terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Encanta Marau!

É comum ao final de cada ano, se fazer um inventário dos fatos marcantes de uma comunidade. Não é diferente neste momento que o calendário cristão toca a gente com o nascimento de Cristo. Celebrações desta data e com a passagem de mais um ano são comemoradas de forma singular em todas as partes do mundo. Marau não é diferente, mas tem uma característica que envolve a data natalina com tradicionais comemorações pelas diferentes igrejas. Cada uma delas e a seu modo, renovam esperanças de dias melhores, motivadas pela fé e religiosidade.
Devemos ressaltar que na preparação desta festa máxima do cristianismo, a cidade vestiu cores e luzes com algumas novidades positivas. Ainda carece de um melhor envolvimento do comércio e moradores com os projetos da Associação Comercial e Industrial e o próprio poder público para embelezar a cidade e trazer mais gente para comemorar a data. Há um potencial a ser desenvolvido, também no campo das atividades comerciais e não só nas comemorações das luzes natalinas.
Aqui merecem considerações positivas para a experiência do Encanta Marau. Deve-se reconhecer o trabalho desenvolvido pela Secretária de Cultura, Margarete De Cesaro e toda a sua equipe. Embora se compreenda a reclamação de alguns moradores que dizem não suportar tanto som alto, este projeto deve ser comemorado sim na praça central da cidade, enquanto outro local não seja viabilizado para tais acontecimentos culturais. Nós aqui do JM/Jornal de Marau e da Vang FM, já sugerimos um dia que investimentos poderiam ser feitos com ampliação do lago existente no Parque Lauro Ricieri Bortolon, com calçamento ao seu redor e na parte inclinada do gramado existente poderia fazer arquibancadas para num futuro promover não só o um estilo de Natal Luz, como para outros projetos culturais até com possível palco no interior da lagoa. O local existe e é propício para a criatividade.
É pensar demais? Seria sem dúvida um projeto que a sociedade aceitaria viabilizar, desde que fruto de especialistas que já implantaram em outras partes do mundo. Isto é para gente de bom gosto, visão maior e requer investimentos. Solucionaria o barulho no centro, onde alguns moradores mais antigos suportam o barulho dos sinos e alto falantes de sua igreja e não apuram seus ouvidos para a arte e talento de seu povo com suas manifestações culturais.
Respeitamos todo o tipo de reclamação, porém uma praça não pode ser um mimo para ser guardado. Praça é para ser usufruída. Praça é para encontros, celebrações, recreação e confraternização.
Evidente que precisa ser administrados os horários de programações culturais. Na realização do Encanta Marau, surgiram problemas de incompatibilidade de horários para missas, casamentos com apresentações de cultura no coração da praça.
As características de nossa bela praça são para pequenos encontros. Aqueles acontecimentos culturais mais intimistas. Para shows de maior envergadura, este não é o local adequado. É tudo uma questão de administrar o calendário de eventos que aos poucos vão se acomodando.
Num resumo geral, o Encanta Marau foi um dos fatos mais marcantes do ano 2010. Merece de todos o reconhecimento e respeito.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Balão de ensaio vingou!

Em editorial anterior, tornamos público as artimanhas que estavam sendo travadas nos bastidores do Congresso para elevação de salários dos nossos parlamentares. Deputados e ministros passarão a ter um salário de R$ 26.723,13 já em 1º de fevereiro de 2011. Pois, de nada adiantou algumas manifestações de incredibilidade e indignação, que a farra está confirmada em Brasília. Como a fantasia não é privilégio dos que passeiam pela capital, outros legislativos estaduais seguem o receituário e estabelecem na proporcionalidade os aumentos para os Estados, como efeito cascata. No caso do Rio Grande do Sul, os deputados terão proventos só de salário na casa dos R$ 20.042,34 mensal a partir de fevereiro de 2011, e mais verbas para gabinete, mordomias e direito a 15 cargos ligados ao gabinete. Como efeito cascata outros legislativos municipais também proclamarão seus aumentos percentualmente ao que ganham os deputados do estado. Felizmente, Marau não aplica este critério de aumento com atrelamento aos dos deputados. Se por ventura fosse, o salário dos vereadores poderia passar da casa dos R$ 10 mil, mensalmente. A sociedade certamente não aceitaria e faria protesto. Qual a razão da sociedade gaúcha ou brasileira não se manifestar? Falta de poder de indignação, inconformismo, covardia, falta de noção de cidadania? Tudo isto, e um pouco mais – Vergonha na cara!
Voltamos a lembrar que o Senado, com 81 senadores (três por unidades da federação),26 Estados e um Distrito Federal conta com 10 mil funcionários e mais 4 mil terceirizados. Qual a resposta de produção legislativa? É muita gente e muito dinheiro pela fraca eficiência legislativa.
Não é diferente na Câmara dos Deputados. Milhares de contratados para pouco ou nada produzir. São 513 deputados, com em média 25 servidores lotados nos gabinetes. Menos mal que usam um expediente “inteligente”: como não tem espaço e nem cadeiras nos apertados gabinetes, a solução é deixar alguns nos Estados de origem ,fazendo politicagem e outros se revezando na vadiagem dos corredores do Congresso.
E neste país de contradições e inversões de valores, a notícia que repercute é que o nosso presidente Luís Inácio Lula da Silva está deixando a presidência com aprovação popular de 87%. Isso que indicou alguns inexpressivos ministros para Dilma. Manteve outros que recomendou e uma sociedade endividada pelas suas recomendações de que a solução era a gastança para estimular a produção.

Quem vai pagar esta conta? Novo CPMF que ele recomenda? Cortes no PAC e no orçamento?
Na ilha da fantasia... a farra continua!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Tá tudo dominado!

Pensando bem, o que temos de diferente na forma de governar no Brasil? São raríssimas exceções, com alguma novidade para servir de exemplo. A semana vive a expectativa, com o anunciado veto presidencial sobre um tema que tem fundamentos constitucionais. Tratamos dos royalties sobre o pré-sal. A matéria ganhou repercussão nacional e as duas casas legislativas (Senado e Câmara) aprovaram com algumas emendas o texto proposto pelo deputado gaúcho Ibsen Pinheiro. Rio de Janeiro e Espírito Santos brigam pelos seus exclusivos interesses como maiores produtores de petróleo e não querem dividir com ninguém. Como se a bandidagem do Rio é exclusividade da “cidade maravilhosa” e não fosse um tema nacional de solidariedade, que precisa de investimentos para a solução. Os municípios brasileiros ganhariam todos, com possibilidade de menos pires e chapéus na mão pedindo socorro em Brasília se os retornos do que extraímos do fundo do mar viessem mensalmente para as diferentes populações de todo o Brasil. O rateio seria entre todos os municípios do país, já que a Constituição fala expressamente que o petróleo e outros minerais pertencem a União.

Presidente Lula para poupar desgaste de sua afilhada Dilma toma para si a responsabilidade de quem tem 80% de aceitação popular. Então pela lógica o povo não deve se queixar nem da possível volta da CPMF, diminuição de prestações para aquisição de bens duráveis, aumento de juros e outras medidas que inevitavelmente o comando econômico deve fazer, para frear a inflação. O discurso de campanha era ufanista e que o país tinha conseguido a autonomia e não dependia de conjunturas do mundo. Assim foi passada a mensagem para incauta população. Se o povo finge, não sabe de fato, e como consequência não verbaliza é dever da imprensa de fazer o alerta.

No Estado, não é diferente. Um governo que emprega gente de toda a espécie, bastando, ao que parece, a indicação do partido. No governo Tarso nada de novidade, revolucionário e inovador. Até agora uma coalizão nitidamente para garantir votos na casa legislativa. Governo de excelência, nem na União, no Rio Grande e nos municípios.

