sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Perplexidade

Não foi só a presidente Dilma que ficou estarrecida com as conversas de policiais, políticos e ocupantes de cargos públicos interagindo em diálogos cruzados nas greves da Bahia e possivelmente Rio de Janeiro, com ideia de impedir o carnaval. A revolta é de toda a sociedade que a cada dia que passa não sabe mais em quem confiar. Nossas instituições tão frágeis carecem de uma revolução por completa e oxigenação também. Nem precisamos ir muito longe para sentir na pele o grau de insatisfação e apreensão da sociedade. Nesta semana mesmo, até no G1 da Globo aparecia que a cidade de Marau, no interior do Rio Grande do Sul, registrava um furto ou roubo de automóvel a cada dois dias. Foram 13 veículos encaminhados para desmanches só no mês de janeiro. Como ficar tranquilo diante de uma realidade como esta?
Porto Alegre viveu uma quinta feira com mais de 40 reféns, entre funcionários de banco e clientes, sob a mira de bandidos bem aparelhados. Em Passo Fundo outro banco invadido. Incrível que mesmo sem as melhores condições a polícia prende os assaltantes que agiam na região, todos oriundos de Londrina no Paraná.
Em Marau não é diferente a sensação de intranquilidade. Polícia Militar com número bem aquém do necessário. Seus equipamentos não são de melhor necessidade. Falta efetivo e material para operações de combate.
Situação semelhante vive a Polícia Civil. Cumpre geralmente com eficiência o seu trabalho, porém é notório que são necessários mais profissionais e equipamentos, além de veículos em operação de combate ao crime. A sociedade tem a sensação desta realidade.
Não é hora de transferir responsabilidade para ninguém. Evidente que é dever do Estado dotar as unidades policiais com todos os meios adequados e efetivo compatível com o número de habitantes de cada comunidade. É fato que nunca como agora, faltam tantos policiais na atividade, quer na Civil quanto na Militar no Rio Grande do Sul.
Marau até criou com bastante evidência a Secretária de Segurança, Transportes e Meio Ambiente. Claro que se vêem esforços para atingir os objetivos, porém também é verdade que nestas três áreas, muita coisa está acontecendo sem ações concretas para proibir abusos e transgressões.
Todos nós, nas diferentes atividades comunitárias, devemos colaborar com inteligência para evitar que o crime prospere assim tão impunemente. Precisamos ser parceiros dos policiais.
É dever de cobrar também das autoridades, medidas mais fortes de pressão com quem tem responsabilidade de produzir segurança. A população, cada vez mais enclausurada e prisioneira de si mesmo, também está perplexa, a exemplo da nossa presidente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Em breve seu comentário será postado por nossa equipe! Obrigado