quarta-feira, 31 de março de 2010

A mentira que durou 21 anos


Estamos lembrando 46 anos de um golpe de Estado neste 31 de março. Foi lá em 1964 que foi destituído o presidente João Belchior Goulart e que passou a viver no exílio. Morreu em sua fazenda no interior do Uruguai, em circunstâncias que ainda se discute e pairando muitas interrogações. A mentira que me refiro, foi o pronunciamento do primeiro Presidente militar que assumiu o poder em 1ºde abril de 64 – General Castelo Branco - que disse textualmente: “Meu procedimento será o de um chefe de Estado sem tergiversações no processo para a eleição do brasileiro a quem entregarei o cargo em 31 de janeiro de 1966”. Foram mais de 20 anos de regime de exceção com sucessivos governos militares, castrando o direito do povo de exercer suas prerrogativas do voto e de livre escolha de seus mandatários. Foi um período também que impediu o surgimento de novas lideranças, que mais tarde com a redemocratização, se percebeu a ausência. Lembro a dificuldade neste período em fazer jornalismo. A censura foi das coisas mais desagradáveis e que contribuiu para a escassez de produções literárias e da livre manifestação do pensamento. Quem passou pelo regime militar, certamente não pode sentir saudade daqueles tempos. Clichê ou não, é verdade verdadeira: “Nada supera a democracia”.
Trago comigo um gesto que produzi em plena sala de aula, como professor de Direito e Legislação e a disciplina de Moral e Cívica, que diante dos alunos rasguei o livro que o governo fornecia e que afirmava no calendário que 31 de março tinha acontecido uma revolução democrática. Mandei que os alunos corrigissem por – Golpe de Estado. Não me arrependo daquele gesto e daquela ousadia. Glória seria se por aquela atitude tivesse sido preso. Estaria hoje brigando como tantos por indenizações milionárias.
Não tenho motivo algum para comemorar esta data. Faço referência por obrigação de ofício de jornalista que se posiciona no mundo diante de um contexto geopolítico, e por gostar de história.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Jornalismo de luto!


Não há quem não lamente a morte de um dos mais expressivos nomes do jornalismo nacional. ARMANDO NOGUEIRA, foi diretor da Central Globo de Jornalismo e comentarista esportivo. Tinha 83 anos, sofria de câncer e estava muito doente desde 2007, quando descobriu a doença.Seu corpo está sendo velado no estádio do Maracanã. O enterro será amanhã no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Não há dúvida de que o seu texto primoroso tinha estilo e se confunde com os melhores momentos do futebol brasileiro. Nascido no Acre, fez carreira no Rio e se transformou em um dos ícones do jornalismo do país. Desde 1954 participou de várias Copas do Mundo e Jogos Olímpicos. Era também advogado e se destacou no jornalismo iniciando no Diário Carioca. Passou pelas revistas Manchete, O Cruzeiro, Jornal do Brasil, Bandeirantes e atualmente estava ligado no SportTV, onde apresentava o programa Papo com Armando Nogueira e na CBN, onde participava do CBN Brasil.
Escreveu textos para o filme “Pelé Eterno” e é autor de 10 livros, todos sobre esporte: Drama e Glória dos Bicampeões, Na Grande Área, Bola na Rede, O Homem e a Bola, Bola de Cristal, O Vôo das Gazelas, A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar ( parceria com Jô Soares e Roberto Muylaert), O Conto dos Meus Amores, A Chama que não se Apaga, e A Ginga e o Jogo.
O texto irretocável de Armando Nogueira, nunca mais fará a gente esquecer. O Brasil do bom gosto e da arte de escrever com classe, está de luto.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Discutindo a relação