Também nas prefeituras algumas áreas não funcionam. O povo reclama de tudo e os pobres dos prefeitos bem intencionados passam a conviver com indicações políticas para vários cargos de confiança. Mais vale o apoio do partido coligado do que as qualidades dos ocupantes de cargos. Na saúde, nas estradas, na educação, na segurança, são sempre as mesmas reclamações de insatisfação popular. Isto é em todos os municípios, uns mais, outros menos.

Tudo, em todas as esferas, é o sistema que ajuda a impedir a realização de bons propósitos pela presença incômoda de auxiliares sem habilitação adequada para determinadas funções. Presidente, governador ou prefeito estão presos na malha da ineficiência legislativa e precisam deste poder para fazer acontecer alguns projetos. Nos governos a palavra da moda é coalizão. Como todos precisam de votos, a politicagem exige cargos e mais cargos para satisfazer os interesses partidários. Não é novidade a volta do secretário da Saúde, Rui Carlos Gouvêa. Está longe de apaziguar o partido (PDT). O executivo se dá por satisfeito. O próximo nó a ser desatado é a escolha do novo presidente da Câmara de Vereadores. Aí também existe a ingerência do executivo. Por seu turno, dirá que o legislativo é independente. Na política do Brasil, do Rio Grande do Sul e de Marau, existe um mesmo jogo bonito, vistoso de arquibancada e um xadrez dúbio nos bastidores. Ingênuo é supor ou pensar diferente. Não é só no morro não, nas baixadas também há um lugar comum...”está tudo dominado”.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Saúde e prevenção

Foi uma semana cheia de emoções e de todos os matizes na área da saúde. A semana começou com uma série de denúncias sobre tratamento nada educado no atendimento das perícias do sistema previdenciário da cidade. O jornalismo da Vang e JM cumpriram o seu papel de tentar aproximar a verdade. Nesta análise que fizemos, fica clara que existe sim uma certa cultura largamente utilizada na cidade, para justificar doenças e impossibilidades de continuar no exercício de atividades em certas áreas das nossas indústrias. Bastou uma perita mais exigente e possivelmente sem meias palavras para entrevistar segurados do sistema previdenciário, para, especialmente, no interativo da Vang, a página mais acessada na região, as manifestações de contrariedade aparecerem. Os responsáveis pela agência de Marau se negaram a dar entrevista e a própria perita não quis se pronunciar sobre as denúncias. Tivemos o cuidado de entrevistar o coordenador regional do INSS sobre quais os procedimentos e normas que a instituição adota para médicos peritos para análise de benefícios, sem especificar nenhum dos profissionais em questão. Foi produtiva as explicações do coordenador que disponibilizou o telefone 135 para os segurados fazerem denúncias. Nosso jornalismo questiona somente a forma de atendimento que merece qualquer segurado. O respeito e educação é requisito de qualquer uma das partes, principalmente quando se trata com pessoas já fragilizadas na saúde. Não entramos no mérito do resultado das perícias realizadas, confiando em sua capacidade profissional para decidir a concessão ou não do benefício pleiteado.

Já de outro lado a repercussão foi gritante sobre a saída da secretária da Saúde, Dinorá Fioravanso. Em carta ao prefeito, pediu em caráter irrevogável seu afastamento das funções. Sabe-se que viveu dias difíceis no trato com alguns colegas de função e principalmente dentro do partido onde está filiada, o PDT. Não se justifica mais cartas anônimas pedindo o afastamento de ninguém da atividade profissional, principalmente nos cargos de confiança. Não se constitui novidade que pulsa várias correntes dentro do partido, faltando um bombeiro adequado para apagar caprichos e vaidades. Já não resta mais dúvida que caberia ao prefeito um realinhamento da coligação, com permuta de secretarias e com isso estabilizar uma das áreas do governo de maior importância, que é a saúde.

Merece aplauso também o projeto em andamento desde setembro pela Secretaria da Saúde, no cuidado com um dos problemas da sociedade, e os projetos de prevenção da AIDS. A praça central Elpídio Fialho recebeu um público juvenil para tomar conhecimento de políticas públicas para a prevenção desta doença e do vírus que ameaça a humanidade. É uma questão comportamental, logo, de educação e de prevenção.

Como se nota, a saúde é mesmo o tema prioritário de quem quer ser governo de qualidade. É a base, sem a qual, não prospera outros avanços da sociedade.

Sem pressa, nossos dirigentes devem escolher o melhor nome para gerenciar a saúde, com o que a população certamente agradece.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Meu livro em Russo

Foto: editoria de arte globo.com

Sempre projetei que realizaria meu sonho de fazer a décima Copa do Mundo e depois editar minhas experiências num livro. Não imaginava que o destino seria num país tão exótico. Pois na tarde desta quinta-feira, (02), a sede escolhida para o mundial de 2018 foi a República Russa. Embora algumas Repúblicas surgiram no mapa original desta terra distante, mesmo assim será uma copa em um território continental. Será de comunicação por trens e por aeroportos. Não deixa de ser fascinante sonhar com esta experiência e projetar tal cobertura como jornalista, pelos microfones da Vang FM e pelo nosso JM/Jornal de Marau. Para a Copa de 2018, concorriam Holanda e Bélgica (juntos), Espanha e Portugal (juntos), Inglaterra e Rússia. Na mesma oportunidade na sede da Fifa na Suiça, foi escolhida oficialmente a sede do mundial de 2022. A inclinação foi para os 50 bilhões de dólares em infraestrutura e estádios mirabolantes. O Catar foi escolhido e terá o maior orçamento da história da competição.

A escolha antecipada para as sedes dos mundiais se devem, ao que tudo leva a crer, pela experiência do afogadilho da África do Sul 2010 e a demora para as obras desencadearem no Brasil, sede do mundial de 2014. Agora de minha parte, é só me cuidar e que a saúde me acompanhe tão generosamente como até aqui. Certamente, meu livro será em português, sem o compromisso da reforma ortográfica, mas com o condão de o mais próximo possível da verdade dos fatos. Aguardo você até lá.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O interior faz lição de casa!

Nada podia ser mais sugestivo, interessante, inovador e exemplo de cidadania responsável. Foi no Espaço Plural, jornalismo diário da Vang FM, que nove comunidades do interior mandaram representantes para mostrar o que é possível fazer quando a união se faz presente, na prática. Foi uma conversa amistosa, franca, longe de legações partidárias, que os senhores Valdir Dalberto e Angelo Pagotto mostraram como aconteceu a primeira reunião entre representantes das comunidades de São Paulo do Gramado, Santo Antônio do Planalto, São Brás, Santo Agostinho, Linha 25, Gruta do Rio Marau, Gramadinho, Santo Antônio dos Trichês e Cachoeirão. Tudo começou em 6 de setembro com a primeira reunião e a primeira ata. Outro encontro aconteceu no dia 11 de outubro, já na cidade, na sala da terceira idade, informando ao prefeito as intenções desta organização. Nova reunião está agendada para a primeira semana de dezembro. O fato marcante é o estabelecimento de metas a serem buscadas, com fundamentação em estatísticas sobre a produção de diferentes culturas destas comunidades, contando inclusive com gráficos sobre recolhimento de impostos e outras contribuições para o Estado e para o município. Baseados nisso, agem como todo o cidadão deveria fazer e buscar os direitos, exigindo dos órgãos governamentais a infraestrutura para continuarem produzindo. A ideia, segundo os entrevistados, nasceu de um diálogo sobre as dificuldades que individualmente enfrentam os moradores no interior. Na hora do terço e da recreação do encontro de fim de semana em cada capela do interior. Há uma constatação que estaria faltando nesta região a criação de um futuro distrito, tal como existe em Laranjeira, São Miguel e Veado Pardo. Esta área do município, das comunidades citadas, historicamente é a que pior se encontram as estradas e formas de comunicação. Os membros desta associação de comunidades pretendem convencer os administradores e a classe política dirigente de que é possível ver atendida as exigências que vão de estradas transitáveis com qualquer tempo, telefonia adequada e internet em plenas condições de funcionamento.

