quarta-feira, 30 de junho de 2010

Port Elizabeth, um lugar pra ficar...


Quando a gente gosta de um lugar, pensa até na possibilidade de morar. É a sensação quando se anda na parte velha ou na movimentada orla do Oceano Índico que banha esta parte da África. Trata-se da quinta cidade da África do Sul e seu terceiro maior porto. A vida é movimentada por aqui. Muitas de suas atrações estão ao longo da costa. A moderna Port Elizabeth também aparece com construções modernas, para juntar-se as suas praias largas e construções históricas bem preservadas. Pretendo visitar os pontos turísticos históricos como museus das relíquias dos navegadores portugueses que passaram por aqui há mais de 500 anos. As noites são movimentadas em seus bares, restaurantes e casas noturnas. As próximas horas serão de coloridas imagens, pois tanto os brasileiros que andam por esta cidade quanto os holandeses, são os mais criativos em suas fantasias. O futebol é apaixonante, exatamente pela possibilidade de relacionamento e amizade com tanta gente do mundo inteiro na linguagem da bola. Esta experiência de passar um mês na África é muito produtiva e agradável ao mesmo tempo. São constatações de que a hospitalidade é marca característica desta gente. Parece que esta hospitalidade é muito mais do que uma simples palavra: seja nos grandes hotéis ou no mais singelo bed-and-breakfast, nas pousadas do interior, tudo é feito para que o viajante se sinta bem- vindo. Estou feliz aqui. Espero que a felicidade seja completa na sexta-feira, quando o Brasil, mantendo o seu ritmo crescente, apresente o futebol que esperamos para passar mais uma etapa no difícil compromisso pelas quartas de finais diante da Holanda. Sobre Port Elizabeth, futebol e Copa do Mundo a gente continua se falando e escrevendo. A qualquer momento, volto daqui, afinal, o mundo é tão próximo, o mundo é mesmo uma aldeia.

44 anos depois

Estádio de Bloemfontein fica na história do futebol mundial
Enquanto aguardo o jogo do Brasil diante da Holanda pelas quartas de final do mundial aqui em Port Elizabeth, volto a memória a história do futebol e as Copas do Mundo. Recordo que 1966, a Inglaterra promoveu o seu mundial. A organização e os árbitros deram o título aos ingleses. Por que lembrar isso agora? É que os franceses, com um gol de mão de Henry nas eliminatórias da Europa, mandaram embora os sonhos da Irlanda de participar da Copa da África. Na Copa de agora, os ingleses foram embora com nítido prejuízo da arbitragem que não validou um gol legítimo. Isto provocou muitos comentários por aqui e com a promessa do presidente Joseph Blatter da FIFA de rever a possibilidade de incluir a tecnologia eletrônica para casos que aconteçam na área, e facilitar nos impedimentos e dúvidas se a bola entrou ou não no lance de gol. Pois volto a 1966 e lembro que a Alemanha foi eliminada da possibilidade do título no jogo final. O arbitro suíço Gottfried Dienst, na prorrogação, validou um gol de Hurst (o terceiro da vitória por 4 X 2) em que a bola não entrou. Como a entender que os deuses do futebol fiscalizam e um dia fazem justiça, os alemães mandam embora o sonho da Inglaterra no estádio de Bloemfontein, com a anulação de um gol que Jorge Larionda do Uruguai não confirmou na vitória de 4 a 1. Seria o gol de empate através de Lampard e que poderia determinar outro rumo para o jogo e o placar final. A reportagem da Vang e JM esteve no local no dia seguinte, para fazer o registro do momento histórico. A FIFA pediu desculpas para o México que teve um gol em impedimento de Carlitos Tevez e a Inglaterra pelo gol que não foi validado. Finalmente a entidade vai tentar rever junto a International Board o quanto vale a permanência do conservadorismo de não incluir a tecnologia na regra do jogo.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Mundial de pouco brilho individual

Kaká também não mostrou todo seu futebol na copa
Quatro sulmericanos classificados para as quartas de finais do mundial da África do Sul. Na tarde desta terça, em jogo que terminou empatado no tempo normal e prorrogação, a decisão com os japoneses foi nas penalidades. Os paraguaios venceram por 5 a 4. É a demonstração da força do nosso futebol que alguns europeus s arrogantes tentam classificar a América como terceiro mundo. Já passamos esta gente em muitos itens. No futebol então é só observar os títulos, até mesmo nos mundiais de clube. Paraguaios agora medem força contra a Espanha que também na noite de hoje eliminou Portugal. Cristiano Ronaldo se preocupava mais em cada lance que participava olhar para o placar já que é o queridinho da vez. Vai para casa sem brilhar neste mundial, a exemplo de Rooney. Pode até ser bonitinho mas seu futebol nessa copa foi ordinário. Para falar a verdade, este não é o mundial das individualidades.

