sexta-feira, 15 de maio de 2009

Comissão Parlamentar Improdutiva


Fiquei em silêncio até aqui. Mas não cala dentro de mim a insatisfação com o que presenciei nos interrogatórios da CPI que apura o desvio de um pouquinho do meu dinheiro que estava nas contas do meu município. Nunca esperei isso para Marau. Mas entendo que aqui, não é diferente de outros lugares do mundo. Tudo é possível acontecer perto da gente. Saí decepcionado com a forma que foi realizado o interrogatório da funcionária acusada pelo desvio de nosso dinheiro. Os membros da comissão declinaram do seu dever de continuar perguntando, tão logo a acusada, perfeitamente instruída, disse na primeira resposta que usaria o princípio Constitucional de ficar calada.
Como entender este recuo dos membros da CPI? Para mim ficou flagrante, além do despreparo para uma tarefa tão importante, o medo de perguntar, de ofender, de ser deselegante, e até mesmo a sombra do experiente advogado que se postava ao lado da acusada.
Seriam mais de 50 perguntas fundamentais. Não importava se em todas as respostas a acusada dissesse que ficaria calada. Era a hora de formular as perguntas possíveis e impossíveis. Era o mínimo que nossos legisladores deveriam fazer. Deveriam ter sido duros, e nem por isso perdendo a elegância. Sou amigo de todos eles, mas não estou nada satisfeito com os rumos desta Comissão Parlamentar de Inquérito. Reservo espaço para considerações mais aprofundadas, no Editorial do Jornal de Marau, na página 2 da edição deste sábado, dia 16.

Um comentário:

  1. Eu concordo em tudo que voce escreveu .....e acredito que as perguntas deviam ter sido feitas pelo menos para nos ouvintes tentar entender o que esta acontecendo mesmo a acusada nao respondendo ,mas na primeira resposta dela de permanecer calada ,membros da CPI deviam estar dando graças a deus por ela ter respondido que ia permanecer calada.

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