Entende esta associação que se estas condições forem oferecidas, mais facilmente os nossos jovens ficariam ou voltariam para a origem do interior e lá exercitariam suas atividades profissionais e notadamente valorizando a agricultura familiar, incentivo sobre garantia de preços e financiamentos adequados com alongamento de prazos. Importa para isso condições básicas e fundamentais como estrada-energia e comunicação.

Para nós que fazemos jornalismo diário (JM/Jornal de Marau e Vang FM) por mais de 25 anos, esta foi das mais inteligentes iniciativas no município. Longe dos tempos em que havia um representante do interior indicado pelo prefeito no exercício do cargo. Teve seu lado positivo, mas outro negativo, nos casos das atenções como prioridade para aliados eleitorais.

Esta iniciativa, pelo que se observa, está longe dos partidos políticos e quebra o princípio de ficar devendo favores para os dirigentes destas agremiações e de quem detém cargo público. Trata-se de uma visão moderna e inteligente de colocar os interesses coletivos acima de colorações partidárias, simpatias e vaidades individuais. De forma organizada e solidária, os moradores do interior querem garantir boas condições para seus negócios e iniciativas que é desenvolver a atividade onde se encontram, sem precisar buscar as luzes da cidade, pecado de tanto tempo com o êxodo rural. Parabéns para estas comunidades. Que outras sigam o mesmo caminho. Trata-se de um lugar comum, mas está provado que a união faz a força. Tudo se resume em cidadania conquistada e qualidade de vida.oje são vários os programs de apoio a permanência do homem no campo. O crédito é menos burocrático para conseguir O ano de 2010 termina muito bem com esta notável iniciativa no interior de nosso município.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

47 anos depois?


Hoje dia 22 de novembro, marca uma data importante, que ficou na história americana e com repercussão no mundo todo. Foi no dia 22 de novembro de 1963 que em plena campanha para a reeleição presidencial, morria em Dallas, Estados Unidos, o presidente John F. Kennedy, aos 46 anos.

O local de onde partiram os tiros, por Lee Oswald, foi preservado e transformado em biblioteca no famoso 6º andar, que vitimou o jovem presidente. Estive visitando o local durante a Copa dos Estados Unidos de 1994 (tetra do Brasil). No local onde me encontro, passava o carro presidencial acompanhado pelo governador doTexas, que também ficou ferido. Os tiros partiram a última janela do alto do edifício a direita de quem olha. Hoje é um ponto obrigatório para turistas que visitam a cidade de Dallas. Com a morte de Kennedy, assumiu a presidência dos Estados Unidos, o vice presidente, Lyndon Jonhson, que passaria a ser o trigésimo sexto presidente dos Estados Unidos. Era natural do Texas.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Efeito Cascata

Há um trenzinho da alegria em pleno movimento nos trilhos do Congresso Nacional. A onda é mesmo de equiparar salários pelo máximo. Há parlamentares que se manifestam contra, porém não recusam o aumento, se confirmado depois na votação da casa. É um corporativismo instalado e as próximas eleições são daqui a quatro anos. O povo esquece até mesmo em quem já votou na última eleição, certamente não lembrará na próxima. Hoje um deputado federal tem um salário R$ 16.512,09 (são ao todo 15 salários no ano). Verba de gabinete é de R$ 60.00,00 mensal. Média mensal como quota de auxilio outros em média R$ 29.268.00, mais auxílio moradia de R$ 3.000,00. Com um desejo de aumento se equiparando aos salários do Supremo Tribunal Federal (R$ 26.000.00), o custo total de cada deputado federal passaria a ser de R$ 108.780,18. Multiplique isto por 513 cadeiras e teremos um número que nem vale a pena publicar pelo resultado que representa este gasto com o que fazem de produtivo nossos representantes. Não pára por aí o escárnio com a população trabalhadora. O Senado tem um custo ainda maior. Cada senador vai onerar as finanças públicas em um valor mensal de R$ 137.568,87. São 81 senadores (três representantes de cada uma das 27 unidades federativas). Triste espetáculo é a existência hoje de 10 mil funcionários contratados só no Senado. Quatro mil tercerizados. Trabalhos tanto na Câmara quanto no Senado é de terça feira à tarde até quinta-feira ao meio dia e depois a revoada para os estados de origem. É uma verdadeira sangria desenfreada e com nenhuma possibilidade de se modificar a atual situação.

Pior que isto é que tudo se tornará por efeito cascata. Os Estados passarão a fazer o mesmo nas casas legislativas. Os municípios da mesma forma, já que a maioria das casas representativas reajustam salários em percentuais e índices ligados ao federal. O efeito cascata virá também com exigências dos funcionários da esfera governamental.

Vozes se levantam no congresso, mas serão sufocadas pelo bafo do gordo salário. Da sociedade passiva pouco ou nada se observa de tomada de posição. A imprensa cumpre o papel de demonstrar os abusos e nada de reação de entidades de classe que poderiam rugir, como CUT, sindicatos profissionais e União Nacional de Estudantes. Este último, subvencionado e patrocinado pelo governo, se cala convenientemente. Continuamos assistindo a tudo isso como se estivéssemos num país rico e de alta produtividade legislativa.

Tudo está a indicar que o trenzinho de aumento vai ser votado até o fim do ano. Os líderes dos partidos vão maquiar as intenções com anúncios de cortes aqui e ali para vender um produto melhor para a sociedade que mais uma vez vai se calar. Todos nós vamos pagar esta conta da ineficiência legislativa com mais impostos e substitutivos da CPMF com o pretexto de arrecadar para pagar o paquiderme da máquina pública emperrada já faz muito tempo. E por aí vai a farra e a sangria com o dinheiro do contribuinte.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fiasco do ENEM

Não poderia ser de outra forma as manifestações pelo país inteiro sobre as frustradas provas do Enem para facilitar o ingresso de nossos estudantes no ensino superior. As expressões vão de incompetência recorrente do ensino nacional. Quem não tem competência não pode se estabelecer. Os responsáveis pela elaboração das provas entendem alguma coisa de educação? Quem organiza as provas é o INEP ou é INEPto? Estamos a caminho do pré-sal, apuramos eletronicamente uma eleição com mais de 135 milhões de eleitores em algumas horas apenas e, neste mesmo Brasil não se consegue organizar uma prova de Exame Nacional de Ensino Médio. Será que é um caso de inversão de valores? Pois vejam, por estas terras o futebol tem mais prestígio que educação, políticos em Brasília e até mesmo um gol de Tiririca.

Tudo isso passa pela criativa cabeça dos brasileiros que manifestam suas angústias e descrédito de Norte a Sul com o descaso com a educação, quando milhares de jovens buscam conhecimento e querem mostrar o que sabem, para tentar um lugar ao sol no futuro. Não dá para o Brasil continuar ser aferido pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) comparando o nosso país com Zimbábue, em colapso de guerra civil. Incrível o que a presidente eleita disse na campanha que “A educação no Brasil está bem encaminhada”. Inquieta aos mais esclarecidos que entidades como UNE (União Nacional dos Estudantes), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundários), sindicatos dos professores e outros órgãos de defesa dos estudantes e da educação no Brasil, fiquem só assistindo tanto descalabro e esta vergonha nacional. Já foram em outros tempos, combativos em várias frentes e movimentos. Estão todos no bolso do governo, com benesses de toda ordem. A frase não podia ser pior: manda quem pode e obedece quem se sujeita e se acovarda. Já nas classes mais pobres da população, repetem como nas favelas que... Está tudo dominado!

Diária pelo interior

Causou estranheza a notícia de que um Projeto de Lei do Executivo visa conceder diárias aos servidores públicos que se deslocarem dentro do município de Marau a uma distância superior a 10 km da sede. O assunto, que foi tema de forte embate no Legislativo, pegou de surpresa até mesmo vereadores e assessores da situação. O vice-prefeito Ivanir Roncatto, juntamente com o Secretário do Interior Telmo Pithan estiveram esta semana no Espaço Plural para tentar esclarecer o assunto. Nosso vice falou que outros municípios já utilizam desta ferramenta, afirmando que desta forma se faria economia no erário público. A oposição, através do Vereador Lencaster Foresti, já entrou com emenda ao Projeto para retirar o artigo em questão.