Estradas de bom nível


Já andamos quase dois mil km pelas sub-sedes do mundial. As estradas são muito boas e causam inveja quando lembramos do Brasil. Neste item, com certeza, vamos perder dos africanos na copa de 2014. Ótima sinalização e controle policial. Tem pardais, porém sem anúncio prévio para alertar motoristas. O que existe é sinalização de limite de velocidade. Nosso GPS dá sinais quando devemos reduzir. Estou impressionado com as estradas, mesmo as que não possuem pedágio. Sobre pedágio, o preço é em média o praticado no Brasil. É preciso cuidar do tanque de combustível, pois percorre-se largas distâncias de 200 km sem postos de abastecimento. Fato engraçado e surpreendente aconteceu com a gente indo até a cidade de Durban. Na entrada de um posto de combustível, o pneu dianteiro tocou num canteiro e estourou. Providenciamos a troca e percebemos que o Estepe era com aro de moto. Fizemos 12 km para comprar novo pneu usando o estepe tão estreito que dava certa instabilidade em nossa Nissan. Aqui estepe é apenas para emergência e não para deixar rodando. Vivendo e aprendendo.

Agradável Bloemfontein

Estamos pernoitando no Hotel Fórmula 1, na capital da província de Orange do Norte. Surpreende o percurso de Johanesburgo até aqui, sede do Poder Judiciário da África do Sul. O executivo está em Pretória. Avistei no percurso muitas fazendas de gado, plantações de milho em fase de colheita, girassol, terras sendo preparadas para o próximo plantio. Há também espaços para o trigo. Foram 398 km quase todo plano e com pouca arborização, o que existe é savana. No contato com a cidade percebemos ser diferente das demais. É horizontal, e bem espalhada e não vertical como algumas outras. Estamos a uma altitude de 1.400 metros do nível do mar. A cidade tem este nome pela existência de uma fonte, no bairro comercial. A copa já acabou para Bloemfontein, o último jogo foi na vitória da Alemanha por 4 a 1 sobre a Inglaterra. Arrumar hotel não foi difícil, pois muitos torcedores já foram embora. Na quarta-feira bem cedo serão mais 650 km até Port Elizabeth onde o Brasil enfrenta a Holanda no dia 2. Como por aqui foi colonizado pelos holandeses, é de se esperar maioria de torcedores vestindo a cor laranja. Vamos conferir para crer.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Arbitragens comprometem

Por mais que tenham comunicação através do ponto eletrônico entre juízes e bandeiras, continuam acontecendo nessa Copa da África erros grosseiros de arbitragem. Na rodada de ontem dois comprometedores erros prejudicam Inglaterra e México. No jogo da Inglaterra contra a Alemanha, os ingleses não tiveram um gol confirmado, embora a bola tivesse entrado um metro. Seria o gol de empate e modificaria a estratégia do jogo, e quem sabe, o seu resultado. Já na partida entre Argentina e México, um gol marcado em situação de impedimento de Tevez, o que desestabilizou os mexicanos que entregaram mais um logo em seguida. Capelo, técnico da Inglaterra diz com propriedade: é preciso incorporar tecnologia em uma Copa do Mundo também na arbitragem. Acho definitivamente que a grita será tanta que é bem possível que os velinhos da FIFA deixem de ser conservadores e partirão para a tecnologia da informática nos lances duvidosos. Arbitragem à parte, tenho esperança de uma vitória até fácil do Brasil diante do Chile hoje.

domingo, 27 de junho de 2010

Grau de satisfação


Não podia deixar de atender a simpática menina que fazia levantamento de pesquisa sobre avaliação da Copa do Mundo na sede de Durban. Ele era de Lesoto, país que está incrustado dentro da África do Sul. Foram várias páginas de questionamentos. Perguntas eram de toda a ordem e com graduação de satisfação sobre transporte, limpeza pública, acomodações nos hotéis, quantos dias se ficaria na região, se teria vindo só para a Copa do Mundo, expectativa de quanto gastaria com a estada na cidade e se voltaria ou recomendaria que outros viessem para a região. Temas como violência e se a gente se sentia seguro, se foi bem recebido pelos habitantes, se houve algum contratempo na chegada e na permanência no país. Outros dados como se disponibilizou os serviços de informação pública, de guias ou de escritórios de turismo e como foi o desempenho deles. Se a imagem que a gente tinha sobre a cidade confere com a realidade encontrada. Enfim, vi na entrevista uma preocupação para melhorar ainda mais esta cidade de mais de 3 milhões de habitantes, que achei civilizada. Não tenho do que me queixar, mesmo pela razão de que foram quatro dias de férias como se tivesse vindo para curtir o calor e o sol, embora considerado período de inverno neste país. Me fez lembrar esta pesquisa, que também ali na cidade onde moro, em cada evento, sempre será necessário fazer uma avaliação sob a ótica de quem vem de fora para no próximo, evitar possíveis erros. Na pesquisa que participei aqui em Durban fica a imagem de planejamento, já que é uma cidade turística e tem por finalidade oferecer além da hospitalidade, todos os outros itens de segurança, bem estar e conforto. Saio daqui satisfeito, e se me for dada outra oportunidade, viria passar outros dias agradáveis como os que vivenciei. Durban deixa ótima impressão de organização, progresso e interesse de resolver suas diferenças internas. Que tenha sucesso nesta tarefa, pois não dá para deixar de perceber que o apartheid ainda existe na prática, embora de direito foi abolido desde os anos noventa.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Comendo pelas beiradas!

