sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fiasco do ENEM

Não poderia ser de outra forma as manifestações pelo país inteiro sobre as frustradas provas do Enem para facilitar o ingresso de nossos estudantes no ensino superior. As expressões vão de incompetência recorrente do ensino nacional. Quem não tem competência não pode se estabelecer. Os responsáveis pela elaboração das provas entendem alguma coisa de educação? Quem organiza as provas é o INEP ou é INEPto? Estamos a caminho do pré-sal, apuramos eletronicamente uma eleição com mais de 135 milhões de eleitores em algumas horas apenas e, neste mesmo Brasil não se consegue organizar uma prova de Exame Nacional de Ensino Médio. Será que é um caso de inversão de valores? Pois vejam, por estas terras o futebol tem mais prestígio que educação, políticos em Brasília e até mesmo um gol de Tiririca.

Tudo isso passa pela criativa cabeça dos brasileiros que manifestam suas angústias e descrédito de Norte a Sul com o descaso com a educação, quando milhares de jovens buscam conhecimento e querem mostrar o que sabem, para tentar um lugar ao sol no futuro. Não dá para o Brasil continuar ser aferido pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) comparando o nosso país com Zimbábue, em colapso de guerra civil. Incrível o que a presidente eleita disse na campanha que “A educação no Brasil está bem encaminhada”. Inquieta aos mais esclarecidos que entidades como UNE (União Nacional dos Estudantes), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundários), sindicatos dos professores e outros órgãos de defesa dos estudantes e da educação no Brasil, fiquem só assistindo tanto descalabro e esta vergonha nacional. Já foram em outros tempos, combativos em várias frentes e movimentos. Estão todos no bolso do governo, com benesses de toda ordem. A frase não podia ser pior: manda quem pode e obedece quem se sujeita e se acovarda. Já nas classes mais pobres da população, repetem como nas favelas que... Está tudo dominado!

Diária pelo interior

Causou estranheza a notícia de que um Projeto de Lei do Executivo visa conceder diárias aos servidores públicos que se deslocarem dentro do município de Marau a uma distância superior a 10 km da sede. O assunto, que foi tema de forte embate no Legislativo, pegou de surpresa até mesmo vereadores e assessores da situação. O vice-prefeito Ivanir Roncatto, juntamente com o Secretário do Interior Telmo Pithan estiveram esta semana no Espaço Plural para tentar esclarecer o assunto. Nosso vice falou que outros municípios já utilizam desta ferramenta, afirmando que desta forma se faria economia no erário público. A oposição, através do Vereador Lencaster Foresti, já entrou com emenda ao Projeto para retirar o artigo em questão.

O tema é controverso e merece aprofundamento na discussão. Em tempos não muito distantes, e neste município, existiam formas para ressarcir os gastos com funcionários em trabalhos pelo interior sem tanta burocracia ou fiscalização. Hoje, os prefeitos pela Lei da Responsabilidade fiscal são forçados ao cumprimento do rigor da lei. A mesma lei que o legislativo estadual ou federal e mesmo os executivos não cumprem como deveria até pelo dever do exemplo. Há que existir uma forma de harmonizar trabalho com tratamento adequado no atendimento das demandas do interior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Em breve seu comentário será postado por nossa equipe! Obrigado