O tema é controverso e merece aprofundamento na discussão. Em tempos não muito distantes, e neste município, existiam formas para ressarcir os gastos com funcionários em trabalhos pelo interior sem tanta burocracia ou fiscalização. Hoje, os prefeitos pela Lei da Responsabilidade fiscal são forçados ao cumprimento do rigor da lei. A mesma lei que o legislativo estadual ou federal e mesmo os executivos não cumprem como deveria até pelo dever do exemplo. Há que existir uma forma de harmonizar trabalho com tratamento adequado no atendimento das demandas do interior.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ilação justificável

Mais uma vez o Brasil dá um belo exemplo de como se pratica a democracia sem maiores incidentes e com um escrutínio de urnas com algumas horas de processamento eletrônico. Mais de 135 milhões de eleitores deram vitalidade ao sistema democrático. Pela vez primeira uma mulher assume o comando deste país que deixa de ser emergente para se posicionar entre as dez mais sólidas economias do mundo. Se de um lado estamos comemorando avanços sociais inclusive, preocupa sempre os movimentos de bastidores. Sim, por que no Brasil no campo político é comum um exercício de visualização e outras tramas nos bastidores. Ninguém por exemplo falou do famigerado CPMF (Imposto sobre Movimentação Financeira), pois se pensava que estava sepultado de vez. Surpreende que a Presidente eleita retome o assunto, alegando que poderá voltar a ser aplicado, pois os governadores assim exigem para fazer frente ao sistema de saúde no Brasil, sempre anunciado como prioridade. A sociedade até entenderia se a certeza fosse que as receitas ficassem exclusivamente para a saúde, não caísse no caixa único e pudesse até ser descontado no Imposto de Renda a pagar, que na Austrália se adota. Se dirá espertamente que Dilma não aumentaria impostos. CPMF é contribuição e não imposto.

Este mesmo assunto não foi tratado no período de campanha, e agora o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, diz que é favorável a sua implantação e que isto é uma convicção sua, desde pequeno. Este é um assunto que deveria ter sido tratado de frente em plena campanha eleitoral. Os eleitores sentem-se agora traídos com a atual postura.

Evidente que oportuniza interpretações e ilações a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovando na quarta-feira uma proposta de emenda Constitucional (PEC) que determina realização de uma nova eleição para escolher o presidente da República se o cargo ficar vago. Evidente que deve passar por duas votações, uma na Câmara e outra no Senado. O texto estabelece que o país deva realizar em 90 dias nova eleição se o cargo de presidente ficar vago. Três dias depois de ter sido eleito vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) viu o congresso dar um passo para esvaziar a sua função no governo de Dilma Roussef.

De outra parte, se nota claramente que as declarações da presidente sugerem que para ocupar cargos não basta estar ligado a partidos coligados, precisa capacitação e vida ilibada. Também, merece considerações positivas o recado dado ao MST de que será tratado o movimento não como caso de polícia, mas de tema social. Dilma disse com todas as letras que não vai admitir invasões de órgãos públicos e nem propriedades privadas.

Os brasileiros todos devem torcer por um grande governo, pois as propostas foram expressivas e para cumprir a risca será necessário até mesmo saúde física para a nova presidente.

Fato positivo é que está nascendo um novo período com possibilidade de pleno desenvolvimento econômico e social.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um exemplo, um amigo!


O fim de semana foi de alegria e de tristeza ao mesmo tempo. De um lado a festa da democracia, e pelo voto uma mulher chegando ao poder na República. De outra, a morte de um colega de rádio, que deixa marcas profundas de dedicação e competência. Escrever sobre Olisses Minella, é ao mesmo tempo difícil e muito fácil. A sua simplicidade marcou uma trajetória de 51 anos nos meios de comunicação. Pelo menos trinta anos vivemos juntos e foi um aprendizado permanente. Conheci no ofício, centenas de profissionais. Nenhum como ele, em matéria de empatia com o seu público.

Lembro de muitos pelas vozes bonitas transmitindo mensagens. Ele, de forma singular, fazia chegar a mensagem. Trata-se de uma rara virtude na arte de se comunicar. Para sempre ficará o exemplo da pontualidade. Como entender e explicar que em 51 anos, levantando as quatro e meia da manhã, uma vez apenas chegou atrasado e por culpa do relógio. Bastou este episódio para lamentar que nunca deveria ter acontecido com ele. Como esquecer dos exemplos de ser o cartão de apresentação da Vang ao receber pessoas no trabalho ou ouvir tantas vozes atender com carinho o telefone ouvindo atentamente os que reclamavam ou celebravam a vida em todas as manhãs? Tratar com elegância e respeito aos ouvintes, corresponder a expectativa dos seus anunciantes e primar pelo gosto musical das letras de raízes de nossa cultura popular, foram outros atributos no Coração Sertanejo. Um pai exemplar. Um amigo em qualquer circunstância.

Um profissional competente e comprometido com a empresa onde trabalhava.Um cidadão, na acepção mais correta da palavra. Assim era Olisses Minella. Tive o privilégio de ter conhecido e convivido com este amigo que permanecerá sempre na minha lembrança. Obrigado, meu professor! Tenho certeza que continuará torcendo pelos nossos êxitos e para os novos projetos da Vang FM e JM/Jornal de Marau, que devem muito a você, pelo exemplo e pela dignidade de sempre.

Muito obrigado. Fica com Deus!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Nunca como antes

Esta expressão não é original. É uma manifestação continuada do ufanismo de Lula, o nosso presidente de 83% de aprovação popular.

Acompanhamos muitas eleições em todos os níveis no Brasil. Este foi um ano diferente. Poucas lideranças de expressão. Os dois candidatos que vão para o segundo turno produziram poucos momentos de idéias programáticas para o país que sonhamos. Assistimos um festival de mau gosto, onde se tentava desconstituir os predicados de parte a parte. Deixa evidências que o país vive um momento de falta de líderes que possam receber total confiança sobre os poucos temas que discutiram, quanto a sua aplicabilidade no futuro. Tivemos avanços sociais sim nos últimos 16 anos, incluindo, por justiça, Fernando Henrique e Luís Inácio. São muitos os problemas e angústias do país que precisam ser resolvidos. Vivemos uma carga tributária exagerada para quem quer produzir, recaindo sobre produtos básicos da população, especialmente na alimentação. Juros extorsivos que nos dão o título de país campeão mundial nesta categoria. Dólar que perde valor e aumenta artificialmente o nosso real. Complicação para nossas indústrias de exportação e sua competitividade internacional. Pouco ou nada destes temas foram tratados pelos nossos dois principais candidatos. Se esperava mais de Serra e Dilma na segunda fase da campanha. Continuaram os ataques pessoais. O próprio governo federal não foi o melhor exemplo de como se portar como educador e primeiro magistrado, nas atitudes de Luis Inácio da Silva. Não se pode confundir governo com preferência eleitoral. E isto foi muito palpável nesta eleição de 2010.

Aqui perto de nós, morre o ex-presidente Kirchner e seu povo fica inquieto sobre o futuro, já lamentando a ausência de novas lideranças para o futuro do país.

Parece que esta mesma ausência de novas cabeças pensantes no mundo da política se reflete no Brasil. Merecemos coisa melhor do que uma campanha pobre de conteúdo, de propostas, de ideais de estadistas.

Ganhe quem ganhar, assistiremos a seguir o loteamento da máquina pública, tudo em nome da governabilidade. Os apetites serão fortes. O preço de apoiamento e coligação serão cobrados bem salgados em atacado.

