sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sinto vergonha de mim

Uma série de escândalos em instiuições públicas continua acontecendo no país envolvendo os mais diferentes cidadãos, que deveriam ser paradigma da moralidade. Permanece atual, como se nota, o texto de Ruy Barbosa, nossa águia de Haia:

“Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra. Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o “eu” feliz a qualquer custo, buscando a tal “felicidade” em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo. Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos “floreios” para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre “contestar”, voltar atrás e mudar o futuro. Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer... Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar/ meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro! De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Jurista, político, diplomata, filólogo, tradutor e orador baiano - (5/11/1849 - 1/3/1923/ 73 anos)

Rota das Salamarias é destaque nacional

O Projeto turístico de Marau ganha dimensão nacional. Fruto de iniciativa que agrega o poder público e uma associação de produtores locais, intitulada Associação Rota das Salamarias, vem rendendo a cada dia mais frutos. As páginas da revista Globo Rural, o mais conceituado periódico jornalístico da editoria rural e agropecuária do país, destaca bem esta realidade.

A reportagem, de quatro páginas, mostra os investimentos que estão sendo realizados, pensando no futuro do turismo rural no nosso meio. Fixa-se na tradição local do preparo e comércio de embutidos e o empreendedorismo das famílias marauenses. Sobre o futuro, a revista cita que em longo prazo, a meta é criar o Museu do Salame. Mais do que preservar ícones como a chaminé da Borella, o objetivo é resgatar a cultura dos pioneiros da região. A divulgação numa revista de circulação nacional acontece em um momento bastante propício, após uma bem sucedida realização da primeira edição do Festival Nacional do Salame.

Como se nota, o caminho a ser trilhado é de investimento com planejamento.

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