Ao longo dos tempos sempre pautamos nossa linha no respeito as divergências e pregando para alguns momentos a convergência. Não sabemos se fruto da coincidência ou do amadurecimento dos comportamentos, mas há um fato marcante para ser comemorado. Não é muito comum ver lideranças do PMDB e PP na mesma mesa do entendimento. Não se trata de uma aliança para disputa de vaidades e de cargos. A mesa estendida estava no Palácio Piratini, no gabinete do Chefe da Casa Civil, Deputado Otomar Vivian. Por convite da governadora, depois de contato prévio com Francisco Turra, Prefeito Vilmar Zanchin , Secretário de Obras Urbanas Ademir Durante, Vereadores Zélio Perin, Lencaster Foresti, Luis Brás Machado, Elizabete Alban e representando Francisco Turra estava seu filho Márcio. Prefeito de Gentil, Vanderlei Ramos do Amaral e Vereador Cristiano Chais faziam parte da comitiva de lideranças da região. Na oportunidade o Deputado Otomar Vivian, anunciou a possibilidade concreta de Marau ficar ligado à BR 285 por asfalto, desde que o município entrasse com o projeto e o DAER assumindo a estrada e também a feitura da obra. Tudo parece ter ficado encaminhado e com confirmação de todos os trâmites legais até o final de maio, tempo que ainda a legislação eleitoral permite e também para as obras começarem ainda este ano. Não resta a menor dúvida que o fato é significativo e trará grandes benefícios para a região inteira. Disponibilidade de recursos está no caixa do governo e segundo estudos será necessário um aporte de R$ 11 milhões para 19 km de asfalto.
Claro que é maravilhoso comemorar a possibilidade de encurtar caminho entre o município e uma rodovia federal de fundamental importância como a BR 285. Mas também é preciso celebrar o feito de interlocutores que antes mal se falavam, sentarem na mesma mesa e fazer consenso sobre um tema que trará benefícios para todos. A atitude das lideranças do PP e do PMDB merece de nós a maior consideração e referência como simbologia prática de um frutífero relacionamento para distender o diálogo para outros grandes desafios em relação ao futuro que devemos construir, sem ranços e com a postura de permanente diálogo. Não poderia ter sido melhor a semana com uma notícia de tal magnitude. Bem vindo o diálogo. A sociedade regional agradece.
Editorial publicado na edição 678 do JM/Jornal de Marau de 27 de março de 2010.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Questão de preferência apenas!




Por ser democrata convicto, recebo com naturalidade críticas no sistema interativo desta página eletrônica, por eu ter manifestado o desejo de votar em Yeda para o governo gaúcho. O drama dos professores vem de longa data, onde me incluí por muitos anos. Fiz também manifestações e greves. Convivi com uma classe desorganizada e que se deixou envolver por partidarização em seu sindicato representativo. Desconheço classe tão desunida. Verdade, só ganha em desunião da nossa Assuma. Continuo diariamente manifestando minha inconformidade com a falta de estadistas que priorizem de fato e de direito a educação. A governadora Yeda está resgatando o Rio Grande do Sul pela visão de economista. É por ser dirigente com olhos em administração e não de política que considero um bom governo. Confio que a hora dos professores virá ainda, se reeleita. Uma proposta interessante de aumento ao magistério está em curso. Vamos torcer que aconteça positivamente.
Alguém disse no interativo que viaja pelo país e só lá fora vê obras. Vamos ser justos, o Rio Grande é um canteiro de obras nos últimos tempos. É só olhar para as rodovias em muitas frentes. Não vamos esquecer que a ERS 324 vem em ritmo acelerado e não foi promessa de campanha como em outros governos que antecederam. Neste particular, vem uma bela notícia nas próximas horas.


“A governadora Yeda vai apresentar mesmo na próxima segunda feira seus planos de investimentos em obras públicas, saneamento, habitação, na reunião-almoço do Sindicato da Indústria da Construção Civil em Porto Alegre. Será, muito provavelmente o governo estadual melhor recebido naquela casa, pois o setor comemora com entusiasmo dois feitos da governadora: 1º)- colocou em dia os pagamentos das obras públicas construídas para o Estado, coisa que não acontecia há vários governos. Era sempre uma luta receber o dinheiro das obras. 2º)- Com seu programa de Déficit Zero, conseguiu recursos para reativar a realização de obras em rodovias, pontes, prédios públicos, escolas, presídios, aeroportos, que deram um novo ânimo ao setor e movimentaram máquinas e empregados. O presidente do Sinduscon, Paulo Vanzetto Garcia, acredita que o salão do sindicato vai ser pequeno para tanta gente no almoço do dia 29”.
Da coluna de Danilo Ucha (Jornal do Comércio, dia 24 de março 2010).