O torcedor não perde viagem: e onde está mesmo?
Parece ser o destino do time de Dunga. Não convence ninguém que goste um pouco de futebol bem jogado. Brasil e Portugal era o jogo dos sonhos. Meio a meio o estádio Moses Mabhida aqui de Durban comportava um público superior a 62 mil almas apaixonadas pelo futebol. Esta terra deve bastante a Portugal. Por aqui passaram os grandes navegadores em séculos passados. Aqui esteve Vasco da Gama. Aqui morou o poeta português Fernando Pessoa. O mesmo que um dia disse: “tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”. Há uma colônia portuguesa com aproximadamente 300 mil pessoas vivendo na África do Sul. Este encontro de futebol estava sendo aguardado com grande ansiedade. Se o entusiasmo era flagrante antes do jogo, todos saíram do estádio bastante decepcionados. Nem Brasil e nem Portugal jogaram bem. Alguns do Brasil estiveram abaixo da crítica. Como suportar Michel Bastos na lateral? Por favor Dunga! este moço não pode continuar no time. No meio do campo faltou criatividade e iniciativas de jogo. Alí estavam os afilhados de Dunga com o futebol tosco, próprio de brucutus. E saber que nesta área do campo só tivemos criatividade e talento. O primeiro tempo foi brasileiro. Portugal foi melhor na etapa complementar. No meu modo de ver, Lúcio foi o único com iniciativas de jogo. Foi o melhor da partida, mas a Fifa escolheu o mais bonitinho, Cristiano Ronaldo.Estamos vivos, pois até agora não enfrentamos ninguém superior. O dia no final compensou. Brasil fica com o primeiro lugar e nas oitavas joga contra o Chile que não terá a zaga principal. Certamente voltam Kaká, Robinho e Elano. Futebol é assim mesmo. A escola Dunga é de resultado e não de espetáculo. Foi assim na Copa América, nas Eliminatórias, na Copa das Confederações aqui mesmo na África. Está sendo assim na Copa do Mundo. Importante é exercitar a paciência e se conformar com a realidade. Não gosto do futebol do Brasil, mas com este treinador a regra é resultado. É da vida, é do futebol!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

De frente para o Índico


Manhã de quinta-feira, dia 24 de junho. Enquanto outros preferem dormir, bom é olhar para o mar a frente e com seu barulho suave ,escrever alguma coisa, como forma de oração pelo novo dia. Nesta hora, pelo menos 10 macaquinhos aproveitam para se alimentar com comida deixada pelo proprietário deste resort. Não sei de que espécies são, mas entre um olhar para o mar, para a tela do computador, fico de olho na proximidade dos bichos sobre a árvore que protege este local. Dizem que estes bichanos de vez em quando gostam de mandar seus indelicados e não embrulhados presentes. Não gostaria de ser surpreendido. Não mereço, tento me comunicar com a espécie, fazendo acenos, demonstrando tranqüilidade e apreço por eles. Até agora nenhuma novidade ou molecagem dos parentes silvestres. Até o momento estamos interagindo, assim como faço neste blog diário desta terra interessante. Bastou escrever, e percebo uma disparada de todos em meio aos arbustos que cercam este resort de frente para o mar. Parece barulho de espoletas e lá se foram os amigos. Certamente estarão aqui na manhã de sexta- feira na busca de alimentos pela mão generosa do homem. Espero reencontrá-los pois são simpáticos e por enquanto confiáveis amigos. Enquanto isso lá em baixo, cerca de trinta metros de altura, as ondas chegam suavemente entre as pedras e arenosa praia algumas aves tomam seu banho de sol. Nenhuma pessoa avisto daqui, embora a convidativa água considerada morna nesta encosta. Estou pela primeira vez de manga curta. Por isso é que se diz com freqüência, de que este país é de contrastes. Várias estações em um mesmo período do ano. Inverno na África, mas em Durban a sensação é de primavera/verão. É bem mais agradável Durban do que Johanesburgo, neste quesito também. Só posso repetir o que os amigos mais próximos conhecem de mim: a vida é bela. Importante é tirar proveito de pequenas coisas. Este momento foi prazeroso demais. Um abraço a todos. Volto a qualquer momento, pois a vida não pára. É rápida e dinâmica demais.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Explorando Durban, mas com cuidados


Este importante porto, chamado um dia pelo navegador português de Natal, passou a denominar-se Durban em homenagem ao governador de então, nomeado pelo reino inglês, Benjamin D’Urban. Impressiona pela modernidade e pela importância econômica para a África como grande porto pelo lado do Oceano Índico. Para a quinta-feira está programada a visita a outra parte da cidade. No centro, estão os prédios e monumentos históricos e feiras importantes além de teatros e museus. Em visita à parte dos 6 km do litoral onde existe um grande calçadão e localização do espaço da Fan Fest (concentração de torcedores nos grandes telões). Tem-se uma idéia de estilo Copacabana ou de Balneário Camboriú, com amplas calçadas e se aproximando bastante do mar. Hoje tinha gente surfando, tomando sol e entrando nas águas que não são geladas como no Brasil. Neste lado a água é morna. Além de grandes hotéis existem as famosas barracas de artesanato. É uma festa e dá a entender pelas instalações oferecidas pela prefeitura de que estas feiras são permanentes e não só em período de Copa. Por questão de segurança, estamos sendo constantemente orientados para não andar sozinhos e principalmente não deixando equipamentos expostos para evitar assaltos. Impressiona também que é muito comum e faz parte ao que parece da cultura, de que policial também pede propina. Ontem dois deles se dispuseram a nos acompanhar até um local para troca de moeda. Ficaram juntos no balcão e nos levaram até o endereço que queríamos. Nos despedimos e então veio a cantada. Faziam sinal de beber alguma coisa. É dispensável dizer o que fizemos, diante de tal situação. Aplicamos a lei do bom senso.

