Alemães preferem o voto impresso

Embora o voto seja facultativo, 77% dos alemães exerceram o direito de votar nas últimas eleições do Parlamento Federal. Estes índices demonstram a solidez da democracia parlamentarista do país, que é a 3º economia do planeta. O sistema eleitoral está vigorando, faz 20 anos por aqui. Enquanto temos orgulho no Brasil de ter o voto eletrônico, os alemães são conservadores e preferem o voto impresso. É um sistema misto, com o voto distrital, onde cada região apresenta candidatos para as vagas no parlamento. São 623 cadeiras e 12 partidos legalizados. Aqui na Alemanha se fala em implantar logo adiante a Urna Eletrônica, mas o que se diz também é que são céticos quanto a segurança. No Brasil, todos sabem que já faz uma década que o sistema funciona e ninguém duvida de sua seriedade e possibilidade de fraude. Na Alemanha também o eleitor pode votar pelo correio. Recebe a cédula em casa e remete pelo serviço postal para o Comitê Central das Eleições, no Ministério do Interior.
Na eleição do domingo, dia 27 de setembro, apenas 5 partidos obtiveram os 5% necessários para ter bancada na Bundestag (como é chamado o Legislativo Federal): União Democrata Cristão CDU), Partido Social Democrata ( SPD), Partido Democrata Liberal ( FDP), a Esquerda e Verdes.
A Coalizão vencedora é formada pela CDU /CSU e FDP e tem a primeira ministra Ângela Merkel como indicada para permanecer no comando do governo por mais quatro anos. Outros sete partidos participaram da eleição. Como curiosidade o Partido Pirata atingiu resultado expressivo de 2%, defendendo a liberdade na internet. Entre os jovens que votaram pela primeira vez, seu índice chegou a 8%. Reeleita, Ângela Merkel muda a aliança com quem governar e terá apoio da direita. Disse na comemoração da vitória, que continuará sendo a chanceler de todos os alemães que se dedicará imediatamente ao trabalho, pois a há muitos problemas a resolver por aqui, inclusive um desemprego bastante acentuado.