domingo, 7 de março de 2010

Perdas irreparáveis


É com profunda dor e inconformidade que lamentamos a perda de duas pessoas queridas e de extrema relevância para a região. No sábado, Argeu Santarém, grande Jornalista que atuava e residia em Passo Fundo, um dos primeiros locutores da rádio Alvorada nos anos 60 faleceu e foi sepultado na manhã deste domingo em Marau. Fez carreira no centro do país e em Passo Fundo. Foi importante companheiro do governador Alceu Collares na área de comunicação do palácio Piratini. Na tarde deste domingo, Jaime Debastiani, 55 anos, Médico conceituado e importante político de Passo Fundo perdeu a vida na ERS 324. No dia de hoje, com participação da competente colega de Jornalismo Zulmara Colussi, Editora chefe do jornal O Nacional de Passo Fundo, registramos a perda de Argeu com muita propriedade. Essa é uma justa homenagem a um profissional da maior qualidade e uma perda irreparável ao jornalismo regional. No post seguinte o perfil do médico Jaime Debastiani que deixa esposa e três filhos.








A República dos Coqueiros está de luto. O corpo do jornalista Argeu Santarém foi sepultado, ontem à tarde, no cemitério municipal de Marau. O jornalista e ex-vereador de Passo Fundo morreu na tarde de sábado, no Hospital Prontoclínica, onde estava internado havia uma semana. Argeu Santarém era jornalista. Mais do que isso, foi combativo, audacioso e dono de um texto de dar inveja a qualquer profissional da área. Iniciou sua carreira na comunicação como narrador esportivo, na Rádio Alvorada de Marau. Natural daquele município, filho de Ildo e Helena Rigo Santarém. Argeu havia completado 66 anos no dia 12 de fevereiro. Estava aposentado, mas não deixou de escrever. Colaborava em O Nacional, com a coluna do Santa, publicada sempre na edição de final de semana.
Santarém também narrou jogos pelas rádios de Ijuí, Erechim, Livramento e, em Passo Fundo, na antiga e já extinta Municipal e ex-rádio Passo Fundo. Iniciou no jornalismo propriamente dito, em 1968, no Jornal Diário da Manhã. Na década de 70, começou a trabalhar em O Nacional, onde se manteve por quase todos estes anos, ou como repórter, ou como colaborador. Chegou a chefiar a redação de ON em algumas oportunidades. Ficou conhecido por suas crônicas picantes, recheadas de fatos políticos. Era um crítico e fazia denúncias de corrupção. No período da ditadura, por conta, de denúncias, foi chamado diversas vezes pelo regime militar a dar explicações. Foi correspondente de Zero Hora, fez trabalhos para o Jornal do Brasil, foi assessor parlamentar e também atuou na assessoria de imprensa do Palácio Piratini.
Escreveu um divertido livro de crônicas, chamado de A República dos Coqueiros, um referência aos coqueiros existentes nos canteiros centrais da General Neto, em frente a Catedral Nossa Senhora Aparecida. As crônicas, todas tinham origem em acontecimentos reais e que re percutiam no Bar Oasis, do qual era um freqüentador assíduo.
“Ele era um profissional coerente e crítico. Era um amigo conservador quando o assunto era amizade e tinha uma capacidade extraordinária de transcrever com fidelidade as informações que lhes eram passadas. Jornalista nato, e leal politicamente”, descreveu Paulo Magro, atual secretário da administração. Foi autor das colunas O Foca e atualmente a Coluna do Santa. Também editou o jornal alternativo Ronda.


Um mestre
Para o jornalista Carlos Alberto Fonseca, Argeu Santarém foi um mestre. “Foi ele quem me levou oficialmente para o jornalismo e para O Nacional. Foi ali a minha verdadeira escola inicial de jornalismo, onde aprendi coisas que nenhuma faculdade me ensinou, junto com ele, com o Tasca, Décio, Tarso, o “seu Múcio” e depois na segunda fase que passei pelo ON com a Zulmara, Fátima e muita gente boa.. Santarém também me levou junto quando assumiu a correspondência de Zero Hora na região de Passo Fundo, de onde parti, me distanciando dele, para uma carreira de 17 anos na RBS. Articulado jornalista, político desde a juventude, engrandeceu a Câmara no período em que legislou, indo depois para a Assembléia onde se aposentou e voltou para o nosso convívio, prazeroso, em redações ou mesmo nas mesas dos bares onde a turma da imprensa até hoje se reúne e que mesmo com a saúde combalida, Santarém batia ponto. Agora baterá ponto em outro lugar, certamente num grande lugar que conquistou por aqui e onde já estão outros não menos talentosos jornalistas como a Fátima, Angélica, Veronês, Vieda,..., dessa qualificada redação acima das nuvens. Vá com Deus e mantenha o bom humor, a perspicácia e a sabedoria “velho” Santarém de todas as batalhas.”

Política
A política também falou alto na vida deste jornalista. Foi vereador pelo período de 1977 a 1983. Protagonizou alguns dos discursos mais inflamados da tribuna da Câmara. Mesmo sem mandato, manteve-se próximo de atividades políticas, assessorando a bancada do PDT na Assembléia e também atuando no Palácio Piratini, na gestão de Alceu Collares. Argeu Santarém deixou três filhos: Larissa, Eduardo e Cássio, do primeiro casamento com a professora Rita. Estava casado há dez anos com a jornalista Rose Toledo Santarém.


FOTO DIVULGAÇÃO
Argeu Santarém morre aos 66 anos de idade

Um comentário:

  1. Agradeço de todo coração suas palavras carinhosas em referencia ao meu querido sogro Argeu Santarém,pessoa maravilhosa, querida e estimada por todos, principalmente por mim, meu esposo Eduardo Santarém (Dudu)e meus filhos, a Andreza,o Victor e o Daniel Santarémm(netos).
    Att. Alessandra

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