sexta-feira, 14 de maio de 2010

Bullying nas escolas

Chama a atenção este vocábulo que tem relação com fanfarra, valentia, maus tratos, intimidações e ameaças. Isto está presente nos relacionamentos de algumas escolas. Embora esteja aparecendo mais frequentemente agora, cada um de nós deve lembrar de atitudes assim no nosso tempo de escola. Por conta disso quantos abandonaram ou se transferiram de escola? Quantos trazem desde a infância medos escondidos e que se refletem no comportamento presente? Não pode continuar existindo, agressões, ameaças e medos. As escolas devem tomar medidas educativas e disciplinares para coibir os excessos. É tema desse editorial uma opinião da professora Ana Paula Araújo da rede de ensino da capital.
“Nas escolas da periferia de nossa Capital temos muitas crianças e jovens oriundos de comunidades em que abusos, negligências, abandono e agressões de diferentes tipos são comuns. Isso prejudica a formação integral desses sujeitos fazendo com que muitas vezes tenham dificuldade de conviver pacificamente na escola porque alguns reproduzem essa violência através do “Bully ing”. Dessa forma, alguns alunos interagem de forma violenta por meio de brincadeiras hostis, ameaçadoras e/ou constrangedoras, que são infundadas, propositais e freqüentes. Através delas desencadiam em alguns colegas com dificuldades de lidar com conflitos, por características de sua personalidade, medo e estresse. E isso atrapalha o equilíbrio e desempenho escolar deles. Frente a essa situação é preciso que as escolas busquem informações sobre o tema e fiquem atentas a esse tipo de manifestação para poderem planejar e intervir, auxiliando agressores e agredidos a interromperem o ciclo da violência com o apoio necessário para esclarecerem uma convivência harmônica.
Mas isso só não basta.concomitantemente, é preciso prevenir esse tipo de manifestação através de políticas de gestão escolar que promovam uma cultura de paz aliada a um trabalho pedagógico interdisciplinar que oportunize a aprendizagem de valores tais como a solidariedade, a tolerância e o respeito. Isso é essencial, pois muitas vezes para algumas crianças e jovens nesse local possuem a única oportunidade de aprender a conviver de forma mais simétrica que poderá contribuir para a construção de um futuro com relações mais democráticas e justas. Para isso ter chance de se tornar realidade, talvez também seja necessário que as escolas busquem fazer parcerias capazes de lhes auxiliar a ampliar seus conhecimentos para que tenham melhores condições de ajudar os alunos a aprenderem a conviver de forma sustentável, segura e saudável”.


Editorial publicado na edição 685 do JM/Jornal de Marau de 15 de maio de 2010.

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