sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Tema do momento


Usaremos no Editorial desta semana uma colocação de um internauta no site da Vang FM, que reflete parte de nosso pensamento na área de saúde pública. No momento em que a Farmacêutica Marisa Cervi era entrevistada, o estudante enviou o desabafo com uma construção crítica que demonstra conhecimento de causa e desenvoltura no assunto. Como resolvemos transcrever para publicar no JM, nossa editoria corrigiu erros de português e/ou concordância.
“Não é apenas a Marisa que nem sempre foi reconhecida pelo seu trabalho. Praticamente todos os Farmacêuticos não tem o reconhecimento que merecem. Realmente muitos comerciantes estão substituindo o farmacêutico dentro das farmácias (lugar que deveria ser considerado estabelecimento de saúde e não um comércio). Será que cuidar da saúde da população é apenas o simples ato de entregar uma caixinha de medicamento? Será que 5,10,20 anos de experiência de alguém que simplesmente entrega uma caixinha sem muitas vezes saber as possíveis reações adversas (e nem se quer ir buscar conhecimentos) supera todo o tempo de estudo e esforço de um farmacêutico para saber o que realmente está dispensando ao paciente? Ou será que os comerciantes tiveram algum interesse em pesquisar materiais onde pudessem aprender Química, Bioquimica, Farmacologia, Farmacotécnica entre muitas outras matérias estudadas durante anos pelos profissionais? Só quem conhece todos os passos do desenvolvimento de um produto e as características de todos componentes utilizados na sua formulação consegue prestar uma assistência de qualidade. Alguém já leu sobre assistência e atenção farmacêutica? Será que esses comerciantes tem a capacidade e o conhecimento que um farmacêutico tem para fazer isso? É preciso que a população comece exigir mais a presença do farmacêutico, pois como todas as pessoas precisam saber: A diferença entre o medicamento e o veneno é apenas a dose. Quantas informações são repassadas ao paciente no momento da compra, além do preço e do desconto? Interações com outros medicamentos que o paciente esteja utilizando, com alimentos, efeitos adversos, posologia, contra-indicações, a simples pergunta se deve tomar com água, ou pode ser suco, leite...algum comerciante informa isso? Acho um pouco difícil, até porque na visão dele o tempo que usa para passar essas informações estará deixando de vender outro medicamento para outro cliente. O profissional farmacêutico pode contribuir muito para a melhoria da saúde da população, porém muitas vezes não tem a liberdade de expor seus conhecimentos, então está na hora das pessoas também começarem a se preocupar mais com o que estão utilizando e exigir a presença do farmacêutico”.

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