Eleição é uma boa!

Enquanto alguns pregam uma data só para realização de eleições gerais no país, fica provada a tese de que eleição deveria ser todo o ano. É só observar como obras saem do papel e não ficam só no discurso. O PAC está sendo apressado. Obras federais começam a pipocar na BR 386, trecho Tabaí/Estrela. Edital para a duplicação da BR 116 entre Eldorado do Sul e Pelotas. Créditos para as BRs 101, 290. Sobrou positivamente até para o Beira Rio do Internacional. Não é diferente as estradas chegando ao Rio Grande do Sul, com o governo Yeda. Nunca como agora se viu tantas máquinas contemplando municípios do interior. Vive o Rio Grande um grande canteiro de obras. Aqui, bem perto de nós continuam firmes as melhorias de estradas, como a ERS 324 entre Casca, Marau e Passo Fundo. Até o acesso no trevo de entrada de Passo Fundo recebe melhorias, coisa que não acontecia há 20 anos.Então, precisamos comemorar a chegada das eleições mais uma vez. Não podemos querer modificar o calendário. Eleições devem continuar acontecendo de dois em dois anos como agora. Nas eleições municipais acontece a mesma coisa. Da noite para o dia, ruas são cobertas de asfalto. Marau presenciou este fenômeno nos últimos anos.
Não dá para deixar de perceber que o Presidente Lula justificava compromissos de sua agenda para não prestigiar acontecimentos importantes no Rio Grande do Sul, como a Festa da Uva ou Expointer. Agora usa o avião presidencial marca compromissos de inaugurações e solenidades menos importantes, no justo momento que sua candidata está no Estado em campanha eleitoral. Com a desculpa de fazer política partidária depois do expediente, usa-se a máquina para tal finalidade, driblando a legislação eleitoral, até mesmo no palanque na forma de pedir voto. Em reportagem da Zero Hora de ontem, dia 30, fica bem colocado a forma de cumprir agenda presidencial. “Á luz do dia, o presidente atrelado à liturgia do cargo, sem perder o bom humor: depois do anoitecer, o cabo eleitoral número um de Dilma e de todos os candidatos do PT, estrela do comício que reuniu milhares de militantes no gigantinho” Pg 4 .
Parece ser da cultura, que em véspera de eleições as obras começam a aparecer e naturalmente as tradicionais promessas de um futuro risonho para os próximos dias da vida de nossos concidadãos. Temos ouvido falar pouco ou nada de solução para milhões de patrícios que reclamam por saúde pública de qualidade e com eficiência de atendimento nos hospitais de todas as pontas do Brasil.
Tomara que tenhamos eleições sempre com mais frequência. De uma parte, nos iludindo com promessas utópicas. De outra, vendo obras saindo do papel.

Texto publicado na edição 696 de 31 de julho do JM/Jornal de Marau