E saber que poderia não ser assim. A sociedade deveria apoiar os grandes projetos para resgatar este país de desigualdades e com nomes em que a população pudesse confiar.

Tanto Dilma, quanto Serra, Presidente ou Presidenta, já começarão seus governos marcados pelas denúncias de corrupção, quer no Estado quer na União.

Utopia, sonho a parte, o que recomendamos no momento é não deixar de votar. Votar é um direito e ao mesmo tempo uma obrigação. A consciência deve estar em primeiro lugar. Em nome dela se deve votar, em nome dela se deve ficar tranquilo depois de conferido o voto e o eleito.

Cidadania é cobrar com toda a forma de verbalização e posicionamento, sobre as poucas propostas de quem busca nosso voto neste segundo turno da eleição presidencial. Que o futuro seja o melhor.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O limite deve ser a verdade

Se há uma profissão que não precisa da tutela do Estado, é a do jornalismo. Esta liberdade historicamente sempre incomodou quem é governante. Foram várias as tentativas de enquadramento da imprensa ou de engessamento da atividade. Como exemplo a tentativa de criação de um Conselho de Jornalismo. Felizmente repudiada no Congresso e pelos que pretendem exercer com liberdade e dignidade a profissão. A justificativa do governo Lula em tentar fazer passar no Congresso este Conselho Federal de Jornalismo era para “aprimorar a profissão”. O que em seguida se viu, foi o monstrengo de que a profissão de jornalista nem precisa ter o registro no Brasil. Entendemos que as tentativas sempre foram no sentido do Estado ter certo controle sobre a atividade jornalística. Não cabe ao Estado este papel de democracia política. O próprio presidente Lula disse, não faz muitos dias, que certos órgãos de imprensa do Brasil agem como partidos políticos.
O presidente tem lá sua razão. É certo também que como presidente de uma nação, não pode misturar administração com apoio partidário em horas de expediente, coisa muito frequente no atual momento de sucessão presidencial. Não é o melhor exemplo de isenção de um primeiro magistrado. Os bons veículos de comunicação que seguem a perseguição da boa notícia e de crítica isenta de preconceitos, não podem ser assim tão facilmente questionados para seguir determinados rumos. Quem deve avaliar o jornalismo é o leitor. Sua forma de não aceitar, é deixar de ler.
O comportamento de um jornal, por exemplo, deve ser avaliada pela sociedade onde ele estiver inserido. Quem deve assinar, ler, deixar de ler e assinar, é o leitor que perceberá como ninguém se o jornalismo praticado é ético, democrático e útil para a sociedade.
Há uma premissa básica: todo o veículo precisará de independência financeira para poder se proclamar independente.
Surge agora no Brasil algumas tendências do jornalismo, coisa que acontece com muita frequência em outras experiência democráticas. Nos Estados Unidos é até comum jornais declararem apoio a este ou aquele candidato presidencial. Foi de lá que veio o exemplo de liberdade de imprensa com o caso Watergate, que culminou com a saída de Nixon da presidência pela espionagem de seu partido. Lá nenhum órgão fiscaliza, pune ou regulamenta a atividade jornalística. A liberdade de imprensa é garantida pela primeira emenda da Constituição e algumas jurisprudências com passagem na Suprema Corte. No Brasil, existem meios jurídicos para punir excessos acasos praticados pelo jornalismo.
Neste país, sem a imprensa livre, como saber de tantos escândalos que Brasília e outros poderes envolvidos em corrupção proporcionam diariamente?
Surpreende nos últimos dias os declarados editoriais de certos veículos do Brasil, claramente direcionados a este ou aquele candidato presidencial. O Brasil fica perplexo e são sinais de que o futuro trará novidades nas linhas jornalísticas. Há quem prefira, e já diria o filósofo francês, Pierre Bourdeau: “O mais terrível na comunicação, é o inconsciente da comunicação”. O explícito não necessita suposição, porém o implícito às vezes é preocupante. Nas entrelinhas do registro do fato, a mensagem impregnada leva a pensar como a linha editorial quer.
Devemos estar atentos sobre esta tendência. O caso das revistas Veja e Isto è é emblemático no momento, onde ninguém tem mais dúvida sobre suas preferências na presente eleição.
Será que Marau está preparado para aceitar posicionamentos mais claros e menos escusos de nossos veículos de comunicação no campo político democrático? O futuro dirá.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ronaldo Magic

Quem não viu não pode perder. O velho Ronaldinho Gaúcho está de volta. Esse drible deixou o adversário atordoado. Pura genialidade! Clique no link abaixo e veja o lance.

http://www.youtube.com/watch?v=bQWiIM1oJus

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

É o Estado que entra em campo?

Surpreende o mundo esportivo que a FIFA exija garantias do Internacional para as reformas do seu Beira- Rio. Nós da Vang FM e JM/Jornal de Marau, percorremos o mundo em várias copas e somos testemunhas que em outros países se rasgaram cadernos e obrigações dos países promotores de outros mundiais e do Brasil se exige tudo que beire a perfeição. Fechamos em número, gênero e grau, com o texto do jornalista Juca Kfouri, extraído de sua palestra no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau, ainda neste mês de outubro de 2010.

“Vamos lembrar. Copa do Mundo na França, em 1998: ergueu-se apenas um estádio. Quatro anos antes, no país mais poderoso do mundo, os Estados Unidos, não construíram um estádio, adaptaram os de futebol americano e baseball para o “soccer”. Nós estamos falando em fazer arenas.

O comitê organizador da Copa na França era presidido por um ex-jogador, Michel Platini. Na Copa da Alemanha, o comitê era presidido por um ex-jogador de futebol: Franz Beckenbauer. Como aqui não temos nenhum jogador de grande nome, nenhum craque, o presidente do comitê é também o presidente da CBF: senhor Ricardo Teixeira. E a secretária executiva desse comitê é a dona Joana Havelange (filha de Teixeira, neta de João Havelange).

Esse presidente do Comitê, dez anos atrás saiu com 17 indiciamentos de uma CPI em Brasília. E, por birra, nos faz engolir que o Morumbi não pode receber a Copa do Mundo.

Há 50 anos o estádio recebe jogos de nível internacional. Foi palco de decisões da Libertadores, de inúmeros jogos da Seleção Brasileira, do Mundial de Clubes da Fifa. Agora não pode mais receber um evento de um mês. Cinco jogos. São Paulo precisa de uma nova arena: o “Fielzão”.

O presidente já disse que o “Fielzão” vai custar R$ 350 milhões. Curiosamente, a nova Fonte Nova - estádio em Salvador -, que será construída no lugar onde estava a velha, custará R$ 580 milhões. Gozado também que é a mesma empreiteira que vai fazer os dois. Mais gozado ainda é que a reforma do Maracanã está orçada em R$ 1 bilhão, pela mesma empreiteira.

Estamos fazendo estádio novo em Cuiabá (MT), onde não tem um time importante no futebol brasileiro. Mas Florianópolis está fora da Copa. Vamos ter estádio em Brasília, onde não tem tradição em futebol profissional. Teremos um Manaus, onde também não tem futebol profissional. Estádios para três ou quatro jogos.

O Morumbi não é um estádio ideal? Não, não é. Mas não estamos em condições de brigar por estádio ideal. Temos que brigar pelo ideal nas estradas, nos aeroportos, na rede hospitalar, rede hoteleira. Podemos fazer uma Copa do Mundo no Brasil, mas a Copa do Mundo do Brasil, não da Alemanha.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Salve nosso voto distrital!

