sexta-feira, 27 de março de 2009

Holocausto e as vítimas do nazismo


Lembro, não faz muito, um bispo inglês chamado de Richard Williamson, provocou polêmica mundial ao questionar a veracidade do holocausto. Defendeu a tese de que não foram 6 milhões de mortos contabilizados pelos judeus e sim 1 milhão. Houve uma repercussão muito grande. Pois quando o fato estava minimizado, surge um declaração, no mínimo desastrada e inoportuna, do arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings sobre o holocausto e reabre feridas, fere as relações com a comunidade judaica. O arcebispo teria dito para a revista Press & Advertising, que os católicos e ciganos foram mais sacrificados na II Guerra Mundial do que os judeus: "mas isso não aparece, porque os judeus têm a propaganda do mundo". A Federação israelita publicou nota repudiando as declarações. O arcebispo, tenta justificar agora ,que foi mal interpretado e está pedindo desculpas para as partes que se sentiram ofendidas. Diz o arcebispo que os judeus devem sim, com muita razão, prezar e homenagear os seus mortos. Mas nós não podemos omitir os nossos.
De qualquer forma, com desculpas aceitas ou não, o que não se pode é esquecer um fato que por mais desumano, dramático e que envergonha a raça humana, deva ser abolido e esquecido de nossa consciência.
Vivenciei pessoalmente, juntamente com o jornalista Carlo Luigi Silvestri, fazendo reportagens especiais nos campos do horror em Auschwitz e Birkenau na Polônia e literalmente senti o cheiro de morte nas instalações que se transformaram em museu vivo da humanidade. Devem sim ser preservados, por mais dor e consternação que cause aos seus visitantes, exatamente para que fatos desta natureza nunca mais aconteçam.

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