De vagar com o andor

Até nem importa o resultado final. Tanto Inter quanto o Grêmio transformam o meio de semana como demonstração da força do futebol gaúcho no concerto dos estados da federação. Não é de hoje que estamos “gauchizando” o país. Na seleção, Dunga, que rompeu barreiras, é quase unanimidade. No Corinthians, campeão da Copa do Brasil sob o comando de Mano Menezes. No Inter, Tite, técnico estudioso e competente. Nem preciso lembrar quantos técnicos gaúchos, ou com influência da força do sul, estão fazendo nome pelo país, em todas as divisões de nosso futebol.
Poucos recalcados do centro do país não reconhecem nossa força, nosso sangue e nossa alma castelhana.
O Inter pecou um pouco pela ansiedade e em apressar o jogo. Jogou melhor no segundo tempo. Não teve equilíbrio emocional. Bonita foi a manifestação da torcida durante a dificuldade do jogo e diante do resultado final.
Hoje é o momento do Grêmio buscar o passagem para a final da Copa Libertadores. O Cruzeiro é um grande time. A tarefa será duríssima. O que se espera do tricolor é mais uma batalha, com entrega total. Pode até garantir a vaga, porém que construa o resultado sem pressa, com organização e disciplina tática. Não será noite para cardíacos. Quem sabe não será a noite para consagrar a tese de que, para a dupla GreNal, existe a gangorra?. Se um está no alto, o outro deve ficar na planície. Cá para nós, gremistas, já faz uma eternidade que o Inter frequenta a montanha.