A tese que sempre defendemos nesta página como pensamento do JM/Jornal de Marau e Vang FM, sai da teoria e se torna prática pelo exercício da cidadania e do voto. Declaramos simpatia pelo sistema do voto distrital misto na República Federal da Alemanha. Outras democracias republicanas adotam com excelentes resultados práticos na forma de representar uma região territorial. Nesta eleição de 2010 o resultado foi promissor em relação a nomes eleitos com identificação em uma região. Podemos correr o risco de esquecer alguns, mas nunca como agora Marau terá alguém que represente o seu interesse e de municípios próximos. Destacamos que na Assembléia gaúcha terão acento no parlamento do palácio Farropilha, nomes como Luciano, Basegio, Postal, Capoani e Sosella, que sabem de nossa realidade com riqueza de detalhes. Claro que outros nomes foram indicados pelos diferentes partidos, mas são de cidades um pouco mais distantes de onde vivemos. Na Câmara Federal, dois nomes são de cidades bem próximas e indicados por Marau: Beto Albuquerque e Giovani Cherini. Serão como deputados distritais que contribuirão significativamente para o exercício da função de legislar ou fiscalizar o governo. Devemos levar em consideração que os dois senadores eleitos no Rio Grande do Sul, conhecem muito bem nossa realidade. No caso específico de Ana Amélia Lemos, devemos levar em conta que além de ser de Lagoa Vermelha, tem como um de seus suplentes um filho desta terra, Márcio Turra. Pelo menos dois nomes do PMDB foram eleitos e com apoio da cidade: Osmar Terra e Darcísio Perondi. Do PT dois deputados mereceram votos: Pepe Vargas e Marco Maia. Do PTB existe o deputado Busato. O PP deu apoio e votos para dois eleitos: Vilson Covatti e José Otávio Germano.
O fato mais marcante do voto distrital é o conhecimento que se tem da vida de cada candidato. A razão fundamental do voto distrital é poder cobrar atitudes em defesa dos interesses regionais. Parece que existe um avanço na consciência de nossos eleitores de no vácuo da lei, fazer justiça com os seus eleitos. Se não existe uma legislação pertinente ao Ficha Limpa, a sociedade demonstra na prática, com raras exceções, que sabe fazer a triagem quando exerce seu direito e dever no cumprimento do voto.
Repercute nestas eleições no país uma porcentagem bem expressiva de renovação de cadeiras em diferentes partidos. Figuras que se destacavam tanto no Senado quanto na Câmara Federal, foram reprovados nas urnas. Serve como recado para esta nova leva de legisladores, que a sociedade está atenta em quem está no exercício do mandato. Na Assembleia Legislativa dos gaúchos também houve uma renovação em torno de 50%, o que também demonstra um recado para os nossos políticos regionais.
Saudamos novos eleitos e confiamos em um grande mandato. Sugerimos ao eleitor, não esquecer em quem votou e com isso cobrar atitudes que possam dignificar a confiança depositada.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Marauense não se reelege em MS

Concorrendo pela sétima vez como deputado estadual pelo Estado do Mato Grosso do Sul (MS), o deputado Ary Rigo, natural de Marau, não conseguiu a reeleição no último final de semana. Ocupa na atual legislatura o cargo de primeiro secretário da Assembléia. Há poucos dias antes da eleição, sem saber que estava sendo filmado e em um diálogo com o secretário do Governo da Prefeitura de Dourados, Eleandro Passaia, Ary fez declarações de um suposto "mensalão" envolvendo a Assembléia, que repassava dinheiro para o governador, desembargadores, Tribubunal de Justiça e Ministério Público. Atingido pela repercussão das declarações, conseguiu apenas 20.581 votos e ficou fora da próxima legislatura.
Clique no link abaixo e confira as informações do site da Folha de São Paulo.
http://bit.ly/aFNGcP

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Tente outra vez


Até existe uma música que trata do tema. A composição é de Raul Seixas. Decepção com um grande amor, insatisfação com uma experiência passada, descoberta de algo que não deu certo. Nada disso pode impedir que as pessoas retomem a iniciativas de acreditar no futuro. É assim também no mundo da política. Hoje mesmo se observa a angústia, inquietação e repulsa dos cidadãos de bem, com a atitude de quem deveria ser exemplo na sociedade. São muitos os que pregam o protesto nas urnas pelo descrédito da classe política. Deve ser por esta razão que em São Paulo se anuncia pelas pesquisas a possibilidade de um comediante analfabeto chamado Tiririca ser o campeão de votos. Recomendamos que se troque o regimento da Câmara Federal e permita que o novo deputado trabalhe vestido de palhaço. Serviria de espelho para seus pares no parlamento do povo. Pior é arrastar com ele, pelo menos outros cinco oportunistas e despreparados para o Congresso Nacional, usando o ultrapassado sistema do coeficiente eleitoral.
A onda de descrédito é tanto que chega até na suprema corte nacional. O Supremo Tribunal Federal não poderia ter se prestado pelo ridículo papel de fingir que julgava e nada decidia sobre o Ficha Limpa quando o país inteiro queria uma decisão. Pior é ter a última hora, depois de imensas filas para a os desavisados brasileiros que perceberam que não tinham mais o título ou a carteira de identidade, a decisão de que bastaria só um documento oficial com fotografia para exercer o direito do voto. Quem perdeu o trabalho, compromissos buscando se adequar a exigência legal? Lastimável que agora o título pode ser colocado no lixo. Já não serve para mais nada. Qual mesmo a razão dos homens de toga esperar tanto para decidir ou não decidir? E a opinião pública onde fica no respeito que merece?
E os sucessivos escândalos que acomoda consciências. Já se perdeu o poder de indignação. Cada dia é um escândalo novo e pior, indo para baixo do tapete que encobre imoralidade.
Deve ser isso, e mais os exemplos de quem ocupa cargos neste país, que a sociedade se mostra inclinada a não votar, ou protestar com o descaso num momento tão nobre do exercício da cidadania.
Quando tudo parece perdido. Quando se vê tanta permissividade, abusos e desrespeito até mesmo de nossas instituições superiores, resta recomendar o exercício do voto consciente, fazendo a triagem necessária, ente um amontoado de gente e de partidos fragilizados.
É tempo sim de recomendar a prática do Ficha Limpa.O eleitor é o responsável, na ausência da lei. É momento de escolher o melhor neste 3 de outubro.Por mais que você esteja escandalizado, decepcionado e disposto em anular o voto, por favor, TENTE OUTRA VEZ!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Oportunidade perdida!

Todo mundo sabe que o critério para escolha dos integrantes de tribunais no Brasil e nesta democracia republicana, não é exatamente a vida ilibada somente e nem o saber jurídico. Já tivemos na suprema Corte grandes estadistas das letras jurídicas e também figuras caricatas que desmerecem as carreiras de tantos profissionais capazes desta nação. Quem não sabe que é de listas tríplices que cabe ao presidente nomear os membros do Superior Tribunal Federal? Basta conversar sobre o assunto com tantos juristas de gabarito do Brasil e se terá uma expressão bem fiel do que eles pensam da nossa última instância de poder. Não nos incluímos entre os que acham que eram cartas marcadas para um empate, e como consequência não decidir nada na noite de quinta e madrugada de sexta- feira em Brasília sobre a Ficha Limpa.Coincidência ou não, o pior é não sair definição alguma e ter que se esperar quem sabe até as eleições acontecerem para a decisão final. Nada pior do que isso, caso alguém vença nas urnas quem venha a ser cassado amanhã. O Supremo deveria ter tido o cuidado de já ter votado com boa antecedência esta matéria, pois tudo indica que pelo saber jurídico chegaram lá.

Pitoresco foi o magistrado Toffoli, indicado e que veio das fileiras do PT. Toffoli disse que não se importava com o clamor popular e sim faria o julgamento pela constituição e pela letra fria da lei. Foi discutida a forma como chegou a Suprema Corte como último indicado de Lula, tendo um dia sido reprovado para concurso à magistratura.

A nosso juízo, como as nomeações são mais políticas que técnicas pelo “QI” do conhecimento mas do quem indica, deveria exatamente atender o clamor popular e votar conforme os anseios de moralidade que a sociedade esclarecida quer e deseja.

Deveriam levar assim em conta que 85% da população brasileira deseja moralidade.

Entendemos as razões de que uma nova lei é para o futuro e deva beneficiar e não retroagir para punir, pois é uma base fundamental do nosso ordenamento jurídico.