Feiras de artesanato no centro de Durban

Fazendas de gado, plantações e excelentes rodovias


Esperava percorrer 585 km, até Durban onde estamos, encontrando pobreza e dificuldades para chegar a cidade no litoral do Oceano Índico. Banhada pelas correntes quentes é uma das mais procuradas regiões para turismo. Com muita chuva e sol o ano inteiro, cria condições para grandes plantações de cana e a maior indústria açucareira da África do Sul que abastece com auto-suficiência o país. Navegador Vasco da Gama, no final do século 15, passou por esta região no dia de Natal e batizou estas águas como Rio de Natal. Aqui, nesta sexta-feira, o Brasil enfrenta Portugal para saber quem será o primeiro do grupo. Disso a gente vai falar muito, pois aqui é a maior colônia portuguesa na África do Sul. Muitos restaurantes portugueses estão a nossa disposição e a língua também. Durban é o maior porto comercial da África do Sul e a terceira maior cidade do país. De campos e florestas de outrora, é hoje uma larga faixa de canaviais separando hotéis de luxo e resorts voltados para as praias do índico.

Que feijoada!


Em uma iniciativa da APEX Brasil e com apoio da ABEF, através de seu presidente Francisco Turra e o diretor Ricado Santin, está instalado interessante projeto em um Shopping Center de Johanesburgo e nos Fan Fest, onde se concentram os torcedores do mundo. Nestes locais estão produtos do nosso país, além da qualidade da nossa mesa com o frango e demais carnes. Foi divertida e produtiva a entrevista que realizamos com Lenine Pereira. O marauense está trabalhando aqui nesta iniciativa e fazendo o maior sucesso. Abre-se assim caminho para possibilidade futura de exportação em maior escala do próprio frango brasileiro. Os sul africanos gostam muito do frango e trata-se da carne mais consumida pela população. O Turra já esteve em missão oficial em Johanesburgo para incrementar as exportações. Produtos da BRF -Brasil Foods estão presentes nestas terras. Abre-se, com esta iniciativa, caminho para entrada de ovos, sucos, cítricos, doces da região de Pelotas, além do vinho, embora os vinhos da cidade de Cabo são muito consumidos (faremos reportagens por lá). A entrevista com Lenine está no podcast desta página referente ao dia hoje, 23 de junho. Escrevo de frente para o mar, com uma vista privilegiada. Imaginei que aqui seria o local para escrever minhas memórias, pois tenho muito que contar das experiências vividas. Quem sabe um dia saia, vá para o prelo e assim possa chegar nas suas mãos. Chegarei lá....com um misto de esperança e certeza.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Feras boas por aqui!


Claro que o objetivo de nossa cobertura é analisar outras realidades deste país do fim do continente africano. Falamos bastante de gente. Por uma questão de afinidade ou de parentesco, não posso esquecer dos animais, afinal são silvestres também. Na tarde de ontem, dando trégua ao futebol, estive visitando o Lion Park, distante 35 km de Johanesburgo. Sem acompanhamento de guia e dentro de automóvel foi possível as melhores fotografias. É um parque muito procurado. Neste local o Carlo Luigi na Copa das Confederações no ano passado entrevistou os jogadores do Brasil. Estar na África naturalmente leva a gente a procurar locais como este. Já tinha participado no sábado de um safári em uma madrugada fria e inesquecível. Não encontramos tantos animais pelo caminho, mas fica a lembrança do frio e a convivência tão próxima dos animais no Parque Nacional de Pilanesberg, em Rustemburgo. Ontem este momento emocionante se repetiu, já podendo tocar alguns animais. Sem medo, mas com cuidado no afago, dá para tocar nos filhotes de leão. Simpatia à parte tem a girafa. Se deixar ela beija de verdade. Fiz questão de registrar neste espaço esta aproximação interessante, às vezes eles são mais sinceros que gente. Vou parar por que o prato que encomendei já está servido. Espero que tenha menos pimenta que da última vez!

Superfaturamento, na certa!

Se Mandela parece ser unanimidade, o mesmo não se diz do presidente e dos políticos daqui. É muito parecido com o Brasil. Sempre que se fala em obras, se levanta suspeição de valores acima do que valem. Especula-se sobre o que pode acontecer na Copa de 2014 no Brasil. Vários estádios foram remodelados ou construídos. O Soccer City, distante 16 Km de Johanesburgo, é um despropósito. Grande, majestoso, espaçoso, fácil de se localizar e 10 minutos apenas para esvaziar.Dentro da tecnologia que só havia visto nos estádios da Coréia e Japão . Até cheguei a comentar em uma participação no Espaço Plural da Vang, de que este estádio só lotará com os funerais de Nelson Mandela. No jogo do Brasil, mais de 84 mil pessoas estavam na “cidade do futebol” na vitória de 3 a 1 contra a Costa do Marfim. O estádio tem capacidade para 92 mil pessoas. Superfaturado ou não, ricos e pobres da África do Sul tem do que se orgulhar e será certamente mais um lugar de visitação para os turistas neste país de contrastes.


Neto em entrevista à Vang FM e JM momentos antes do jogo do Brasil

domingo, 20 de junho de 2010

Brasil, todo o cuidado é pouco!

