sexta-feira, 10 de julho de 2009

Crise de Identidade

No meio político local, o Partido Democrático Trabalhista, é o assunto do momento. Foi importante nos últimos anos, participando sempre, decisivamente, nas conquistas municipais. Em 1988 participou com destaque na eleição para o segundo mandato de José João Santin, com a liderança de Egino Portella. Na eleição de Bordin foi coadjuvante com destaque na coligação. Na eleição de Vilmar Zanchin, colocou Rui Gouvêa como vice-prefeito. Na última eleição, por falta de sabedoria e estratégia política se deixou envolver por caprichos bem localizados, até dentro do partido e perdeu a vaga de prefeito, vice, e abrindo espaço conquistado, para a chegada do PT. Aceitou um arranjo de garantir quatro secretarias, 30% dos cargos de confiança e indicação do futuro sub-prefeito do distrito de São Miguel. Passada a eleição, não teve postura para garantir o acordado com os dirigentes da coligação. Ficou com três secretarias. Perdeu o Distrito de São Miguel. Não ocupou sequer a metade dos cargos que tinha direito.
O PDT preferiu ficar com o seu presidente, acumulando funções como Secretário do Desenvolvimento Social, sequer percebendo que não era eticamente recomendável. Falta de visão e atitudes assim desencadearam posicionamentos contrários e vozes discordantes dentro da agremiação da rosa trabalhista.
O partido vacilou e postergou decisão sobre o fato que atingiu seu único representante no Legislativo, no caso do Bolsa Família. Até o momento é dúbia a postura do partido sobre o episódio.
Vive uma semana agitada, culminando com o pedido de afastamento do presidente Jair Lombardi e assiste a divulgação de uma nota de 28 membros chamados de dissidentes, criticando a falta de atitudes dos membros diretivos do partido. O PDT local que em vários momentos de sua trajetória foi decisivo, é hoje refém de contradições e falta de decisões. Precisa se reinventar, sob pena de ser penalizado ainda mais no futuro, e aí sem o direito de exigir o que com sacrifício, renúncias e bons exemplos conquistou para o acervo trabalhista.
O caso em tela, parece afirmar a tese de que se o partido fosse unido, não levaria este nome. O PDT é composto por diferentes partes. Cada uma delas com seus interesses bem localizados. Neste caso em especial, a tarefa de unificar é para grandes cabeças, sem mandatos na coligação, conduzindo o partido, sem olhar para cargos e vaidades de seus membros. O PDT deveria se espelhar em grandes idealistas de sua história: Getúlio Vargas, Alberto Pasqualini, João Goulart, Darci Ribeiro e principalmente em Leonel de Moura Brizola. Este último, não deve estar satisfeito com as atitudes de seus seguidores nesta cidade.

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