Estranho é que os anais do judiciário existem muitas decisões políticas e não olhando com profundidade o texto frio da Lei. Nem precisa muita pesquisa.

O Supremo se colocou num embrólio, pois terá que encontrar decisão sobre este empate. Como explicar que somente dez magistrados votaram, e não poderia ser número ímpar?

Melancólico será uma decisão depois das eleições, quando é possível que alguém possa ser eleito e comemorado como num campo de futebol e no tapetão retirar o condão da vitória.

É respeitável a decisão da suprema Corte, inaceitável é esperar tanto tempo para fazer um julgamento tão importante a pouco menos de 15 dias das eleições.

Como se nota, a Lei que punirá os políticos de vida suja terá que esperar pela boa vontade e tempo disponível dos homens de toga da República.

Achamos sim, que a decisão do Supremo, perdeu uma bela oportunidade de restaurar a moralidade.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

ANJ reage críticas de Lula à imprensa

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) reagiu no domingo, por meio de nota, aos ataques feitos à imprensa pelo Presidente Lula, no sábado. De acordo com a entidade, é “lamentável e preocupante” que o presidente manifeste desconhecimento em relação ao papel da imprensa em sociedades democráticas. “O papel da imprensa, convém recordar, é de levar à sociedade toda informação, opinião e crítica que contribua para as opções informadas dos cidadãos, mesmo aquelas que desagradem os governantes. Convém lembrar também que ele (Lula) jamais criticou o trabalho jornalístico quando as informações tinham implicações negativas para seus opositores”, diz um trecho da nota.

No sábado, Lula atacou a imprensa, durante o comício em São Paulo, e afirmou que o povo não precisa mais de formadores de opinião. “Nós somos a opinião pública”, afirmou o presidente. “Estive vendo algumas revistas que vão sair neste fim de semana, sobretudo uma, que parece “Olha”. Nordestino falaria “Oia”. Ela destila ódio e mentira”declarou.

Eles merecem


Com 900 mil votos, TIRIRICA teria a maior votação no país. Segundo pesquisa Datafolha o palhaço tem 3% das intenções de votos em São Paulo, e só perderia para Enéas (Falecido) como deputado mais votado da história do Brasil. A classe política, pelo descrédito que plantou e conquistou merece mesmo conviver com esta figura caricata. A Câmara deveria mudar o regimento e permitir que Tiririca frequente a Casa vestido de palhaço. É o que o Congresso merece. No Senado também existem figuras que envergonham o quadro político partidário nacional.É dispensável enumerar. Quanta tristeza ver o país caminhar assim! Você internauta concorda comigo?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Acampamento Farroupilha

A iniciativa surgiu na Vang e JM/Jornal de Marau na realização da Tertúlia Farroupilha de 2009. Neste ano, com a área de cultura e apoio do município, a primeira experiência está em andamento. Dá para perceber claramente que a iniciativa está vingando e nos anos subsequentes será mesmo promissor. Na capital dos gaúchos, também foi assim e hoje chama-se de cidade o Parque de Harmonia com um festival de eventos. São gaúchos de todas as plagas que passam a viver comunitariamente. Verdade que no caso de Marau não é assim tão expressiva a presença de entidades e gente ligada ao tradicionalismo. O mais importante é o ato de começar. Tudo se direciona, pelo o que a gente já está observando que o evento ganhará corpo com o passar dos anos. Foi na sexta-feira (ontem) no Espaço Plural, jornalismo da Vang que o historiador Ricardo José Gomes Henriques discorreu sobre a importância dos gaúchos reverenciarem e cultivarem a lembrança dos feitos dos farrapos. Mostrou a história rica do município de Marau e os locais de Tope e Três Passos com as batalhas que de fato aconteceram na Revolução Federalista. No caso de Três Passos, é verdade que existe uma vala comum onde foram enterrados 150 “baianos” que lutaram naquela batalha, 20 dias antes da Batalha do Pulador em Passo Fundo, que frequentemente é reproduzido com encenações na cidade vizinha. Foi na Vang que sugerimos também que Marau deveria assumir compromisso com o resgate destes elementos históricos de Tope e Três Passos e também aqui tentar reproduzir como cultura este legado histórico dos que lutaram com brio para defender os interesses da província do Rio Grande do Sul.

Espera-se, não só das autoridades e da área cultual, o engajamento de todas s forças deste município, entidades tradicionalistas e escolas para reverenciar com atitudes permanentes e comemorações mais condizentes com esta grande data que nos dá até um feriado estadual em todos os 20 de setembro.

Revolução para um Rio Grande mais autêntico deve ser atitude permanente dos gaúchos da atualidade.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sinto vergonha de mim

Uma série de escândalos em instiuições públicas continua acontecendo no país envolvendo os mais diferentes cidadãos, que deveriam ser paradigma da moralidade. Permanece atual, como se nota, o texto de Ruy Barbosa, nossa águia de Haia:

“Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra. Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o “eu” feliz a qualquer custo, buscando a tal “felicidade” em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo. Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos “floreios” para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre “contestar”, voltar atrás e mudar o futuro. Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer... Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar/ meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro! De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Jurista, político, diplomata, filólogo, tradutor e orador baiano - (5/11/1849 - 1/3/1923/ 73 anos)

Rota das Salamarias é destaque nacional

O Projeto turístico de Marau ganha dimensão nacional. Fruto de iniciativa que agrega o poder público e uma associação de produtores locais, intitulada Associação Rota das Salamarias, vem rendendo a cada dia mais frutos. As páginas da revista Globo Rural, o mais conceituado periódico jornalístico da editoria rural e agropecuária do país, destaca bem esta realidade.

A reportagem, de quatro páginas, mostra os investimentos que estão sendo realizados, pensando no futuro do turismo rural no nosso meio. Fixa-se na tradição local do preparo e comércio de embutidos e o empreendedorismo das famílias marauenses. Sobre o futuro, a revista cita que em longo prazo, a meta é criar o Museu do Salame. Mais do que preservar ícones como a chaminé da Borella, o objetivo é resgatar a cultura dos pioneiros da região. A divulgação numa revista de circulação nacional acontece em um momento bastante propício, após uma bem sucedida realização da primeira edição do Festival Nacional do Salame.

Como se nota, o caminho a ser trilhado é de investimento com planejamento.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Modismo, onda ou tendência?




Será que esta onda vai pegar. Às vezes há os que insistem e tentam dar partida e de repente o estádio todo está fazendo a ôla. Por medidas de economia, prefeitos da região Norte do nosso estado estão exonerando cargos de confiança (CCs e FGs) e até mesmo secretários. A alegação é a queda da arrecadação, principalmente valores recebidos do Governo Federal pelo fundo de Participação dos Municípios (FPM). Três prefeituras exoneraram todos os secretários e pessoas que exerciam cargos de confiança. Funções gratificadas exercidas por funcionários das prefeituras também estão sendo extintas. Horas extras estão sendo proibidas. O município de Nonoai exonerou seis secretários, 12 cargos de confiança e extinguiu 15 funções gratificadas. A medida foi anunciada como forma de economia e vencer a queda de arrecadação. A mesma atitude foi tomada pelos prefeitos de Paulo Bento e Quatro Irmãos, também aqui na região Norte, com os orçamentos abaixo do previsto. Em Paulo Bento foram exonerados seis secretários, 11 cargos em comissão, e extinção de 12 cargos de Função Gratificada. Já em Quatro Irmãos foram demitidos cinco secretários, além de todos os CCs e FGs, somando 32 cargos. Também foi instituído neste último município o turno único. Os prefeitos alegam que se não tomassem esta atitude não teriam dinheiro para continuar investindo em obras, e para cumprir a contrapartida de verbas dos governos Estadual e Federal. Em Nonoai a economia será de R$ 80 mil mensal. Cada município tem sua realidade. Os prefeitos tomam medidas assim para se adequar à lei de responsabilidade fiscal e manter a folha de pagamentos dentro do que preceitua a lei, de 51%.
É interessante ver como ficará o funcionamento das repartições municipais sem os tradicionais secretários e cargos de confiança que cada governo tem a sua disposição. A semana termina com a tendência de que outros municípios que estão com maior dificuldade passem a adotar a mesma postura, por mais prejuízos políticos que possam representar. Todos sabem que em cargos de administração na maioria das realidades se verifica apadrinhados políticos que garantiram a eleição ou reeleição do prefeito.
A notícia é interessante, pois se trata de uma forma de enxugar as administrações que apresentam desequilíbrio de desempenho, mesmo por que em muitos casos nem todos são competentes para determinadas funções.
As medidas que se verificam nestas prefeituras, são gestos claros de responsabilidade e coragem política. Será que é uma onda passageira? Será que ganhará proporções? Será uma nova mentalidade dos administradores públicos?
É esperar para ver. É esperar para crer!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Adeus ao JB impresso