Torcedores argentinos mantém discurso de respeito
Espero que nenhuma surpresa aconteça para nossa seleção na noite de hoje aqui no estádio Soccer City em Johanesburgo. Me preocupam as várias zebras que estão acontecendo. Nenhuma grande seleção se vê neste mundial. Todos estão se nivelando. A Alemanha, França, Inglaterra, Itália, estão com dificuldades para se classificar. Na Inglaterra, a imprensa deflagrou guerra contra a seleção e torce explicitamente para que deixe a Copa. A França dificilmente passará. Já ontem, Camarões de Eto’o foi a primeira seleção a estar matematicamente fora da próxima fase com duas derrotas seguidas. A impressão que a seleção de Dunga nos passou no primeiro jogo, deixa preocupação. É muito burocrático o tipo de jogo do Brasil. Não tem a pegada do capitão do tetra, que se notabilizou pela chamada “coerência”. Para não dizer que nenhuma seleção vai bem, vamos respeitar a Argentina. Foi no último Ponto e Contraponto da Vang que o Lencaster me pediu sobre meu favorito para o título. Nem pensei e respondi que apesar de Maradona e sua empáfia, apostava as fichas nos hermanos. Messi e cia já fizeram 100% de aproveitamento em dois jogos e a Argentina é a primeira do grupo B. O empresário de Buenos Aires, Marcelo, que entrevistei para a Vang, prefere acreditar que a seleção pode ganhar corpo na competição e passar a ser favorita. Acho que para ser gentil com o repórter, disse que o Brasil tem uma grande seleção e também é candidata ao título. Neste particular, tomara que ele esteja certo e que eu errado. Vou conferir hoje, na poltrona 7- Fila T, Bloco 508 do Soccer City, se os anões do Dunga resolvem mostrar a que vieram nas terras africanas. Nesta Copa, vi muitas feras por aqui. Nas savanas, porque no gramado dos estádios pouca criatividade se nota.

Sun City é exagero!

Fica difícil explicar como em uma área desértica e de três antigos vulcões no interior da África do Sul, existe um paraíso construído pela mão do homem. O complexo de hotéis e cassinos não dorme, trata-se de um vistoso resort. Sun City é obra de um projeto de audácia do multimilionário chamado Sol Kerzner. O sucesso começou com a permissão de jogos no local, embora proibido na África. Hoje, o jogo é legalizado e oportuniza muitos empregos para os moradores que foram ali se instalando. Quando se diz Sun City, dá impressão que falamos de uma cidade, de um município. É na verdade um complexo de hotéis, departamentos comerciais e culturais que atraem gente de todo o mundo. Existem hotéis como o Cabanas, Cascades destinado aos que procuram uma diária mais em conta para realizar visitas no parque para safári. Os preços são altos, mas suportáveis para muitos turistas. Já os milionários querem mesmo é o principal hotel, The Palace, 6 estrelas com diárias de 2 mil e setecentos dólares em apartamento standard. A suíte principal tem diária de 5 mil e quinhentos dólares. Dispensa dizer que meu chalé fica 20 Km do local e dentro do parque Pilanesberg, cercado pelos silvestres onde realizamos safári na manhã de sábado. Passei a tarde de sábado neste complexo exageradamente extravagante e onde conta com cascatas e vegetação artificial que promete férias sem iguais. Me contentei em apenas fotografar o que me foi permitido, claro que a praia artificial e particular de seu interior só é permitido para os seus milionários hóspedes. Só para ter uma idéia da suntuosidade, o afresco que decora a área de recepção do hotel Palace tem um diâmetro de 16 metros e levou cinco mil horas para ser construído. Segundo dizem, este hotel levou oito meses para ser concluído e contando com o trabalho de cinco mil homens trabalhando 24 horas. Para contentar os olhos, valeu à pena. O bom de tudo isso é uma oportunidade de milhares de empregos para a população sofrida desta região que pertence ao município de Rustemburgo, distante pouco mais de 200 Km de Johanesburgo, com excelentes estradas.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Minha primeira copa de luvas


Já tinha lido sobre a possibilidade de que uma explosão em tempos remotos separou os continentes. No côncavo e convexo das suas geografias, se encaixam perfeitamente. Pois, foi preciso vir a Pretória, capital da República da África do Sul para me convencer de que tem lógica esta possibilidade. Entre tantas crianças correndo atrás de uma bola diante dos prédios dos poderes constituídos pelos engravatados e salto altos, avisto um quero-quero, que imaginava ser apenas filho riograndense. Tudo então leva a crer que o Rio Grande do Sul teve unido territorialmente com a África do Sul. Se é frio no Rio Grande, aqui é muito mais. Não quero exagerar, mas foi a noite mais fria de minha vida, pelo menos em um estádio de futebol. No jogo Brasil e Coréia do Norte, nem a seleção dos amigos de Dunga aqueceram o ambiente. Só me acalmei quando já no hotel African Moon, coloquei em funcionamento o lençol térmico que inteligentemente veio do Brasil como gentileza da empresa Durma Kente. A simpática camareira, encantada com o produto, já me pediu de presente. Disse a ela: torça então para o Brasil e me confirme a vaga neste hotel para nossa seleção jogar a final. Resta agora pedir autorização para a Magali e o Gilmar, para dar calor à sul africana. Em todas as copas, sempre procurei não me identificar muito como torcedor. Na África do Sul não teve jeito. Todos os produtos que ambulantes comercializavam nas imediações do estádio que pudessem aquecer, ou eram do Brasil ou do adversário. Aí, “sou brasileiro com muito orgulho no coraçããããoooooo”.