Sobre a aprovação do governo Yeda, que falem os prefeitos do interior.
Vou votar nela sim, e que mal há nisso? É que estou cansado de ver almofadinhas nos palácios de governos. A velha carroça do Rio Grande está voltando para os trilhos, com menos sotaque político e mais ação de quem entende de economia.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Votar é ato de confiança

Declaradamente o JM/Jornal de Marau é favorável a um sistema misto de representação nos parlamentos da organização política do país. Tanto para as assembléias estaduais quanto para a composição da Câmara Federal, o país deveria ser representado por distritos eleitorais. É assim em vários países com sólida democracia participativa, e tendo como exemplo a República Federal da Alemanha. O sistema lá é dividido em regiões e dentre determinados distritos são escolhidos os candidatos que representarão no Congresso Nacional. A importância disso? A possibilidade de escolha de candidatos que tenham biografia de conhecimento público e com menos possibilidade de erro na escolha de quem se compromete representar a região. O eleitor sabe em quem está votando e se sentirá seguro da representatividade que terá na casa Legislativa.
Enquanto este sistema teima em não ser implantado no Brasil, sabendo o corporativismo para que tal não aconteça, a população deve ser orientada a fazer por vias indiretas. Aqui pregamos deliberadamente a escolha de candidatos que tenham identidade com a cidade ou região. No momento que se observa encaminhamentos de algumas pré-candidaturas com selo de qualidade local, emprestamos todo o apoio para que tal aconteça.
Há uma possibilidade de se ter uma ou duas candidaturas. Bom seria, embora de partidos diferentes, que Marau tivesse um candidato a Federal e outro Estadual. Márcio Turra é incentivado pelos seus pares e pelo PP estadual para que concorra a Federal. Nesta edição do JM/Jornal de Marau, página ao lado, faz considerações sobre esta possibilidade remota. Outra hipótese parece mais próxima de se consolidar. É a candidatura do ex-vice Prefeito e hoje Secretário Municipal de Saúde, Rui Carlos Gouvêa para o pleito estadual. Neste particular, existem alguns ingredientes dignos de um estudo mais minucioso. Companheiros da própria agremiação trabalhista jogam contra a candidatura, comprometidos que estão com outros nomes de fora ou atendendo estratégias dissimuladas dos que não quereriam ver o líder dos trabalhistas comprovar nas urnas seu cacife eleitoral. Já não é mais folclore a existência dos que pregam como verdade, que Rui Carlos Gouvêa não é bom de voto. Este pretexto serviu de argumento para afastá-lo de outros pleitos e outros cargos. É contra isso que devemos nos insurgir. Candidaturas não podem ser caprichos de um e nem manequeismo de outro. Deve ser o direito da sociedade aprovar ou não nas urnas os que, tendo credenciais morais para representar uma sociedade colocam seus nomes em apreciação pelo voto. No caso de Marau, tanto Rui Gouvêa, quanto Márcio Turra são merecedores de todo o respeito pelas pessoas dignas e preparadas que são para representar nossa cidade na tela eletrônica e posteriormente , quem sabe no parlamento, no Estado ou da União.
Com a altivez de sempre, o JM/Jornal de Marau e a Vang Fm continuam com a visão moderna de olhar o presente e o futuro com a posição forte de que é de todo recomendável, primeiro votar nos filhos da terra e depois olhar outras possibilidades mais próximas dos que se identificam com o município e distrito eleitoral, que ainda sonhamos ver implantado um dia na moderna e plural democracia nacional.
Editorial publicado na edição 677 do JM/Jornal de Marau de 20 de março de 2010.

