quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Vaidades no judiciário e um basta à impunidade


É só prestar um pouquinho de atenção e se observa diferentes posturas entre os magistrados nas cortes superiores deste país. Entre um voto e outro nas grandes decisões, sempre se evidencia alfinetadas para alguns membros do judiciário. A decisão de negar habeas corpus em favor do governador José Roberto Arruda, do Distrito Federal, para liberá-lo da cadeia, o Ministro Marco Aurélio Mello, ao proferir sua decisão mandou recados para o presidente da Suprema Corte, Ministro Gilmar Mendes, quem tem sido generoso ao libertar gente do colarinho branco ou políticos. Anuncia-se que nesta quarta-feira, o mérito do pedido de habeas corpus para Arruda será julgado em sessão da Primeira Turma ou no Plenário do Supremo. A expectativa é geral no país para a decisão dos pares no Supremo Tribunal Federal. Fato positivo é que Arruda passou o carnaval preso numa sala da Polícia Federal em Brasília. Alguns apostam que para não perder seus direitos políticos acabará renunciado ao cargo de governador. Na decisão de negar o habeas corpus em preliminar, o ministro Marco Aurélio Mello fez um texto primoroso como a anunciar o fim da impunidade para gente graúda. Vale a pena reproduzir pelo menos uma parte:
"Eis os tempos novos vivenciados nesta sofrida República. As instituições funcionam atuando, como Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário. Se, de um lado, o período revela abandono a princípios, perda de parâmetros, inversão de valores, o dito pelo não dito, o certo pelo errado e vice-versa, de outro, nota-se que certas práticas-repudiadas a mais não poder, pelos contribuintes, pela sociedade-não são mais escamoteadas, elas vêm à baila para ensejar a correção de rumos, expungida a impunidade. Então, o momento é alvissareiro".

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