segunda-feira, 6 de julho de 2009

Minha cidade tem teatro!


Numa de suas passagens pelos Estados Unidos, o escritor gaúcho, Érico Veríssimo, foi convidado para proferir uma palestra numa universidade da Filadélfia. Teve uma idéia brilhante na hora de se apresentar. Ao dizer que era do Brasil, precisou com criatividade a cidade onde morava. Disse que era do Rio Grande do Sul, bem próximo à Argentina e Uruguai. Disse mais: “Sou de Porto Alegre e minha cidade tem uma Orquestra Sinfônica”. Conquistou os universitários de imediato. É que para os americanos, quando uma cidade tem uma orquestra sinfônica, ela ganha status de importância cultural.
Trazendo para o terreno local, temos aqui vários corais, uma banda marcial, e tantos conjuntos de bandas que fazem Marau se tornar importante, consumindo, exportando nossa arte e encantando muita gente pelo país e exterior.
Sonhamos com a inauguração da Casa da Cultura, que recebe finalização em sua obra. Logo adiante o palco estará aberto para grandes eventos e será o lugar de expressão das várias formas de cultura que esta cidade produz, com esforço, sem patrocínios e pouco apoio oficial. Um dia, os modernos empresários ainda vão investir na arte em suas diferentes áreas de expressão.
Enquanto a casa dos sonhos está em construção, lembramos um fato marcante na semana, a Mostra de Teatro do Gabriel Taborin. Quem foi nas noites de quarta, quinta e sexta, fala maravilhas. Trata-se da décima edição, que tem como objetivo desenvolver habilidades teatrais nos alunos e com isso proporcionar aprimoramentos nas técnicas verbais, orais e de expressão. Foi motivo de entretenimento saudável e estreitar relacionamento entre escola e família. Foram dramas, comédias e musicais. O Ginásio Irmão Vicente oportunizou aos alunos de diferentes séries, incluindo universitários da Fabe na área de pedagogia, mostrar seus talentos. Saudamos aqui esta iniciativa cultural, que nos leva a expressar com orgulho, que a arte de encenar não morreu por aqui. Certamente os mais veteranos devem ter na lembrança os antigos atores e atrizes que encenavam peças teatrais ainda no antigo salão paroquial, na metade do século passado.
Quando alguém perguntar em que cidade você mora, não deixe de imitar nosso maior escritor, Érico Veríssimo, e diga: sou de Marau, e minha cidade tem teatro. Será a forma universal de você dizer que esta terra, tem alma e ama a cultura.

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