Descobri que sou canhoto!


Que sensação estranha esta de estar andando pela pista contrária. É que aqui na África do Sul, a direção é pelo lado direito. Chama-se também de mão inglesa. É questão de horas para se habituar. Normal é a gente andar na pista que sempre usamos no Brasil. Um susto aqui e outro ali, mas até agora nada de anormalidade e nenhuma multa. O colega Mateusinho iria muito bem na direção, já que a troca de marcha se faz pelo lado esquerdo. Sobre policiais, quem sabe até pela realização da Copa, usam o bom senso, orientam muito mais do que multam. As estradas são muito bem sinalizadas. O que tem sido fundamental é o uso do GPS. Sinto que este instrumento é tão importante quanto o computador que realiza a comunicação com esta página e as transmissões que realizamos pelo sistema Skype.

Realidade de Soweto


Na tarde de ontem, feriado na África do Sul devido às comemorações do Dia da Juventude, que lembra o massacre de 1976 onde jovens manifestantes no subúrbio de Johanesburgo (Soweto), tivemos a oportunidade de conhecer a realidade deste populoso bairro. Cerca de quatro milhões de habitantes moram no local. Depois de Mandela foram construídas cerca de 300 mil moradias de boa qualidade e com infraestrtura, porém ainda não sanaram os problemas da população que ali habita. Acompanhado de um guia, pois o perigo é muito grande, realizamos imagens e colhemos manifestações de moradores, até entrando em suas residências. A parte mais pobre, onde realizamos a reportagem que será reproduzida pela Vang TV e UPF, impressiona pela miserabilidade, sem a mínima estrutura de condições humanas. Nem sequer energia elétrica dispõe. Voltaremos a abordar o assunto com maiores detalhes.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O apartheid continua existindo

A segregação entre brancos e negros está mais no plano econômico. As diferenças entre uns e outros é gritante. Basta só uma olhada superficial que se percebe que os negros tem sua realidade e os brancos (menos de 10%) é que fazem parte dos grandes grupos econômicos e é o que termina por influenciar no comportamento das pessoas. Oficialmente, sob o ângulo da legislação vigente, todos são iguais, perante ela. Na prática, consiste a diferença. É no automóvel, no vestir, nas oportunidades de empregos, nos locais que frequentam, nas atividades esportivas e culturais que se revelam as diferenças. Existe uma separação de fato. Ninguém pode negar. Há muito caminho a percorrer para encurtar estas distâncias. Ao entrar em restaurante um pouco mais elegante se observará que os brancos estão lá. Já referido pelo Luigi em seu blog, a diferença se percebe até na nova linha de metrô. Uma coisa que todos podem perceber é que os africanos são receptivos e generosos. Já descobri que é conveniente andar sempre com alguma coisa que identifique o Brasil. Não sei se é só pelo nosso respeitado futebol, acho que tem a ver com nossa formação de povo, que tem o sangue africano fazendo bem nas nossas veias. É agradável estar aqui, respeitando e ser respeitado e contando sempre, com um sorriso sincero dessa gente.
O que dizer de Nelson Mandela?

Os livros e os filmes fazem a gente ter a imagem de um grande líder. Ele que passou pela principal segregação, a de prisioneiro político. Quando a África do Sul foi confirmada como sede deste mundial, realizei todos os esforços para aqui estar. Via no futebol também a chance de conhecer um pouco mais da vida e obra de um grande líder. Não sou nada para definir. Quem define melhor é a paixão do povo para esta figura de 92 anos que irradia simpatia e otimismo, embora as dificuldades de saúde. Os monumentos se sucedem. Sua infância no bairro de Soweto, os locais onde foi preso, as marcas pessoais e o exemplo de vida, são preservados com muito carinho pela imensa maioria negra e o respeito dos brancos.Tive a oportunidade de visitar a sela e o local onde cumpriu seus primeiros três meses de cadeia no hoje transformado Constitution Hill (presídio masculino e feminino situado em uma das colinas de Johanesburgo).
Sela onde Mandela foi encarcerado virou memorial
A prisão foi desativada em 1982. Trata-se de um museu vivo que guarda histórias dramáticas dos confinados pela atividade política. Pretendo visitar a ilha de Robbem, onde Mandela cumpriu sua pena de mais de 20 anos. O futebol tem proporcionado esta realidade. Obrigado, mundo da bola.

domingo, 13 de junho de 2010

O nome do momento é CONFRATERNIZAÇÃO


É uma renovada emoção o clima de Copa que mais uma vez tenho oportunidade de participar. Depois de outras sete oportunidades em diferentes países e continentes, chegou a vez da África e do país mais desenvolvido dela, no extremo sul. Preferimos um roteiro diferente. Foram nove horas de São Paulo a Lisboa. Após deixar o solo lusitano mais 10 horas em voo direto até Johanesburgo. Aqui não poderia ser diferente, clima de festa e de aproximação de gente de todas as partes. De gente bonita, muito pouco, gente exôtica é uma profusão de imagens. Estamos registrando e recebemos a missão de fotografrar o esquisito e hilariante. Renderá boas páginas para o horoscopiando que mais uma vez será produzida no exterior. Na Alemanha 2006, foi sucesso de flagrantes. Impressiona bem na chegada o aeroporto OR Tambo, sua modernidade, eficiência e grandiosidade. Já é repetição dizer que grandes obras foram construídas. Um canteiro está sendo entregue para a grande cidade de Johanesburgo. Oito jogos serão realizados em seus dois estádios.

