sexta-feira, 10 de junho de 2011

A impressão que fica

Na vida a gente precisa tirar ensinamentos de todos os fatos que acontecem. Foi uma semana cheia de ingredientes sociais e políticos. Em Brasília a queda de Palocci, sem que ficasse claro como se faz e opera o milagre de ficar milionário com simples consultorias para empresários desconhecidos. De todo lamentável que se queira colocar uma pedra em cima, sem divulgar os nomes que se escondem nas cláusulas de confidencialidade. Certamente muita gente com informações privilegiadas e tráfico de influências também levaram suas vantagens numerárias. É de se lamentar a forma como se protege figuras assim, e na saída os presentes se levantam para aplaudir quem se despede, como se nada devesse esclarecer para a sociedade.

Os brasileiros honestos não suportam mais vassouradas para debaixo do tapete. Trocam ministros para a importante pasta da Casa Civil. Trata-se de um cargo onde está a chave da presidência. Na sexta-feira foi escolhida a Senadora Ideli Salvatti para Articulação Política e o Deputado Luís Sérgio, ex-articulador, foi para o Ministério da Pesca. Já os interlocutores do PMDB, Michel Temer, José Sarney e Renan Calheiros, fazem a seu modo e estilo a pressão para garantir e abocanhar fatia cada vez maior no governo. Deseja-se força e principalmente saúde para Dilma exercer o posto sem a influência de figuras que a sociedade já conhece de carteirinha pela discutida idoneidade.
Outro fato marcante da semana foi a votação do Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade do ato do ex-Presidente Lula em não autorizar a extradição do italiano Cesare Battisti. A Itália protesta e anuncia recurso no Tribunal de Haia. O fato está consumado, pois o Brasil não aceita arbitragem sobre o caso.
O ruim de tudo isso, são as questões de retaliação que certamente virão. O próprio Battisti tem o direito de buscar indenizações morais a luz do direito, pelo período que se manteve preso, pelo menos do tempo em que Lula havia impedido sua extradição. Deveria ter sido solto naquela oportunidade. E quando nossos tradicionais ladrões dos cofres públicos se esconderem na Itália, conseguiremos repatriar para o Brasil para serem julgados? Para os bandidos brasileiros a Itália pode ser o melhor refúgio no futuro. Perante a população da Europa, principalmente na Itália se reforça a imagem que possuem de nós, a mesma que temos do Paraguai e vizinhos bem conhecidos de governos de esquerda.
Resta esperar como o Brasil diplomaticamente se posicionará com outro vizinho incômodo, a Bolívia, que pelo presidente Evo Morales autoriza que todos os veículos roubados no Brasil sejam legalizados imediatamente. É esperar para crer as medidas de proteção que o Brasil vai adotar. Não dá mais para se relacionar apenas pela simpatia e amizade. O Brasil alega que o caso Battisti foi analisado no campo jurídico. Aqui na América o Brasil tem tratado por outra ótica os desmandos de governos chamados populares.

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