sexta-feira, 12 de março de 2010

Editorialistas são “falsos democratas”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou os jornais durante a abertura da 2ª Conferência Nacional de Cultura, no Teatro Nacional, em Brasília. Lula afirmou que esses textos são escritos "por falsos democratas".
"Vocês prestem atenção, se vocês são como eu que não gostam de ler notícia ruim, vocês prestem atenção no noticiário, porque política e eleição também são cultura. Sobretudo o resultado. Prestem muita atenção daqui para frente. Leiam os editoriais dos jornais, que a gente pensa que só o dono lê. De vez em quando, é bom ler para a gente ver o comportamento de alguns falsos democratas, que dizem que são democratas, mas que agem querendo que o editorial deles fosse a única voz pensante no mundo", afirmou Lula.
O presidente citou os editoriais da época da criação da Petrobras, que eram contrários à exploração de petróleo no Brasil. "É que no Brasil a gente tem mania de pequenez. É sempre aquela coisa de segunda classe".
Lula também fez críticas à programação da TV a cabo e disse que elas só colocam programas "enlatados" no ar. Segundo ele, alguns filmes são repetidos tantas vezes que o telespectador fica íntimo dos atores estrangeiros. E afirmou, em tom de brincadeira, que de tanto assistir determinado filme já decorou as expressões labiais dos atores. (Folha de São Paulo)
Nós editorialistas também poderíamos dizer que há mandatários de certos países que são NADA democráticos quando fecham questões com prisões e arbitrariedades como em Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador ou Irã. Preferimos entender que foi mais uma das frases desastradas de nosso presidente em tentar pautar os editorialistas e sugerir que os meios de comunicação só expressem as coisas positivas, de governos especialmente. Preferimos ficar com a independência de sempre, mesmo por que, se certos dirigentes políticos seguissem 30% do que os veículos de comunicação sem compromissos e amarras sugerem, já fariam um grande governo. Serve para o País, Estado ou Município. É que é difícil, se não impossível, na democracia que sonhamos, comprar a todos os veículos para pautar sua linha editorial com verbas, publicações, vantagens e parcerias que se assiste com frequência, transformando certos veículos, praticamente em diário oficial. Os nossos veículos não servem para este papel. Não podia ser mais correta a expressão: “Na vida uns tem preço. Outros tem valor”.
Editorial publicado na edição 676 do JM/Jornal de Marau de 13 de março de 2010.

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