quarta-feira, 1 de abril de 2009

Verdade de lº de abril




Quando nas manchetes do jornalismo da Vang, na manhã de quarta-feira, anunciava-se que o recém empossado Delegado de Polícia de Marau, Wagner Dalcin, já fora transferido, tudo indicava que era brincadeira de primeiro de abril. Era verdade. Como compreender que depois de tanta espera por um delegado titular, não houvesse planejamento do órgão estadual, para evitar a cerimônia de posse ocorrida poucos dias passados? A idéia que se tem é que está bagunçado também mais este setor da nossa vida pública. O Espaço Plural, indagou o Delegado Regional Paulo Ruschel, os motivos desta transferência. A resposta não teve consistência. Deixou claro que foi uma decisão da cúpula superior da polícia e que um delegado de Passo Fundo responderá cumulativamente as funções em Marau.
Como é comum quando alguém chega todos tirem fotografias, era de se esperar que as autoridades regionais, também procedessem assim na saída. Nem mesmo o Departamento Estadual que cuida das transferências teve o cuidado de encaminhar para a imprensa e para a sociedade tal medida repentina.
Fato positivo foi que o delegado Dalcim, em menos de 15 dias na atividade, deu nova dinâmica para a polícia local desejando inclusive se aproximar da Brigada Militar para atuação conjunta. Com 29 anos de idade, mostrava todas as virtudes para este importante cargo em Marau. Não podemos ficar conformados que um dos municípios de melhor PIB no Brasil tenha que ficar na dependência de outros. Marau precisa se posicionar e exigir respeito. Não se trata de favor, e sim de merecimento.

Coincidência ou não, quando se comemora 45 anos do início do regime discricionário, se toma uma medida apressada como esta. Naqueles tempos, e quem viveu sabe falar, por aqui até promotores e juizes eram transferidos com facilidade. Felizmente estamos em outros tempos e não podemos deixar que ilações do imaginário popular reforce a crença de outros motivos para a tal transferência.
O mínimo que a sociedade merece, é uma pronta resposta e justificativa que possa ganhar credibilidade, mesmo em uma data da mentira que o Brasil consagra no seu popular.

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