Vou reproduzir aqui um texto de Rosane de Oliveira da página 10 da Zero Hora de domingo, dia 18. Me identifico integralmente com este texto:
“Se os candidatos e partidos não tivessem virado escravos das pesquisas – quantitativas e qualitativas -, é possível que o PSDB não fizesse o que está fazendo com sua figura mais ilustre, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Porque as pesquisas dizem que ele não é popular como seu sucessor, o PSDB tirou FH da campanha de José Serra. Nem à convenção do partido o presidente de honra compareceu. Fidalgo, viajou para o Exterior em nome de um compromisso agendado com antecedência e deixou os tucanos livres para fazerem a festa ao lado de figuras de porte de Roberto Jefferson (PTB), Rodrigo Maia (DEM) e Roberto Freire (PPS).
Serra ainda tem como mudar o rumo dessa história, mas até aqui incorre no mesmo erro de Geraldo Alckmin, que perdeu a eleição de 2006 para o presidente Lula: renegar Fernando Henrique, em vez de explorar seu legado. Não é qualquer partido que pode se apresentar como patrocinador de um programa de estabilização econômica que deu certo depois de tantas tentativas fracassadas, mas o PSDB em campanha não valoriza a figura de FH. Pior do que isso, esconde o que tem de melhor em seus quadros.
Em vez de perder a paciência com quem levanta o tema da privatização, Serra deveria lembrar que, antes do governo de FH, um telefone fixo chegava a custar US$ 3 mil no mercado paralelo e um celular que hoje se compra em supermercado era artigo de luxo pelo qual se tinha de esperar quatro ou cinco anos. Alckmin também entrou no jogo do PT em 2006 e não assumiu a defesa das políticas de FH.
Nos últimos anos o PT fez um minucioso trabalho de desconstrução da imagem de FH. A se julgar pelas pesquisas, funcionou: do governo dele, os eleitores parece que só lembram os erros, e os tucanos evitam dar destaque ao nome do ex-presidente quando querem falar dos acertos.
Na sexta-feira, em Pernambuco, Serra demonstrou certo desprezo ao falar de FH. Disse que o líder tucano e o presidente Lula “são mais parecidos do que parece”, porque não tentaram fazer a reforma política que ele, Serra, sugeriu. É verdade que Lula e FH não se empenharam no assunto, e que comparar um ao outro não é ofensa: são dois presidentes eleitos e reeleitos por seus méritos. A diferença é que o PSDB, ao não defender FH dos ataques adversários, corre o risco de ver seu primeiro presidente entrar para a história sem o devido reconhecimento pelo que fez de positivo”.
Em tempo: “Os mesmos petistas que tentam desqualificar Fernando Henrique Cardoso não se constrangem de dividir o palanque com os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor, dois governos que o país gostaria de esquecer”.
Serra ainda tem como mudar o rumo dessa história, mas até aqui incorre no mesmo erro de Geraldo Alckmin, que perdeu a eleição de 2006 para o presidente Lula: renegar Fernando Henrique, em vez de explorar seu legado. Não é qualquer partido que pode se apresentar como patrocinador de um programa de estabilização econômica que deu certo depois de tantas tentativas fracassadas, mas o PSDB em campanha não valoriza a figura de FH. Pior do que isso, esconde o que tem de melhor em seus quadros.
Em vez de perder a paciência com quem levanta o tema da privatização, Serra deveria lembrar que, antes do governo de FH, um telefone fixo chegava a custar US$ 3 mil no mercado paralelo e um celular que hoje se compra em supermercado era artigo de luxo pelo qual se tinha de esperar quatro ou cinco anos. Alckmin também entrou no jogo do PT em 2006 e não assumiu a defesa das políticas de FH.
Nos últimos anos o PT fez um minucioso trabalho de desconstrução da imagem de FH. A se julgar pelas pesquisas, funcionou: do governo dele, os eleitores parece que só lembram os erros, e os tucanos evitam dar destaque ao nome do ex-presidente quando querem falar dos acertos.
Na sexta-feira, em Pernambuco, Serra demonstrou certo desprezo ao falar de FH. Disse que o líder tucano e o presidente Lula “são mais parecidos do que parece”, porque não tentaram fazer a reforma política que ele, Serra, sugeriu. É verdade que Lula e FH não se empenharam no assunto, e que comparar um ao outro não é ofensa: são dois presidentes eleitos e reeleitos por seus méritos. A diferença é que o PSDB, ao não defender FH dos ataques adversários, corre o risco de ver seu primeiro presidente entrar para a história sem o devido reconhecimento pelo que fez de positivo”.
Em tempo: “Os mesmos petistas que tentam desqualificar Fernando Henrique Cardoso não se constrangem de dividir o palanque com os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor, dois governos que o país gostaria de esquecer”.
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