terça-feira, 16 de março de 2010

Quebra de protocolo me fez feliz


Não imaginava que ao tentar apenas prestigiar a sessão solene dos 18 anos de Gentil, terminasse também homenageado. É que quebrando o protocolo, uma gentileza do presidente do Legislativo Verildo Pereira, usei a palavra para enaltecer as virtudes do município que atinge a maioridade neste mês de março. Preferi ressaltar o que extraí dos oradores que me antecederam. Vi em todos eles o espírito desarmado com idéias definidas para construir futuras realizações. Tanto o prefeito, quanto o presidente do legislativo e outros vereadores, cada um pela sua bancada destacaram os valores que construíram o município com evidente avanço e progresso. Ficou claro em todos, o desejo de empenho e luta para o asfalto chegar e com ele o progresso.
Destaquei na oportunidade que estava na hora do município desarmar-se de alguns ranços tão comuns nas pequenas e médias comunidades. Preferi dizer que é salutar as divergências, sempre no plano das idéias, e uma convergência consciente para a construção de realizações que a sociedade espera e reclama. Pedi pelo permanente diálogo, sugerindo ao prefeito e aos membros do legislativo que continuem alongando a mesa do entendimento. Afirmei que me sentia em casa, pela grande presença da família Silvestri em várias atividades no município aniversariante. Não perdi a oportunidade de em nome da Vang Fm e JM/Jornal de Marau agradecer a audiência diária em tantos lares e leitura de nosso semanário que chega em todas as casas do município. Afirmei categoricamente que as divisas estão aí para unir municípios e não separar, com a ótica de que Marau tem orgulho de um filho que atinge a maioridade, com a vocação e desejo de buscar o desenvolvimento pleno e harmonioso. Durmo feliz esta noite, pelo carinho e demonstração de respeito a nossa atividade de unir pessoas pelos laços da comunicação diária.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ana Amélia concorre ao senado


Depois de um longo suspense, a jornalista Ana Amélia deixa nessa segunda-feira (15), a atividade de comunicadora, despedindo-se da RBS TV, Zero Hora, Rádio Gaúcha, Rádio CBN/Diário e Canal Rural. Vai concorrer pelo PP (Partido Progressista). Com esta decisão se observa um interesse maior de ter o PP como aliado por parte de quem concorre ao governo estadual. É o caso do PMDB com Fogaça, PSB de Beto Albuquerque e PTB de Luis Augusto Lara. O prefeito José Fogaça disse em recente encontro que gostaria de ter a “chapa dos sonhos”, um vice do PDT e Ana Amélia (PP) e Rigotto como candidatos ao Senado. Para os menos avisados, é bom lembrar que serão duas vagas para o Rio Grande do Sul na renovação de dois terços do Senado. Então na cédula eleitoral serão dois votos para o Senado. O PT confirma a candidatura a reeleição do senador Paulo Paim. Sérgio Zambiasi deve concorrer ao legislativo gaúcho para buscar mais cadeiras para o PTB no Parlamento.

Assembléia muda de caras
Três semanas faltam para cumprir-se o prazo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a desincompatibilização de cargos públicos (03 de abril), para quem pretende concorrer nas eleições de outubro. É o caso de Rui Carlos Gouvêa, que já anunciou que deixa a Secretaria de Saúde e espera confirmação de seu nome na convenção do PDT para buscar uma cadeira no Legislativo Estadual. Pelo menos quatro secretários de Estado devem deixar suas pastas para concorrer em outubro: Marcio Biolchi (PMDB), Marco Alba (PMDB), Paulo Odone e Berfran Rosado (PPS). Deste quarteto, apenas Berfran vai a federal. Por conta do retorno dos secretários ao parlamento, deixa o legislativo o passofundense Mauro Sparta que estuda concorrer a estadual ou a federal.