Dedos também falam!

Este blog vai tentar produzir textos curtos. Será uma análise sobre tudo e principalmenteos fatos pouco comuns no cotidiano. Sempre imaginei que para a comunicação ser perfeita, na ponta dos dedos deveriam existir olhos. Mas todos sabem que quando a gente não fala determinada língua, basta um gesto com os dedos e a comunicação se estabelece. Foi no aeroporto de Lisboa, antes de empreender o caminho de Portugal até a Africa do Sul, estava no banheiro, fazendo a higiene pessoal. Estava escovando os dentes e ao meu lado, num gesto que mostra que todos somos absolutamente iguais, um jovem, que depois fui saber que era holandês, ao ver que expremia o tubo de pasta de dente sobre minha escova, estendeu o dedo e pediu um pouco de pasta. Gesto espontâneo que teve a imediata correspondência de minha parte. Deu um bochecho, e com o dedo polegar fez sinal de positivo e seguiu seu caminho, sequer dizendo uma palavra, satisfeito da vida. Como eu também. Por que escrever sobre isso, com tantos fatos importantes aqui no Sul deste continente? É que venho uma vida toda dizendo que a linguagem da bola é que é universal e não o inglês, que todos convencionamos como sendo. Muitos fatos desta natureza serão produzidos aqui. Salve então a comunicação da bola.

Portugal da boa mesa

Já perdi as contas de quantas vezes estive aqui. Se aproxima de dez, com certeza. Cada vez mais se moderniza e passa a ser importante na comunidade européia. Preserva sua história, sua tradição e sua cultura. Nao dá para deixar de lembrar o almoço no restaurante João do Grão, no Rosio, bairro mais antigo da capital lisboeta. Lisboa , no lado do rio Tejo, parece surpreendentemente que nem está em clima de Copa. Alguns torcedores que viajaram no vôo Lisboa/Johanesburgo não levam muita fé no time de seu país. Já lamentam que Deco não é mais o mesmo e deve ser procurado imediatamente alguém com o seu perfil para os próximos anos. Nani foi cortado e Cristiano Ronaldo não resoverá sozinho algumas deficiências da seleção Portuguesa. Lisboa vive a primavera com as árvores floridas. Dia 25, na cidade de Durban, considerada de maior presença de descendentes de Portugual, o Brasil terá pela frente aquele que é apontado o mais dicícil de nossa chave.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dia do benefício, véspera da ingratidão!

A data de 10 de junho produziu um fato político em Marau, que exige no mínimo, uma profunda reflexão. É do comportamento humano, receber benefícios e depois trair. Na vida de um homem existem muitos tipos de morte enquanto ela própria não vem. A mais dolorida delas tem a marca da ingratidão. Parece ser o caso em que está postada a verdade sobre o sonho frustrado de um honrado político de nossa cidade. Teve a coragem e hombridade de retirar-se de sena do que empunhar as mesmas armas da deslealdade de alguns companheiros de partido e até mesmo de coligação. Menos mal que boa parte da sociedade compreende que respeito e vida honrada são predicados que se recomenda para quem exerce a vida pública. Política não pode ser somente projeção pessoal. Política, no entendimento de Rui Carlos Gouvêa, é empreender e conjugar esforços para buscar o bem comum. Foi assim, reto, coerente, probo, em todos os postos que exerceu, na vida pública ou privada e escolhe estes predicados para se despedir da vida política. Não é favor nenhum , quando afirmamos que trata-se de uma das personalidades públicas que mais primou pela ética , respeito e fidelidade à princípios, partidos e aos amigos. Enquanto alguns políticos se auto promovem a todo o custo e sem escrúpulos, ele com resignação, altivez, caráter e honra , justifica à sociedade a atitude que tomou. Fez muito bem preferir uma conversa franca com a imprensa de sua cidade, do que fazer conchavos de bastidores, tão comum nos tempos de hoje.
Marau está cheio de exemplos, dos que conseguem lugar ao sol, deixando para trás amigos que estenderam a mão. Na vida não faltam dos que, recebem apoio e conseguem o objetivo, logo depois viram com naturalidade as costas. A traição, para alguns, parece ser a marca de virtude que manipula, a especialidade de tapinhas nas costas, fingir, dissimular. Não é nada diferente no episódio da candidatura que se perde por capricho, inveja interesses outros urdidos pela ingratidão. Poucos são os democratas que preferem o cotejo no campo aberto das idéias, nunca na forma rasteira do afago para depois trair.
Quem no PDT de Marau, não recebeu uma palavra amiga, apoio, atenção e fidelidade, do Rui Gouvêa? Quantos são os que podem na vida dizer com orgulho que chegaram a algum lugar sozinhos? Muito poucos.
Parece ser verdade certos jargões. Quem não sabe se equilibrar, com uma mão na lama e outra na consciência não prospera na política. Quem não tem jogo de cintura e não tem estômago não pode viver na política. O ex-prefeito por duas oportunidades, não se enquadra neste perfil. Preferiu retirar-se da luta com altivez,do que seguir o caminho da falta de ética . É merecedor, portanto, de todo o respeito pela sua sábia decisão.
Na vida não é justo chegar por qualquer preço a determinado objetivo. Não podemos comungar com os que pensam que o jogo do poder é o da sedução e da dissimulação. Ética, respeito, dignidade, fidelidade deve ser o norte da vida partidária. Parece que nesta aldeia, nem tudo corre nesta direção. As lideranças do PDT e que hoje respondem por esta agremiação, devem pelo menos refletir sobre a forma como agiram diante da pretensão de seu principal nome da agremiação. A sociedade esclarecida está chocada com tanta deslealdade. Foi desumanidade o que alguns, dentro do partido e fora dele, fizeram para prejudicar o caminho de um cidadão honrado e que já deu provas cabais de sua grandeza. Já renunciou outras vezes em favor do coletivo, mas parece que sua lição não foi assimilada. É de dar pena a postura de certas figuras caricatas que com a maior naturalidade, tentam se aproximar agora com evasivas, afagos e carinhos. Este 10 de junho, é uma data para nunca mais ser esquecida. A atitude do Rui, foi um fato marcante na política. O dia em que a honra foi escolhida como modelo, para a renúncia, e não a trapaça, tão comum entre políticos de baixa envergadura moral. Certamente o velho Ulisses Guimarães, do alto de sua sabedoria, nesse momento deve estar dizendo : “ O dia do benefício, continua sendo a véspera da ingratidão”.
Editorial publicado na edição 689 do JM/Jornal de Marau de 12 de junho de 2010.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Cidades mais floridas


