todos os campos da atividade humana. Foram tantos acertos e tantos erros, tanto por opção ou por covardia e omissão. Estamos pensando seriamente em registrar nossos 25 anos de impresso, escolhendo os 100 editorais dos quase 700 produzidos até aqui. Temos consciência de que muitas coisas aconteceram pela nossa posição e outras tantas deixaram de acontecer pela força de nossas letras. Sugere refletir sobre quais os momentos que deveríamos estar mais presentes. No entanto, o inventário, pelo nosso juízo, parece ser favorável diante da dignidade que a função merece.
Entre tantos episódios de posicionamento forte, está num dos editorais da véspera da Expomarau do ano 2009. Com todas as letras, fizemos alertas sobre perigos eminentes com o direcionamento da feira. Alertamos sobre aproveitadores de plantão que gravitam ao lado dos eventos. Lembramos que nosso questionamento crítico rendeu em contrapartida mensagem de que nossos veículos, JM e Vang Fm, sofriam do ciúme de falta de iniciativas e que a inveja era o motivo.
Passados mais de 90 dias daquele evento, a população está perplexa com notícias que correm de toda a sorte e que desprestigia a própria instituição, que sabemos, é séria de propósito e recheada de gente de bem. Os atuais conselheiros são todos expressivos empresários e que merecem da sociedade, sem favor nenhum, respeito e apreço.
No entanto, não pode a sociedade ficar acéfala da informação mais elementar que é uma digna prestação de contas de tudo o que se arrecadou e se investiu para uma feira que até estradulou otimismo sobre o número de visitantes para impressionar. Houve até Manchete de que foi “Sucesso Absoluto”. Hora, então está na hora de uma prestação de contas sobre o destino do dinheiro que o município investiu, cerca de 100 mil reais, entre espécie e trabalhos realizados. Quanto à situação interna da associação que congrega a classe empresarial em seus diferentes segmentos de atuação, não se questiona. É assunto de domínio interno e que interessa aos mais de 400 associados. Já em relação à Expomarau é que questionamos. A população exige números e resultados oficiais. Como explicar assim tão candidamente, em carta bem educada, o afastamento do presidente da Expomarau e da Acim sem definir o resultado do evento de outubro de 2009? Não se pode brincar com a inteligência da sociedade.
Somos do tempo em que acreditamos que veículos de comunicação precisam ter posição sobre os fatos na sociedade. Nós temos. Estamos do lado da transparência. Gostamos de iniciativas inovadoras sim, porém não descartamos a ética, e principalmente uma transparência em todos os atos.
Sabemos que o novo presidente da ACIM, Luis Antônio Oneda, é merecedor de toda a confiança e saberá junto à nova diretoria, responder aos anseios da sociedade sobre o que aconteceu coma nossa expo. Aliás, esta feira precisa se reinventar. Se definir, se deseja ser tema para negócios ou continuar na linha de shows, que há vários anos vem criando problemas na realização do evento. Assim pensa o JM/Jornal de Marau. Assim se posiciona a Rádio Vanguarda (Vang FM), com a maioridade de 25 e 20 anos de atuação na comunidade, desde fevereiro de 1985 e 1990, respectivamente. No mundo das vaidades que vivemos, resistimos a muitas tentações de enriquecimento ilícito e a arte de abrir portas para levar vantagem. Nosso mundo é o da informação, notícias e opinião. Deve ser por isso que em nossa redação ou diante do microfone não baixamos o olhar para ninguém. Nosso lema é: perder negócios, sim. Transigir com a verdade e dignidade, não.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Em férias...


O internauta já deve ter percebido que o blog está um tanto estagnado. Mesmo tendo escolhido não me afastar da cidade e amigos, um breve período de férias sempre faz bem para renovar a bateria e ventilar novas idéias para o longo ano que se inicia. Diferentemente da maioria dos brasileiros que adota o lema de que "o ano só começa depois do cernaval", a informação segue sendo a prioridade em nossa rotina. Mesmo no descanso, nós jornalistas sempre estamos de olho ao redor da sociedade. E fatos não faltam para se comentar. Voltaremos com força total a partir de 1º fevereiro com o blog e o programa Espaço Plural da Vang FM. Até lá pernas pro ar curtindo um merecido descanso.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Vergonhoso cenário da política