Capa da última edição impressa do JB
Para os Jornalistas o mês de agosto termina com uma triste notícia. A última edição impressa do Jornal do Brasil, um dos mais antigos diários do país, circulou ontem, dia 31. Agora , a partir de hoje 1º de setembro , o jornal terá apenas sua versão online. Criado em abril de 1891 pelo escritor Rodolfo Dantas, o JB direcionou com boa participação os rumos da imprensa brasileira. Passaram nas sua redações nomes como Jânio de Freitas, Zózimo Barroso do Amaral, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Marcos Sá Corrêa e Manoel Bandeira.
O jornal vivia faz algum tempo em crise financeira e já teve em circulação 95 mil exemplares. Hoje circulou com 20 mil em sua edição derradeira. O jornal nasceu como monarquista no tempo de república. Naqueles tempos contava com a participação de Joaquim Nabuco e Rui Barbosa. O JB será lembrado pela sua forma gráfica e editorial. Diagramação limpa e moderna, com um noticiário claro e objetivo. Para quem ama as letras, não podia terminar assim tão triste este agosto de 2010.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Diana, para sempre princesa!

Monumento em lembrança a Princesa Diana

Era deslumbrante e elegante. Não combinava muito com o príncipe Charles. Estava até separada dele. Teve um fim prematuro e trágico. A data de hoje, 31 de agosto, lembra o acidente e morte da princesa Diana da Inglaterra. O destino teria reservado a cidade luz, Paris como desenlace. Foi em 1997 no interior do túnel da Ponte de l'Alma, em uma movimentada avenida da capital francesa. No local foi construído um monumento falando de paz. Como jornalista, fui até o ponto que é visitado por milhares de turistas em 1998 e apresento o flagrante. O mundo nunca mais vai esquecer dela.

Entrada do túnel da Ponte de l'Alma

De olho na cadeirinha


O uso de cadeirinhas de retenção em veículos, para crianças de até sete anos e meio, começa a ser fiscalizado no dia primeiro de setembro. Estamos lembrando que quem não utilizar o equipamento estará cometendo infração gravíssima e ficará sujeito a multa de R$ 191,54, perda de sete pontos na carteira e apreensão do veículo até a regularização.

Pagando para ver

A base de assinantes de TV paga no Brasil atingiu o número de 8,6 milhões de casas no início de agosto, após o incremento de 173.727 assinantes no mês passado. Os dados são da Anatel. No ano a alta acumulada é de 15,1%. Isto explica a razão por que alguns jogos da dupla grenal são desconsiderados da grade das televisões abertas. O negócio é buscar novos assinantes para atender os apaixonados pelo futebol.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Saúde como prioridade!

É o tema do momento político. É na esfera federal e estadual. Na eleição seguinte será também no municipal. O problema é crônico. A situação não é nova. Causa espanto que até hoje não temos no Brasil um plano capaz de solucionar ou minorar o angustiante problema. Trazendo para a seara de Marau, é justo reconhecer os investimentos feitos com unidades de saúde por todo o lado. Comparando com os dramas de outras cidades maiores, especialmente a capital, temos muito a comemorar. No entanto ainda faltam profissionais da área médica para atender todas as unidades espalhadas pelos bairros. Outros municípios da região sentem a mesma dificuldade de contratar médicos para tais funções. Porto Alegre paga o preço de uma política de centralização. São milhares de gaúchos que se deslocam mensalmente para a capital e com isso lotam as emergências dos hospitais na área metropolitana. O Ministério Público, OAB, realizaram na semana vistoria no Hospital de Clínicas, no Conceição e classificaram a situação como caótica e assustadora em ambos. Está correto o prefeito Vilmar Zanchin em dizer que o financiamento da saúde por parte do município é um problema difícil de suportar. A prática tem transferido aos municípios a responsabilidade de atender situações que deveria recair de direito para Estado e principalmente para a União. É uma questão constitucional.
Neste particular fica claro uma tese que defendemos faz muito tempo, da necessidade de inversão da pirâmide federativa. O Município é quem deveria arrecadar 100% e repassar as mesmas proporções que hoje se reparte com União, Estado e evitar o passeio do dinheiro público e muitas vezes caindo em lugar errado e perdendo-se pelo ralo da irresponsabilidade nacional.

Oportunidade: um sopro para ir além.

Texto perfeito o que promove a Semana Nacional de Pessoas com Deficiência Intelectual e Múltipla: “As pessoas com deficiência intelectual que atuam como autodefensores nas Apaes em todo o Brasil são estimuladas a organizar e a gerenciar seus próprios grupos para que possam tomar decisões e expressar suas opiniões sobre assuntos da vida afetiva, relações familiares, saúde, inclusão escolar e trabalho. Escute o que elas têm a dizer e as ajude a conquistar sua independência e a decidir sobre seus próprios destinos”.
Texto publicado na edição 700 de 28 de agosto do JM/Jornal de Marau

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Construir consenso

Há um debate de pontos de vistas favoráveis ou contrários s a continuidade do tradicional formato do desfile de sete de setembro em nossa cidade. Surpreende as notícias de última hora, de que escolas particulares e públicas do Estado não vão participar da manifestação que sempre se repetiram na avenida Júlio Borella. Existe sim um público que aprecia esta manifestação popular. Não sabemos, se por falta de outras opções culturais, mas há quem afirme que na data de sete de setembro sempre se verifica o maior público nas concentrações públicas.
A Liga de Defesa Nacional sempre liderou esta programação. Neste ano, foi feito um encontro entre dirigentes de entidades, clubes, organizações, direções de escolas para viabilizar a data de comemoração da independência do Brasil. Depois de exaustivas manifestações contra ou a favor, ficou acertado que o desfile aconteceria. Na tarde de quinta-feira, a Liga de Defesa Nacional foi comunicada que as escolas IESTA, Herzelino Bordin, Charruas e particulares Taborin e Cristo Rei, não participação dos desfiles programados para a data de sete de setembro. O comunicado foi de forma lacônica, sem especificar os motivos da decisão. A Escola Anchieta já havia decidido na primeira reunião que não participaria da programação.
O destino da data nacional no calendário de Marau continua valendo, mesmo sem a presença destas importantes organizações.
Serve o momento para uma reflexão e sugerir que esta discussão seja ampliada para construir consenso nos próximos anos. Não seria hora de pensar num novo formato? Cidadania principalmente se demonstra com ações práticas dos cidadãos na atividade diária. Há outras maneiras de se comemorar a data e reverenciar símbolos nacionais. Poderia ser um grande ato público com música e talentos da terra. Interessante pensar e transformar a data em um mutirão de solidariedade para resolver pendências que a sociedade espera resolver.
Fundamental nesta hora é não criar culpado. Cidadania é respeitar pontos de vistas divergentes. Nada melhor que distender o diálogo e aflorar idéias para construir consenso.
Texto publicado na edição 699 de 21 de agosto do JM/Jornal de Marau