quinta-feira, 17 de junho de 2010

Minha primeira copa de luvas


Já tinha lido sobre a possibilidade de que uma explosão em tempos remotos separou os continentes. No côncavo e convexo das suas geografias, se encaixam perfeitamente. Pois, foi preciso vir a Pretória, capital da República da África do Sul para me convencer de que tem lógica esta possibilidade. Entre tantas crianças correndo atrás de uma bola diante dos prédios dos poderes constituídos pelos engravatados e salto altos, avisto um quero-quero, que imaginava ser apenas filho riograndense. Tudo então leva a crer que o Rio Grande do Sul teve unido territorialmente com a África do Sul. Se é frio no Rio Grande, aqui é muito mais. Não quero exagerar, mas foi a noite mais fria de minha vida, pelo menos em um estádio de futebol. No jogo Brasil e Coréia do Norte, nem a seleção dos amigos de Dunga aqueceram o ambiente. Só me acalmei quando já no hotel African Moon, coloquei em funcionamento o lençol térmico que inteligentemente veio do Brasil como gentileza da empresa Durma Kente. A simpática camareira, encantada com o produto, já me pediu de presente. Disse a ela: torça então para o Brasil e me confirme a vaga neste hotel para nossa seleção jogar a final. Resta agora pedir autorização para a Magali e o Gilmar, para dar calor à sul africana. Em todas as copas, sempre procurei não me identificar muito como torcedor. Na África do Sul não teve jeito. Todos os produtos que ambulantes comercializavam nas imediações do estádio que pudessem aquecer, ou eram do Brasil ou do adversário. Aí, “sou brasileiro com muito orgulho no coraçããããoooooo”.

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