Não concordamos com tudo, mas o título deste editorial é o pensamento do Deputado Federal Beto Albuquerque, com o qual nos identificamos, pelo menos pela verdade do título. O parlamentar faz duras críticas às condutas de partidos no processo de construção de alianças para as eleições deste ano. Virou mesmo, “um leilão”, como ele mesmo afirma. “Se discute tudo, menos os problemas do Estado” – “Precisamos pensar nos gargalos que prejudicam o Estado, discutir soluções para o descontrole ambiental que castiga várias regiões ao invés de priorizar somente questões políticas”. Desabafo do parlamentar procede, mas é bom lembrar que ele está tentando de todas as formas, criar uma terceira via, sendo ele o protagonista como candidato ao governo. Sonha ter o PTB e PP além do seu PSB e outras agremiações menores.
Enquanto isso assistimos um triste filme na capital, onde o PMDB que fez acordo escrito com o PDT em 2008, negar a validade do documento que trata da coligação à prefeitura da capital para 2012. Fruto do acordo garantiu os brizolistas no apoio à reeleição de José Fogaça como prefeito de Porto Alegre, tendo José Fortunati do PDT como seu vice. O PMDB fez documento escrito se comprometendo apoiar em 2012 um nome do PDT para prefeito. O tesoureiro do PMDB, Rospide Neto, diz agora: “Nos acordos políticos vale só a palavra. Às vezes, nem as assinaturas são respeitadas. É muito relativo”.
Este filme já tivemos em Marau com os mesmos partidos políticos como atores. O PMDB para costurar a candidatura de Vilmar Zanchin para a reeleição, também formalizou acordo escrito e com muita dificuldade foi cumprido uma parte. O PDT ficou as duras penas com três das quatro secretarias pactuadas e menos da metade dos cargos de confiança a que tinha direito. Ao discutir a existência do contrato, um representante do PMDB local também disse na ocasião: “Acordos existem para não serem cumpridos”. Foi censurado é verdade pelo partido, mas frequentava gabinetes e certamente refletia o pensamento dos dirigentes.
A constatação na realidade da política brasileira é fisiológica e pragmática. Nunca programática. Não se tem conhecimento em Marau e raramente se viu no Brasil a construção de uma aliança política para elaborar um programa de governo. As Costuras políticas sempre foram para atender apetites de cargos, empregos e nada mais. Com ameaça de demissão dos cargos do PDT em caso recente, a cúpula do partido voltou atrás de uma decisão tomada pela executiva com a abertura de chance para outro partido assumir a presidência do legislativo por um ano. Valeram os cargos e a pressão dos interessados. Isto é fato. Quando se escreve sobre temas assim, haverão os de plantão que se manifestam, achando que estamos criando fantasia e prejudicando a coligação e o governo. Infelizmente o que se assiste na costura para as candidaturas gaúchas, tanto de Tarso do PT ou Fogaça pelo PMDB, é comprar a qualquer preço a noiva e o seu vestido, promover bodas, não importando a qualidade do vinho e nem olhar para as credenciais de quem estará na mesa. Pena que os eleitores, às vezes, se deixam embriagar antes do tempo e pela visão pequena repetem os mesmos erros, continuando a dar aval a governos que simplesmente passam pelo palácio, ajeitando a vida de uns e de outros, esquecendo as prioridades que a sociedade precisa.
Deve ser por estas razões que o desencanto com os políticos campeia e se prolifera. Também por esta razão, já não se vê nem mais gente querendo ser político. Os partidos apelam para que surjam candidaturas para renovar o parlamento gaúcho e federal. Quanta falta de democratas. Quanta falta de vergonha na cara. Quanta falta de estadistas.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Marginais de plantão!


Como é triste viver numa sociedade onde estão presentes malfeitores. É o caso verificado na entrada sul da cidade. Na última edição do Jornal de Marau, fizemos menção sobre como estava bonito, civilizado a lateral direita de quem entra na cidade. Desde o trevo sul até próximo ao Posto Latina, vendemos para quem entra na cidade a idéia de que aqui vive gente de bom gosto e civilizada. Ledo engano;. Foi da noite de sexta-feira última, para sábado, que tudo aconteceu. Fala-se que 3 moços teriam sido levados para a Delegacia de Polícia. Claro que foram liberados, pois nossa legislação é frouxa e condescendente. Era o caso de chamar os pais, se confirmados como menores e chamar a todos para o dever de ressarcimento e reparos com indenizações até com abalos morais causados contra a sociedade organizada que paga impostos para exigir modernidade e conforto. Outras legislações admitem isto. Se maiores, deveriam ficar no flagrante e pelo menos deixar um bom momento presos, mesmo que na Delegacia.
Em caso de medidas sócio educativas, que a sociedade assista os trabalhos que estes infratores passem a fazer em atividade pública. A atitude tem características de maior gravidade, pois foram feitos os danos exatamente em local onde não existem residências próximas. Sinal evidente de que sabiam o mal que estavam praticando e não como reflexo de drogas, como algumas vezes se busca justificar para atenuar o crime.
Só vamos corrigir atitudes desta natureza, com punição exemplar. Esperamos que nenhum pai ou mãe destes marginais, não passem a mão na cabeça, como normalmente acontece por aí. Quem souber de atitudes deste gênero, deve também exercer a cidadania recomendável de denunciar para que isto não continue acontecendo impunemente. Fica nossa reprovação e exigimos punição exemplar.