sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ilação justificável

Mais uma vez o Brasil dá um belo exemplo de como se pratica a democracia sem maiores incidentes e com um escrutínio de urnas com algumas horas de processamento eletrônico. Mais de 135 milhões de eleitores deram vitalidade ao sistema democrático. Pela vez primeira uma mulher assume o comando deste país que deixa de ser emergente para se posicionar entre as dez mais sólidas economias do mundo. Se de um lado estamos comemorando avanços sociais inclusive, preocupa sempre os movimentos de bastidores. Sim, por que no Brasil no campo político é comum um exercício de visualização e outras tramas nos bastidores. Ninguém por exemplo falou do famigerado CPMF (Imposto sobre Movimentação Financeira), pois se pensava que estava sepultado de vez. Surpreende que a Presidente eleita retome o assunto, alegando que poderá voltar a ser aplicado, pois os governadores assim exigem para fazer frente ao sistema de saúde no Brasil, sempre anunciado como prioridade. A sociedade até entenderia se a certeza fosse que as receitas ficassem exclusivamente para a saúde, não caísse no caixa único e pudesse até ser descontado no Imposto de Renda a pagar, que na Austrália se adota. Se dirá espertamente que Dilma não aumentaria impostos. CPMF é contribuição e não imposto.

Este mesmo assunto não foi tratado no período de campanha, e agora o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, diz que é favorável a sua implantação e que isto é uma convicção sua, desde pequeno. Este é um assunto que deveria ter sido tratado de frente em plena campanha eleitoral. Os eleitores sentem-se agora traídos com a atual postura.

Evidente que oportuniza interpretações e ilações a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovando na quarta-feira uma proposta de emenda Constitucional (PEC) que determina realização de uma nova eleição para escolher o presidente da República se o cargo ficar vago. Evidente que deve passar por duas votações, uma na Câmara e outra no Senado. O texto estabelece que o país deva realizar em 90 dias nova eleição se o cargo de presidente ficar vago. Três dias depois de ter sido eleito vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) viu o congresso dar um passo para esvaziar a sua função no governo de Dilma Roussef.

De outra parte, se nota claramente que as declarações da presidente sugerem que para ocupar cargos não basta estar ligado a partidos coligados, precisa capacitação e vida ilibada. Também, merece considerações positivas o recado dado ao MST de que será tratado o movimento não como caso de polícia, mas de tema social. Dilma disse com todas as letras que não vai admitir invasões de órgãos públicos e nem propriedades privadas.

Os brasileiros todos devem torcer por um grande governo, pois as propostas foram expressivas e para cumprir a risca será necessário até mesmo saúde física para a nova presidente.

Fato positivo é que está nascendo um novo período com possibilidade de pleno desenvolvimento econômico e social.

Um comentário:

  1. eu acho um absurdo fazerem calçamento nos lugares que nao precisa e aonde precisa nao fazem na epoca de eleiçao prometem e fazem calçamento ate no meio do mato mas nos lugares que precisa dai ta puro barro nas ruas que nao tem calçamento é melhor se apressarem porque seno eu vou falar com o prefeito

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