Este jornal tem mais de 25 anos. Foram inúmeras as vezes que sugerimos política correta para dotar nossa cidade de mais verde e mais flores. Sugerimos empresas assumindo este papel nas proximidades de suas indústrias, tais como trevos de acesso. A sugestão vai no sentido de envolver os universitários, que pouco ou nada retribuem para o município (a não ser o preparo para a vida) pelo que recebem para o seu transporte 100% gratuito. Sugerimos até as escolas do município na tarefa de educar seus estudantes e invernadas dos nossos Centros de Tradições gaúchas, chamando para si a responsabilidade de urbanizar Marau. As idéias foram difundidas. Parece que não ecoaram o suficientemente no território de Marau e foram cair em terra fértil, bem perto daqui.. É com uma ponta de inveja, que para amenizar dizemos ser aquela inveja positiva, se é que isto existe, notamos que a vizinha cidade de Casca acaba de participar de um concursos patrocinado pelo Governo Estadual e pela Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul, sobre o tema CIDADE MAIS FLORIDA DO ESTADO. A iniciativa visa promover a valorização de espaços urbanos, buscando o desenvolvimento do turismo gaúcho.
CASCA ficou entre os 25 municípios mais floridos do Rio Grande do Sul. O prefeito Alan Martins das Chagas diz com propriedade que, entre os critérios de avaliação que levaram o município a conquistar o prêmio, está o projeto Casca Mais Verde e Florida. Segundo ele, a iniciativa envolve ações de embelezamento para valorizar o paisagismo. A atividade tem apoio do projeto Meninos do Viveiro, por meio do qual alunos do município ajudam a cultivar flores e mudas de árvores em turnos extraclasse.
Vai mais adiante o jovem prefeito de Casca, pretende e vai envolver na ação os moradores da zona urbana, indústrias, associações e estabelecimentos comerciais. Esses setores serão desafiados a adotar um canteiro, uma quadra ou uma avenida, com a responsabilidade de cuidar da área. Para isso, sementes serão adquiridas pela prefeitura e as mudas produzidas pelo Meninos do Viveiro.
É desolador, que tantas vezes tratamos do assunto, e nossos governos, quiçá por medo do DNA da idéia, não ser aplicada numa cidade como a nossa, tida e havida como de desenvolvimento.
Ainda é tempo de pensar no assunto, já que o projeto Cidade Mais Florida tem apoio da Famurs, e lá estará nosso prefeito como novo presidente da entidade representativa dos municípios gaúchos.
Zanchin! É tempo de recuperar o terreno perdido .E em sendo assim, mandaremos flores na sua posse. Flores de Marau, de preferência!
Editorial publicado na edição 688 do JM/Jornal de Marau de 5 de junho de 2010.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Revelada logomarca da Copa do Mundo de 2014


A Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, já tem a sua logomarca. O desenho, nas cores verde, amarelo e vermelho, é inspirado na taça da FIFA, que é entregue à seleção campeã mundial.
O desenho, nas cores verde, amarelo e vermelho já foi aprovado pela FIFA.
Várias agências ofereceram propostas para criação da logomarca. Foram sete finalistas e um grupo de notáveis foi reunido para escolher a vencedora entre as sete opções. Participaram da eleição o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o secretário-executivo da Fifa, Jérôme Valcke, o arquiteto Oscar Niemeyer, o escritor Paulo Coelho, a cantora Ivete Sangalo, a modelo Gisele Bündchen e o designer Hans Donner
O anúncio oficial da logomarca vai ocorrer no dia 08 de julho, três dias antes da final da Copa da África do Sul. O logo já foi registrado pela FIFA, em 29 de março, no Ohmi (sigla em inglês de Escritório de Marcas e registro de Design) da União Européia.
O desenho estará nas camisas de todas as seleções que participarão das eliminatórias e da Copa realizada no Brasil.