Turra seria o vice ideal de Ciro Gomes

Acontece no Rio de Janeiro o Congresso Internacional do partido PSB. Neste encontro se discute a possibilidade de aliança com o PP para as eleições presidenciais este ano. Em caso afirmativo, o Rio Grande do Sul daria o vice de Ciro Gomes. O deputado Federal Beto Albuquerque, pré- candidato ao Piratini diz que o nome de Francisco Turra é o mais cotado. Ciro Gomes e Francisco Turra viram a sugestão com simpatia. Matéria está publicada na página 2 do Correio do Povo de sábado (13) na coluna de aline Oppitz.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Editorialistas são “falsos democratas”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou os jornais durante a abertura da 2ª Conferência Nacional de Cultura, no Teatro Nacional, em Brasília. Lula afirmou que esses textos são escritos "por falsos democratas".
"Vocês prestem atenção, se vocês são como eu que não gostam de ler notícia ruim, vocês prestem atenção no noticiário, porque política e eleição também são cultura. Sobretudo o resultado. Prestem muita atenção daqui para frente. Leiam os editoriais dos jornais, que a gente pensa que só o dono lê. De vez em quando, é bom ler para a gente ver o comportamento de alguns falsos democratas, que dizem que são democratas, mas que agem querendo que o editorial deles fosse a única voz pensante no mundo", afirmou Lula.
O presidente citou os editoriais da época da criação da Petrobras, que eram contrários à exploração de petróleo no Brasil. "É que no Brasil a gente tem mania de pequenez. É sempre aquela coisa de segunda classe".
Lula também fez críticas à programação da TV a cabo e disse que elas só colocam programas "enlatados" no ar. Segundo ele, alguns filmes são repetidos tantas vezes que o telespectador fica íntimo dos atores estrangeiros. E afirmou, em tom de brincadeira, que de tanto assistir determinado filme já decorou as expressões labiais dos atores. (Folha de São Paulo)
Nós editorialistas também poderíamos dizer que há mandatários de certos países que são NADA democráticos quando fecham questões com prisões e arbitrariedades como em Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador ou Irã. Preferimos entender que foi mais uma das frases desastradas de nosso presidente em tentar pautar os editorialistas e sugerir que os meios de comunicação só expressem as coisas positivas, de governos especialmente. Preferimos ficar com a independência de sempre, mesmo por que, se certos dirigentes políticos seguissem 30% do que os veículos de comunicação sem compromissos e amarras sugerem, já fariam um grande governo. Serve para o País, Estado ou Município. É que é difícil, se não impossível, na democracia que sonhamos, comprar a todos os veículos para pautar sua linha editorial com verbas, publicações, vantagens e parcerias que se assiste com frequência, transformando certos veículos, praticamente em diário oficial. Os nossos veículos não servem para este papel. Não podia ser mais correta a expressão: “Na vida uns tem preço. Outros tem valor”.
Editorial publicado na edição 676 do JM/Jornal de Marau de 13 de março de 2010.

domingo, 7 de março de 2010

Fatalidade


Conforme matéria publicada no site vangfm.com.br, Jaime Debastiani, 55 anos, conceituado médico e político passofundense perdeu a vida na ERS 324 na tarde deste domingo. Com a colaboração da colega Zulmara Colussi, disponibilizamos o perfil completo de Jaime que deixou esposa e três filhos.


Jaime Debastiani nasceu em 12 de dezembro de 1953 em Vila Maria. Iniciou seus estudos no Colégio Gabriel Tamborin, tendo sido seminarista, e, concluiu o ensino médio no Colégio César Lates em Marau. Formou-se em Medicina na Universidade de Passo Fundo (UPF) na turma do ano de 1982. Fez residência em Clínica e Cirurgia Geral no Hospital São Vicente de Paulo e especializou-se em Coloproctologia e em Medicina do Trabalho - Perícias Médicas.
No mesmo ano que em se formou em Medicina, elegeu-se pela primeira vez vereador na Câmara Municipal de Passo Fundo, tendo sido um dos mais votados. Durante sua caminhada política foi eleito por cinco mandatos. Nas eleições municipais de 2004 concorreu a prefeito de Passo Fundo. E em 2008 foi eleito o vereador mais votado do município.
Como profissional, atuava como médico, exercendo parte de suas funções junto ao Hospital Municipal. Debastiani, 55 anos, deixa três filhos.


Mandatos como vereador:

9a Legislatura 1983/1988
10a Legislatura 1989/1992
12a Legislatura 1997/2000
13a Legislatura 2001/2004


Algumas leis de sua autoria:

Participação popular nos processos de discussão e de elaboração do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei de Orçamento Anual. Lei número 3.873 de 18 de janeiro de 2002.

Autorização da regularização de obras constituídas em desacordo com a Lei 2.133 de 13.12.84, com a Lei Complementar número 51, de 31.12.96.

Alguns projetos apresentados:

Projeto de Lei que dispõe sobre a contribuição de melhoria.

Projeto de Lei que dispõe sobre a eleição de diretores de escolas municipais.

Projeto de Lei que altera a redação do artigo 8o, da Lei 1826 que estabelece normas para a exploração de serviços de táxi.

Projeto de Lei que disciplina a utilização das paradas de coletivo urbano de Passo Fundo e dá providências.

Perdas irreparáveis


É com profunda dor e inconformidade que lamentamos a perda de duas pessoas queridas e de extrema relevância para a região. No sábado, Argeu Santarém, grande Jornalista que atuava e residia em Passo Fundo, um dos primeiros locutores da rádio Alvorada nos anos 60 faleceu e foi sepultado na manhã deste domingo em Marau. Fez carreira no centro do país e em Passo Fundo. Foi importante companheiro do governador Alceu Collares na área de comunicação do palácio Piratini. Na tarde deste domingo, Jaime Debastiani, 55 anos, Médico conceituado e importante político de Passo Fundo perdeu a vida na ERS 324. No dia de hoje, com participação da competente colega de Jornalismo Zulmara Colussi, Editora chefe do jornal O Nacional de Passo Fundo, registramos a perda de Argeu com muita propriedade. Essa é uma justa homenagem a um profissional da maior qualidade e uma perda irreparável ao jornalismo regional. No post seguinte o perfil do médico Jaime Debastiani que deixa esposa e três filhos.








A República dos Coqueiros está de luto. O corpo do jornalista Argeu Santarém foi sepultado, ontem à tarde, no cemitério municipal de Marau. O jornalista e ex-vereador de Passo Fundo morreu na tarde de sábado, no Hospital Prontoclínica, onde estava internado havia uma semana. Argeu Santarém era jornalista. Mais do que isso, foi combativo, audacioso e dono de um texto de dar inveja a qualquer profissional da área. Iniciou sua carreira na comunicação como narrador esportivo, na Rádio Alvorada de Marau. Natural daquele município, filho de Ildo e Helena Rigo Santarém. Argeu havia completado 66 anos no dia 12 de fevereiro. Estava aposentado, mas não deixou de escrever. Colaborava em O Nacional, com a coluna do Santa, publicada sempre na edição de final de semana.
Santarém também narrou jogos pelas rádios de Ijuí, Erechim, Livramento e, em Passo Fundo, na antiga e já extinta Municipal e ex-rádio Passo Fundo. Iniciou no jornalismo propriamente dito, em 1968, no Jornal Diário da Manhã. Na década de 70, começou a trabalhar em O Nacional, onde se manteve por quase todos estes anos, ou como repórter, ou como colaborador. Chegou a chefiar a redação de ON em algumas oportunidades. Ficou conhecido por suas crônicas picantes, recheadas de fatos políticos. Era um crítico e fazia denúncias de corrupção. No período da ditadura, por conta, de denúncias, foi chamado diversas vezes pelo regime militar a dar explicações. Foi correspondente de Zero Hora, fez trabalhos para o Jornal do Brasil, foi assessor parlamentar e também atuou na assessoria de imprensa do Palácio Piratini.
Escreveu um divertido livro de crônicas, chamado de A República dos Coqueiros, um referência aos coqueiros existentes nos canteiros centrais da General Neto, em frente a Catedral Nossa Senhora Aparecida. As crônicas, todas tinham origem em acontecimentos reais e que re percutiam no Bar Oasis, do qual era um freqüentador assíduo.
“Ele era um profissional coerente e crítico. Era um amigo conservador quando o assunto era amizade e tinha uma capacidade extraordinária de transcrever com fidelidade as informações que lhes eram passadas. Jornalista nato, e leal politicamente”, descreveu Paulo Magro, atual secretário da administração. Foi autor das colunas O Foca e atualmente a Coluna do Santa. Também editou o jornal alternativo Ronda.


Um mestre
Para o jornalista Carlos Alberto Fonseca, Argeu Santarém foi um mestre. “Foi ele quem me levou oficialmente para o jornalismo e para O Nacional. Foi ali a minha verdadeira escola inicial de jornalismo, onde aprendi coisas que nenhuma faculdade me ensinou, junto com ele, com o Tasca, Décio, Tarso, o “seu Múcio” e depois na segunda fase que passei pelo ON com a Zulmara, Fátima e muita gente boa.. Santarém também me levou junto quando assumiu a correspondência de Zero Hora na região de Passo Fundo, de onde parti, me distanciando dele, para uma carreira de 17 anos na RBS. Articulado jornalista, político desde a juventude, engrandeceu a Câmara no período em que legislou, indo depois para a Assembléia onde se aposentou e voltou para o nosso convívio, prazeroso, em redações ou mesmo nas mesas dos bares onde a turma da imprensa até hoje se reúne e que mesmo com a saúde combalida, Santarém batia ponto. Agora baterá ponto em outro lugar, certamente num grande lugar que conquistou por aqui e onde já estão outros não menos talentosos jornalistas como a Fátima, Angélica, Veronês, Vieda,..., dessa qualificada redação acima das nuvens. Vá com Deus e mantenha o bom humor, a perspicácia e a sabedoria “velho” Santarém de todas as batalhas.”

Política
A política também falou alto na vida deste jornalista. Foi vereador pelo período de 1977 a 1983. Protagonizou alguns dos discursos mais inflamados da tribuna da Câmara. Mesmo sem mandato, manteve-se próximo de atividades políticas, assessorando a bancada do PDT na Assembléia e também atuando no Palácio Piratini, na gestão de Alceu Collares. Argeu Santarém deixou três filhos: Larissa, Eduardo e Cássio, do primeiro casamento com a professora Rita. Estava casado há dez anos com a jornalista Rose Toledo Santarém.


FOTO DIVULGAÇÃO
Argeu Santarém morre aos 66 anos de idade

sexta-feira, 5 de março de 2010

Jamais trair a verdade!

Por ter sido crítico em inúmeras oportunidades do prefeito Vilmar Zanchin, não posso ficar calado quando vejo contra ele acusações injustas. Foram várias as entrevistas, tanto para o Jornal de Marau quanto para o Espaço Plural, onde diretamente atuo. Em nenhuma oportunidade interpretei que os naturais movimentos do prefeito buscando apoio para a instalação da Universidade Federal para o norte gaúcho, tinham a promessa de que seria em Marau. O máximo que se desejava era um possível campus. Esta última hipótese pode ainda vir se a sociedade continuar lutando para tal. Tenho visto na página eletrônica da Vang algumas afirmações de anônimos, insistindo como se fosse verdade na tese de que o prefeito não cumpriu a palavra. E não é verdade. O prefeito Zanchin foi incansável na luta para que a universidade viesse para próximo de nós. E de fato veio, com a instalação de seu núcleo central nas divisas de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Já é uma grande conquista, não acham?
Entendo que a luta de todos os que se envolveram valeu a pena. Agora devemos voltar a luta para a região de Caxias do Sul, que também necessita de uma Universidade Federal e assim equilibrar a distribuição de ensino público superior em várias regiões do nosso estado. Certamente o prefeito Zanchin, que hoje preside a AMESNE (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste) e possivelmente será o novo presidente leito da FAMURS (Federação dos Município do Rio Grande do Sul), direcionará os esforços para que tal realidade aconteça.
Se não viesse a público para reparar a injustiça que se comete contra o nosso prefeito, estaria sendo omisso, injusto e contrariando o lema deste blog, de jamais trair a verdade.